Fanzine Nerd

Um projeto grande, audacioso e complexo. Isso já resume um pouco do que é Sete Soldados da Vitória, que é uma série de minisséries que ao longo do toldo, forma um único conto. Mas não pense que é tão “simples” assim. O trabalho escrito a quatro mãos pelo escocês e genial Grant Morrison é algo que merece ser lido e relido e ainda assim, você terá descoberto mais coisas. Muita gente ficou com o pé atrás em relação ao projeto, muito “maluco” para o gosto de muitos escritores. Mas a verdade é que Morrison é dono desse tipo de linha narrativa e mostra com maestria como se faz. Fatos "simples". Sete personagens. Sete minisséries de quatro partes contadas aparentemente sem nexo, mas completamente interligadas. Vou fazer um release simples do que li, porque só o fiz uma vez. Então, muita coisa escapou da minha percepção. Pra se ter uma idéia, sim, é melhor que você leia pelo menos umas três vezes pra poder entender tudo direitinho. Dá pra entender na primeira leitura. Mas acredite: h...

Depois de um atraso de umas duas ou três semanas, o novo filme do cineasta chinês Wong Kar Wai chega ao Brasil. Bem... devo admitir que não assisti a nenhum de seus filmes anteriores, e que não posso fazer comparações de trabalho com seus projetos passados. Os críticos brasileiros, pelo menos dos que li até aqui, disseram que um filme inferior aos seus trabalhos anteriores. Que é Um Beijo Roubado é na verdade um filme light , em justaposição. Então, vou me ater apenas a essa película. O filme de cara não segue o esquemão hollywoodiano , por tanto, não espere grandes quadros, com cenas antológicas e música orquestrada para te fazer chorar com os dramas pessoais dos personagens. Se isso acontecer, foi mérito do filme. No entanto, a forma como diretor divide o filme, em pequenos contos interligados em linha reta sem vínculo entre os coadjuvantes (como acontece, por exemplo, em filmes como Crash- No Limite ), o filme acaba se perdendo em alguns pontos e forçando em outros. A história é s...

Rapaz... quanto tempo faz que não assisto um Grande Prêmio de Fórmula 1. Lembro que eu adorava. Sabia tudo. Entendia essa merda toda. Acompanhava o “grande circo” da velocidade de perto. Torcia, ficava puto, olhão colado na TV e nem mijar eu ia até a porra da corrida terminar. Bem... há mais de quatro anos que eu não acompanhava um GP do começo ao fim. A temporada começou na Austrália, mas na madrugada prefiro dormir. Malásia, idem. Mas agora sim, o Bahrein, no ótimo circuito de Sakhir eu assisti. Eu voltei a assistir porque antes eu trabalhava aos domingos, e sempre perdia os GPs. Tinha esquecido como é bom poder acompanha essa merda toda. E o melhor: justamente no que eu acompanhei, Felipe “nanico” Massa vence. Admito que não estou (ainda) situado com todas as novas regras e nem sei como funciona (ainda), mas é fato que a F1 ficou mais competitiva, mesmo com a supremacia da Ferrari. Mesmo com pouco contato nos últimos anos, acompanhava pela NET um pouco e sei que a coisa parecia mais...

Os cientistas da NASA fizerem uma descoberta interessante. Não vai mudar meu modo de vida ou qualquer coisa assim... mas eles descobriram o menor buraco negro já encontrado. Ele tem nada mais que 24 quilômetros de diâmetro, menor que a cidade de São Paulo, por exemplo. Grande você diz? Não, não... é pequeno se usarmos escalas universais. Há buracos negros do tamanho de planetas inteiros. Pra quem não sabe, ou não se lembra, um buraco negro é nada mais que os “restos” de uma estrela que se consumiu e deixou para trás um campo gravitacional ativado (explicação bem simplória). Ele tem uma gravidade fortíssima, do qual nem a luz escapa. Buracos negros ainda são um mistério e dão vazão a várias teorias dimensionais usadas principalmente por escritores de ficção científica. Este aqui (visto na representação artística acima) foi encontrado no sistema binário XTE- J1650- 500 (lá na puta que pariu, pode apostar, onde os caras só encontram sinais e poeira). Vai mudar a sua vida? Claro que não. ...

Foi numa manhã no começo de março que tudo ficou estranho. Esse último mês chovera mais que o normal. Mas nessa manhã o sol brilhou timidamente no oeste. As ruas ainda estavam molhadas pela chuva da madrugada. Pássaros escorregavam pelos céus. Pessoas caminhavam pelo frio da manhã com agasalhos e guarda-chuvas debaixo do braço. Na esquina Seu Adauto armava sua barraquinha de frutas. Numa casa em frente, Dona Jaqueline beijava Samuel, de 12 anos, que estava indo para o colégio. Um gatinho de rua se espreguiçava perto de uma árvore. Rolou no chão e pôs-se de pé novamente olhando o movimento. Mais um dia. Mais uma terça quando Roberto dobra a esquina que dá para a casa de Manuele. Um táxi já estava parado com uma fuça saindo do cano de escapamento. Algumas malas estavam na calçada e Maria, irmã de Manuele enxugava as lágrimas de seus olhos. Roberto freia a passada por uns instantes. Pensa um pouco, olha para o chão e depois retoma seu rumo. Pesado. Pensativo. Sentido. Quando vai chegando ...