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Notalgia: Super Nintendo

Ahhhhhh, o Super Nintendo. Como fui feliz com esse troço. Em minha época de azilado (algo como doido por alguma coisa) jogava nesse console até meus dedos criarem calos, e olha que nunca possuí um vídeo game. Era tudo nas famosas "locadoras" que eu perambulava atrás de diversão. Em 1993, assim que o console chegou ao Brasil, o que predominava antes era o Mega Drive e o Master System da Sega. Tinha o Nitendinho ou simples NES da Nintendo já no país, mas era bem inferior. Eu conhecia as melhores locadoras dos bairros e vivia nelas como pulgas em cachorro. Aliás, eu e uma porrada de menino do buchão. Mas era divertido. A febre dos consoles e locadoras varria a cidade de ponta a ponta. Revistas sobre games atolavam as bancas. Truques, códigos, macetes... tudo pra poder a gente desenrolar um game. Quando o Super Nintendo chegou, eu de cara fiquei vissurado em Street Figther II, a primeira versão do jogo. Adorava mesmo. Era tão bom nisso que ninguém conseguia me vencer e eu finalizava o jogo com o personagem mais ruim sem perder um round e de "perfect" quase até o fim. Eu tinha uma "fama" no bairro. Coisa de doido.

Mas nem tudo foram flores. De tanto matar aula pra jogar por aí, eu perdi um ano, pois deixava de estudar pra "aprender" a destruir meus inimigos nos jogos. Passava a tarde todo jogando Street Figther II, Super Mario Bros., Top Gear, Donkey Kong, Final Figth, Super Contra e uma pancada de outros joguinhos que me tiravam a tarde toda. Tava quase um expert nisso. Conhecia todo o processo de avaliação para um bom game e um bom console. Rodava os bairros que nem galinha atrás de milho. Claro que outros vídeogames vieram como o poderoso Neo Geo CD da SNK e mais tarde o Playstation da Sony, mas foi com SNES que eu mais me divertir. De chegar de manhã numa locadoras às vezes no final de semana e só sair no final da tarde se alimentando de refrigerante e biscoitos de chocolate mais alguns amigos. Ah, eu tinha grandes caras jogando. Lembro de todos eles e foram muitos. Gente que fazia comigo verdadeira romaria atrás de boas locadoras, de sentarmos em algum lugar pra discutir tácticas, golpes, jogos, consoles... foi uma farra só. Com o tempo fui passando para outros consoles (como os já citados Neo Geo e Playstation), mas depois da frebre do SNES e seus cartuchos que tinha de assoprar às vezes ou dar uma batidinha, eu fui isolando os games e me enconstando nos quadrinhos. Ainda hoje eu jogo no Playstation 2 de um amigo, aziladamente, mas não tanto quanto antes. E a minha melhor fase foi mesmo SNES.

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