
Há quase dois anos, eu comprei O Hobbit. Eu sempre tive vontade de ler esse livro, mas nunca o havia encontrado nas prateleiras das livrarias por aqui em Fortaleza. E mesmo pela internet, os sites não disponibilizavam o livro. Acho que ele ficou na febre do Senhor dos Anéis por um tempo ainda. Só sei que acabei esquecendo e não fui mais atrás. Até que, há quase dois anos, eu consegui achar o livro numa Comic Shop e não contei pipoco. Comprei na hora! Tava louco pra começar a ler, mas na época eu estava lendo A Vida, o Universo e Tudo Mais, o terceiro livro de quatro da série Mochileiro das Galáxias de Douglas Adams. E isso eu lia pilhas de gibis também, fora tempo pro trampo e pra escrever roteiros de gibis e coisas relacionadas. Depois acabei mesmo foi lendo As Crônicas de Nárnia, o volume único, acho que por causa do filme que se aproximava, eu quis ler antes. Mas Lembro que perto de terminar o livro, eu parei e demorei uns cinco meses pra voltar a lê-lo e terminá-lo.

Feito isso, puxei o Hobbit de minha prateleira e comecei a ler. Eu sabia de cara que ele era uma leitura mais leve que o Senhor dos Anéis. Era bem infantil, no mesmo esquema de Nárnia. Confesso que o início não me empolgou muito, porque achei a narrativa do Tolkien arrastada. Ou então eu esperava mais e num era tudo aquilo. O fato é que continuei lendo como o pacifico hobbit, Bilbo Bolseiro, se meteu em uma série de confusões e aventuras. Os capítulos do livro eram grandes e o Tolkien gostava mesmo de descrever tudo que estava em sua volta. O que tornava o leitor uma câmera Panavision constante (Panavision é a marca de câmara mais usada para se rodar filmes nos EUA). Mas a coisa começou a engrenar quando os anões, juntos ao mago Gandalf e seu diminuto companheiro, Bilbo, se viram em situações de aventura e perigo; enfrentando orcs nas montanhas,onde o hobbit encontra o Um Anel, fato importante para a Saga do Anel vindoura. Lá também Bilbo conhece Gollun, o dono do Anel. Depois de uma série de aventuras pela montanhas, sua trupe chega até a Floresta das Trevas, onde os anões acabam presos pelos elfos e Gandalf não está por perto para ajudar, jogando a responsabilidade toda para o hobbit, que com destreza e engenhosidade (com a ajuda do Um Anel, que o deixa invisível) conseguiu libertar os anões.

A coisa começa a complicar quando por fim, chegam à Montanha Solitária, seu destino desde o começo, onde há um tesouro guardado por Smaug,um dragão e os anões reivindicam seu ouro, pois a eles pertencem. Smaug furioso, parte a caça dos anões, que se escondem numa caverna. Então ele avança contra a Cidade do Lago, uma cidade humana próxima a montanha. O que vem em seguir é muito interessante. Claro que num vou contar, pois vai que alguém ainda vai ler, né? A forma que Tolkien conta tudo é chama a atenção, pela riqueza de criatividade e pela maneira simples, porém forte de escrever. Nada muito exarcebado, porém sincero. Escrito por um escritor apaixonado por isso. Por escrever e criar. Hoje, o que eu vejo muito entre jovens escritores, são eles querendo criar logo um sucesso, para que este, possa ser vendido a Hollywood. Claro que ainda há muitos escritores que escrevem porque têm algo a dizer, mas a coisa anda ficando hipócrita. Seja como for, Hobbit é uma ótima leitura. Leve e desprentesioso. Contada de uma forma muito sincera. E que dá todo um gancho para o Senhor dos Anéis. Que tenho, mas não li. E pretendo fazer isso assim que terminar o Caçador de Pipas.

Ele foi publicado pela primeira vez em 1937, na Inglaterra e aqui no Brasil é editado pela Martins Fontes, mas teve outras versões (inclusive uma pirata) por várias outras editoras.
NOTA: 10,0
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