Você sabe que algo é bom quando você lembra alguma coisa que o torne memorável. Eu lembro apenas de Velozes e Furiosos- o primeiro filme- e do terceiro, Desafio em Tóquio, mas isso não os torna "bons". Apenas lembro porque assisti em algum momento da vida que me marcou por algo que na verdade nem lembro mais- o que pode criar um paradoxo no meu argumento e enviar toda a existência para o limbo. Heh! Zoeira à parte, eu explico agora. O primeiro foi "novidade". Lembrava um pouco Caçadores de Emoção- filme que marcou época. E o terceiro eu lembro por, apesar de ter lá seus "tunnings", saiu das ruas nervosas americanas e usou o Japão como cenário. Para todos os outros são a mesma coisa, não muda muito. O sétimo filme da franquia, Velozes e Furiosos 7 (Fast and Furiouss 7, 2015) segue a fórmula à risca e é uma matemática que vem dando certo. Na trama-- que nem lembro mais, mas tinha alguma coisa a ver com vingança sobre algo do filme anterior que eu também não lembro, os personagens estão mais marrentos, com mais caras de "mau"e os carros cada vez mais desafiadores da física. Mas assim, se você é fã da série, como blockbuster- que é o que ele- filme pipoca... funciona maviosamente bem! Tem ação, comédia, mais ação e até uma tentativa tímida de drama. Esteticamente falando, é um filmão. Aqueles que quando eu era garoto, adorava assistir numa "Tela Quente" da vida comendo qualquer porcaria e me colocando no lugar do mocinho. Sim, Velozes e Furiosos é tudo isso e mais um pouco. Pode não ser filme de Oscar, mas leva a galera pro cinema e diverte. Isso é cinema pipocão! As pessoas precisam disso de vez enquanto, ou tudo fica muito chato. Um adendo: apesar do falecimento do ator Paul Walker, a equipe e elenco conseguiram concluir o longa com respeito ao ator e ainda que seja notória a "apagada" do personagem dele em algumas passagens, tudo flui muito bem.
NOTA: 7,5
Em tempos de baixa criatividade em Hollywood, os remakes tentam emular a comoção dos filmes de sucesso de décadas atrás. A bola da vez é Poltergeist (idem, 2015) que ganha sua refilmagem pelas mãos de Gil Kenan (Casa Monstro) baseado no longa cocriado por Steven Spielberg. Às vezes o problema desse tipo de produção é tentar atualizar uma situação que funcionava sim em sua determinada época e alocar tudo em tempos atuais- com todas as tecnologias e traquitanas do tipo. Às vezes dá certo, às vezes não. No caso de Poltergeist isso não ficou muito necessário, o longa consegue se segurar sem maiores problemas. No entanto, a necessidade de mostrar muita coisa antes da hora, isso sim, é um problema. O legal dos filmes antigos dessa categoria- "assombração"- era justamente usar o psicológico do expectador para que ele mesmo cause medo e em dias hoje, com tanta computação gráfica, parece que há um manual que exige que muitas coisas visualmente falsas saltem à tela. Seja como for, o diretor ainda assim soube preservar um pouco da estética do original, mantendo um clima meio retrô até onde ele pode. A trama é basicamente a mesma, onde um casal com filhos muda-se para uma casa onde ocorre os fenômenos "inexplicáveis". Com algumas boas tomadas e relativamente franco em saber que é um remake, o filme não se esforça em ser algo novo, mas sim em preservar o seu original. Não é genial, mas também num é fantástico. Dá pra assistir numa boa, mas tente não "linkar" com original, que aqui serve mesmo apenas de base.
NOTA: 7,0
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