O Brasil tem vivido um bom momento para quem curte quadrinhos com muitas editoras, entre grandes, médios e pequenos portes, estacionando material de tudo que é tipo entre comic shops, livrarias e bancas de rua. Hoje várias editoras tentam uma fatia desse mercado que está até bem aquecido. De HQs infantis a material europeu, de clássicos e mangás, os quadrinhos invadem as bancas com todo tipo de valor para seduzir seu bolso. A editora que consegue reunir um melhor custo\benefício ao leitor é a gigante Panini Comics que trás material a preços mais convidativos, até por conta de sua estrutura. Mas nem só de Panini vive o leitor brasileiro. Outras editoras conseguem, ainda que de porte limitado, levar quadrinhos de qualidade às bancas e livrarias pelo Brasil. A ótima Editora Nemo é um exemplo disso, pois entrega material de luxo de artistas conceituados como Enki Bilal e Moebius a valores condizentes com nossa realidade e álbuns bem cuidados e em formatos diferenciados. Outra editora que merece meu respeito é a JBC que vem se embrenhando no lançamento de mangás quer sejam inéditos ou relançamentos com melhor qualidade de seu leque mais antigo como vem sendo com Rurouni Kenshin (Samurai X).
Mas meu destaque vai para a HQM que mesmo tendo pouco tempo no mercado se comparado a várias outras editoras, vem conseguindo material com ótima qualidade gráfica como Walking Dead (tanto em mensais separados como em encadernado), Invencível e a linha Valiant. Os valores aplicados pela pequena editora são bastante sedutores e a qualidade gráfica chega a ser melhor que algumas revistas da Panini, por exemplo. A Devir Editora também consegue manter um bom ritmo de qualidade vs valor final aplicando preços medianos que podem ser assimilados pelos leitores. Já editoras de mais anos como a Abril (linha Disney) e Globo estão na beirada, sobrevivendo de pequenas franquias conhecidas. A Globo está mais atrás e atualmente sua linha de quadrinhos não passa de sombra.
Na contra-mão vem a Mythos, que apesar de estar no mercado há um tempo bem considerado, aplica valores inflamados em seus lançamentos, tanto que por muitas vezes vira motivo de piada nas rede sociais. A Mythos é conhecido por seus "álbuns de luxo" com valores altíssimos se comparados a outras editoras. O leque de produtos da editora tem boa qualidade, mas os formatos aplicados encarecem o produto final de forma quase imoral e afasta muitos leitores em potencial. Lembra editoras como Metal Pesado e seguimentos que lançavam edições de 22 páginas com valores de R$ 7,90 pra cima, isso quase 10 anos atrás, o que ainda é um valor alto até pros dias de hoje. Impraticáveis no mercado atual o formato dessas caça-níquel. Abaixo um ranking pessoal de editora vs qualidade e custo\benefício:
Panini- A melhor, até por conta de sua estrutura. Só a distribuição é que vem pecando e a qualidade gráfica de alguns títulos mensais está duvidosa. Ótimos preços (em sua maioria) aplicados.
HQM- Bom material, qualidade gráfica idem e distribuição quase nos trilhos. Ótimos valores aplicados.
JBC- Tem uma ótima distribuição com datas acertadas em nota pelo site. Material também é de qualidade. Valores que condizem com sua estrutura de qualidade gráfica.
Com bom custo\beneficio:
Devir- Seus encadernados têm boa estrutura e seu material é em geral de ponta. Os valores aplicados cabem no bolso.
Nemo- Ótimo material e boa qualidade gráfica. Valores condizentes com seus lançamentos.
Sampa- Seu leque de mangás tem boas variantes e o investimento até aqui condiz com seu formato gráfico.
Editora sem noção:
Mythos- Que mesmo com a boa qualidade gráfica e editorial, mantém valores bastante salgados para o nosso mercado se comparado a outras editoras que conseguem manter uma boa qualidade gráfica e praticam valores mais modestos em sua concepção editorial.
Outras editoras como Globo, Leya, Conrad, Zarabatana, L&PM, Pixel Media, entre outras mantém material esporádico e\ou em hiatos, se limitando a pequenos lançamentos agendados.
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