Vou tentar fazer uma resenha enxuta, mas de cara posso dizer que a edição de Universo Marvel #01 Nova Marvel tem mais pontos baixos que altos. Vou começar pela primeira HQ e seguir adiante. Começa com o fraquíssimo Thunderbolts. Escrito por Daniel Way e com arte de Steve Dillon, a HQ é uma ode a mesmice em todos os sentidos e pior: ela parece correr, mas a sensação é de que num sai do lugar. Daniel Way pensa que é Garth Ennis, aliás, sempre pensou e escreve achando isso. De Ennis (cocriador de Preacher junto a Steve Dillon) Way só tem a sombra. Uma HQ bastante dispensável. A arte de Dillon só funciona em HQs fora do universo dos heróis. Em Preacher ele manda muito... já aqui ele parece descolocado. As cores pesam bastante no traço, o que dificulta ainda mais a absorção das imagens. O "enredo" mostra o General Ross- ou o Hulk Vermelho- convocando anti-heróis para formar seu Thunderbolts. Bem sem graça na verdade. Nota zero para Thundebolts. Depois temos Hulk de Mark Waid e Leinil Francis Yu. Gosto sempre dos trabalho de Waid, pelo menos em sua esmagadora maioria, mas essa primeira HQ é gratuita. Mostra um Bruce Banner sem identidade... controlador do Monstro Verde e agora sob a tutela da SHIELD. Burocrática e Francis Yu de lua. Sua arte está meio preguiçosa. Novamente as cores fortes encobrem a arte. Nota 6. Já Quarteto Fantástico de Matt Fraction e Mark Bagley me soou melhor. Vou começar pela arte de Bagley, que está o mais do mesmo. Pra mim ele só acerta desenhando o Aranha da linha Ultimate. E só. Já Fraction consegue construir uma trama mais intrigante, que quase dá vontade de ler a sequencia. Sem dúvida a HQ mais "Marvel" de todos da lista. Nota 7.
Agora Já Fundação Futuro, também com texto de Fraction se destaca mais que o Quarteto Fantástico. Com o Sr. Fantástico em busca de uma cura para um problema seu (visto na HQ anterior), os Fantásticos buscam heróis que possam cuidar dos jovens da Fundação Futuro. A HQ é boa, tem uma linha bem trilhada. A arte de Mike Allred é que salva todo o contexto. Esse cara desenha muito. Nota 8. Enquanto isso, Nova de Jeph Loeb e Ed McGuinness é um começo padrão de herói adolescente. É como está assistindo Todo Mundo Odeia o Chris. Não gosto dos trabalhos de linha de Loeb, com exceções de especiais do Batman. Contudo, é o roteiro mais simples e direto de toda a revista, sem muita conversa fiada e bem reta. A arte de McGuinnesse não mudou. Todo mundo quadrado com cara de jogo de luta. Trama rasa e bem simples. Nota 6.
E por último, Guardiões da Galáxia por Brian Michael Bendis e Steve McNiven. O roteirista careca sempre manda muito bem. Pelo menos na maioria de seus trabalhos. Aqui não é diferente, sempre com diálogos bem construídos e um roteiro que prende, quase cinematográfico. Uma HQ a se observar, mas ainda assim, aquém do que eu esperava. Já McNiven tá com seu traço habitual de qualidade. Quando quer ele manda bem. Nota 8 para essa HQ. A ressalva fica por conta da péssima qualidade gráfica. O papel e a impressão não ajudam em nada no visual gráfico da revista, deixando as páginas poluídas visualmente. As cores fortes ofuscam os desenhos. O atraso na distribuição também prejudica a revista, afinal, a primeira edição saiu tá com pouco tempo e já deveria estar no terceiro número.
Comentários