Shazam! (Shazam!, EUA, 2019) ★★★★
Mesmo um pouco atrasado na resenha, ainda tá valendo. O que mais chama a atenção no filme do Shazam! pra mim é o seu tom mais heroico, colorido, assumindo para si algo que a própria DC vinha privando-se há anos. Esse é o acerto que faz com que todo o resto valha a pena. O filme veio cercado de algumas dúvidas, muitas delas sobre o protagonista em sua forma de super-herói: Zachary Levi como o "parrudão" Shazam! parecia ser uma péssima escolha. Os fãs chiaram e os "haters" zoaram a escolha. E de fato causou dúvidas em todos. Levi não tem o porte físico do herói dos quadrinhos, mas quem disse que só de músculos vive um herói? As primeiras imagens do ator com o uniforme "emborrachado" também não ajudou muito. No entanto, devo admitir que eu tava de boa com a ideia. Quando o primeiro trailer rolou, eu tinha certeza que tava tudo no lugar. Apesar de, claro, ainda dividir os fãs, a impressão ruim estava menos amarga e muita gente começou a apostar na fita.
Mas será que funcionou mesmo? Sim, funcionou sim! E funcionou tão bem que pra mim é o melhor filme da DC nos cinemas em se tratando de filme heroico desde que o Homem de Aço fora lançado lá em 2013. O clima leve, a pegada nonsense ajudaram o filme a estar fora daquela auro sombria que vinha entranhada nos filmes da DC até a chegada de Aquaman. Mas foi em Shazam! que as correntes dos filmes e roteiros obscuros ficaram livres de vez. A trama é baseada na versão do personagem da linha Os Novos 52 e deixa a clássica mais de lado. E isso funcionou muito bem! O filme tem um texto linear e narrado de forma simples até. Billy Batson é o órfão que fora adotado por uma família com outros garotas e garotos como ele. Mas Billy só tem na cabeça achar a mãe da qual ele se perdeu quando era criança. Sempre meio afoito e encrenqueiro, Batson acaba na Pedra da Eternidade depois de ser perseguido por valentões e conhece o mago Shazam, do qual lhe explica sobre seus poderes e a escolha de um campeão.
Batson aceita a contragosto os dons dados pelo mago e pede ao seu "irmão adotivo de lar" Freddie- um fã eufórico de cultura pop- que lhe dê umas dicas de como ser um super-herói. Aqui os links com o universo compartilhado da DC aparecem e mostra que o personagem está na mesma linha temporal que está Liga da Justiça, Mulher-Maravilha, Superman, Batman, etc. Outro bom ponto é o vilão Dr. Silvana, que se mostra um adversário a altura quando liberta Os Sete Pecados Capitais que estão conectados a ele. O roteiro tem um bom humor, mas também tem alguns pontos vacilantes. Um deles e isso me incomodou um pouco, foi o fato de Billy Batson e Shazam! terem personagens praticamente diferentes. Billy parece ser mais sério e encrenqueiro, já como Shazam! ele parece ser mais palhaço e meio burro. Os demais são pontuais demais pra ficar enumerando aqui. Também tem duas boas surpresas que não vale falar pra não estragar para quem não assistiu e claro, duas cenas pós-créditos. Uma importante e outra uma besteira. É um bom filme que espero que dê o tom dos filmes da DC daqui pra frente.
Direção: David F. Sandberg
Roteiro: Henry Gayden e Darren Lemke
Elenco: Zachary Levi, Asher Angel, Mark Strong, Grace Fulton, Jack Dylan, Djimou Hounsou
Estúdio: Warner Bros.
Duração: 132 min
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