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Quatro-Folhas Quadrinhos

Eu gosto de criar coisas. Gosto de escrever, bolar, orquestrar situações em minhas histórias. Criar pra mim é diversão. É prazer. Acima de tudo é puro prazer. Gosto de sentar e deixar a criatividade fazer sua parte. Às vezes sai, às vezes não. Mas tudo no seu tempo. Eu nem sempre fui fã entusiasmado da Nona Arte, os gibis. Sempre gostei de Superman, Batman, Homem-Aranha, X-Men, mas nunca tinha tomado uma posição a respeito. Apenas bem mais velho, com 17 anos é que comecei a colecionar quadrinhos e isso é tarde, aposte. Mas tão logo me situei nas minhas compras mensais de revistas em quadrinhos, comecei a ir além dos personagens. Comecei a enxergar por detrás dos panos. Comecei a prestar atenção nos nomes de quem conduzia minhas histórias. Com o tempo parei de comprar “Personagens” e passei a comprar “Autores”. E esse gosto por conhecer mais e mais me posicionou para aquilo que era latente em mim. Criar minhas próprias histórias.

Eu já tinha feito alguma coisa antes com BIC e lápis de cor, mas fanzine, nunca. E então, comecei a desenhar e escrever. Fui cada vez mais criando mais e mais. Ao longo de mais de 15 anos de “fanzinagem”, criei muitos personagens, selos, fanzines. Depois de tanto tempo e ter passado por tantas “fases”, eu acabo de criar algo que pretendo usar egoistamente comigo que foi o selo Quatro-Folhas Quadrinhos. Eu já criei vários selos que por um motivo ou outro eu acabava dividindo com amigos para que pudéssemos criar nossa própria “Marvel”. Mas como sempre, os amigos se tornavam apenas eu e o selo desvirginado. Aí há alguns anos parei de produzir com selo próprio que eu já dividia com amigos, e passei a “trabalhar” como colaborador nas produções dos outros e uma dentro do meu selo, mas em caráter de grupo. Nada meu que dependesse apenas de mim.

Sem dar nomes, nos últimos três anos participei de inúmeras produções e alguns projetos que nunca foram pra frente, mesmo com toda a minha parte feita. Quando você trabalha com terceiros o risco de nada dar certo é maior já que não depende só de você. Claro que cada caso é um caso. Algumas coisas que fiz como roteirista saíram, umas ainda estão no caminho e com certeza vão sair e outras, a maioria, ficou perdida no limbo. Entre textos, roteiros, projetos e argumentos, pouco se salvou e muito foi levado embora pelas grades do tempo, aquele que te derruba de diversos modos. “Cada um, cada um”, é como sempre digo. Nunca tive problemas com a minha parte, por que se sei fazer, eu faço. Se me comprometo com algo, eu termino. Se acho que não consigo, pulo fora. Simples assim. Empenhar palavra em algo que sabe que não vai dar conta num é legal.

Com tudo isso, eu meio que cansei de esperar. Ainda estou em parceria com algumas pessoas, aquelas que fizeram dar certo. E com esses eu fico até quando me expulsarem. Mas agora eu criei meu selo. Um que com o tempo de “experiência” não pretendo dividir com ninguém. No máximo uma colaboração programada. Mas quase 100% das vezes, serei apenas eu. Se não conseguir produzir algo, a culpa será e apenas minha. Nada das desculpas de sempre. Serei eu VS eu. O único cobrado serei eu e quando eu cansar, eu paro e pronto. Quando eu tiver afim, eu produzo que nem doido e pronto. Quando eu quiser lançar, eu lanço. Quando eu tiver a fim de engavetar, engaveto. Se eu quiser fazer só pra mim, eu faço. Não vou depender de ninguém e nem ninguém vai vacilar comigo. É uma ajuda e tanto. Só dependo de minha saúde (que num é lá essas coisas) e de grana, que é fator complicado porque ando durango. Sem um puto no bolso. Mas cada coisa em sua hora.

Ainda precisarei de uma ajudinha aqui e ali pra finalizar certas coisas, mas estou “trabalhando” para ficar realmente 100% alforriado. Estudando umas coisas aqui e ali, aprendendo um pouco mais pra poder ficar de fato independente. Mas é um passo de cada vez. Enquanto isso, vou produzindo devagar e sempre. E é pra isso que tenho a Quatro-Folhas Quadrinhos. Pra conhecer um pouco de tudo isso e saber como vai funcionar, é só clicar AQUI e ir pra mais um blog meu. Que dureza!

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