Antes de fazer a resenha, vou logo responder a uma pergunta que num quer calar: afinal o filme é mesmo bom ou não... e a resposta é SIM! Ele é bom. Na verdade, muito bom. Mas ele tem falhas? Sim... tem. Compromete o divertimento? Bem, aí depende e eu vou destilar a resposta na resenha. A primeira coisa pra se assistir esse novo Superman é esquecer os filmes anteriores. Todos eles. Incluído aí as séries de TVs e animações. Esse Homem de Aço é algo novo, ainda que esteja amparado na cânone do herói. Você vai encontrar um Superman identificável? Sim. Mas ele está atualizado para o mundo real, com questões do tipo “e se ele existisse mesmo, como o mundo reagiria?” Essas questões fazem parte desse novo Superman. Eu o vejo mais como se fosse uma versão "ultimate" do personagem. Mas vamos por partes, como diria o esquartejador. A produção: fantástica. Aqui ninguém vai poder dizer nada. A produção é enorme, com cenários reais em sua maioria, uma fotografia linda, uma direção de arte de primeira. A preocupação com as ambientações são visíveis e muito bem amparadas. É um deleite olhar para a tela. A trilha sonora de Hans Zimmer está muito bonita, cheia de força e ao mesmo bem militarizada. Eu gostei bastante. Não dá pra comparar com John Williams, claro, mas gostei muito. O cara faz a diferença.
Os atores e personagens: Todos comprometidos. Henrry Cavill é sim o novo Superman nessa nova realidade. Um alienígena deslocado num mundo sem respostas. Amy Adams é uma Lois Lane melhor que Kate Bosworth, mas inferior a Margot Kidder e Teri Hatcher. Já Diane Lane é a nova Martha Kent. Muito boa. Russell Crowe aparece pouco, mas fez tudo direitinho. E Kevin Costner fez um Jonhatan Kent bastante inspirado. Infelizmente Perry White de Laurence Fishburne tem pouca relevância e os outros personagens não passam de adereços. No entanto, Zod é um personagem completamente ensandecido, mas com motivações válidas em questão. Michael Shannon mandou muito bem como o vilão, assim como Faora vivida por Antje Traue (uma personagem que ganhou muitos fãs e olha que pode acabar realocada nos quadrinhos- anote aí).
Agora focando mais em Cavill. Ele é sim o novo rosto do Homem de Aço em todos os sentidos. Sua interpretação shakespeariana não foi tão exigida, até nesse primeiro momento Clark é um homem solitário, que pula de emprego em emprego sempre dando nomes falsos. Seu Clark não é tímido, é introspectivo. Agora achei Amy Adams esforçada, mas não me convenceu muito como Lois Lane. Quem sabe no futuro. Roteiro. Hmmm... a trama, como eu disse, é virtualmente diferente do que conhecemos, pois acrescenta muito na mitologia do Homem de Aço, e ao mesmo tempo faz paralelos com o que todos nós sabemos. É a mesma coisa, mas contada de forma diferente com novos elementos. Com elementos de ficção cientifica e novas atualizações sobre origens. Existe alguns furos durante todo o trajeto, ou deixas para se expiar mais tarde. Que Superman esperamos? Forte, poderoso como tem que ser, mas ainda verde. Que ainda tem medos e receios. Que não sabe ser o heróis que conhecemos, pois ainda está em construção. Há dúvidas, há hesitação. Mas ainda é o Superman. Não é o escoteiro que estamos acostumados, é um Superman que parte pra briga sem medir seus limites, ainda assim, é aquele que tiraria um gato preso numa árvore. O que vemos também são várias explicações esmiuçadas sobre sua origem, uniforme, extensão de seus poderes, algumas duvidas sobre krypton.
Agora focando mais em Cavill. Ele é sim o novo rosto do Homem de Aço em todos os sentidos. Sua interpretação shakespeariana não foi tão exigida, até nesse primeiro momento Clark é um homem solitário, que pula de emprego em emprego sempre dando nomes falsos. Seu Clark não é tímido, é introspectivo. Agora achei Amy Adams esforçada, mas não me convenceu muito como Lois Lane. Quem sabe no futuro. Roteiro. Hmmm... a trama, como eu disse, é virtualmente diferente do que conhecemos, pois acrescenta muito na mitologia do Homem de Aço, e ao mesmo tempo faz paralelos com o que todos nós sabemos. É a mesma coisa, mas contada de forma diferente com novos elementos. Com elementos de ficção cientifica e novas atualizações sobre origens. Existe alguns furos durante todo o trajeto, ou deixas para se expiar mais tarde. Que Superman esperamos? Forte, poderoso como tem que ser, mas ainda verde. Que ainda tem medos e receios. Que não sabe ser o heróis que conhecemos, pois ainda está em construção. Há dúvidas, há hesitação. Mas ainda é o Superman. Não é o escoteiro que estamos acostumados, é um Superman que parte pra briga sem medir seus limites, ainda assim, é aquele que tiraria um gato preso numa árvore. O que vemos também são várias explicações esmiuçadas sobre sua origem, uniforme, extensão de seus poderes, algumas duvidas sobre krypton.
Polemicas. Várias, principalmente sobre a destruição em massa que acontece entre os conflitos entre os kripitonianos em Smallville e Metrópolis. De fato é algo nível Michael Bay mais Roland Emmerich e ainda assim os dois ficariam com inveja. É algo tão grandioso que dado momento só vemos escombros. E ficaram várias exclamações sobre a conduta do herói quanto a essa destruição massiva. Eu vejo da seguinte forma: num mundo real uma luta entre kriptonianos no meio de uma cidade... bem... alguma coisa não seria tão bonito de ser ver. Quer dizer, são praticamente deuses lutando e os prédios estão no meio. É meio inevitável esbarrar neles. Ainda assim... sempre dá pra se sair, certo? Mas pra quem quase dormiu em Superman- O Retorno, não vai tirar os olhos das cenas de porradaria que são fantásticas. Dado momento você vai achar que tem demais até, mas melhor muito do que o marasmo, por exemplo, das lutas sem enxutas do Homem de Ferro. Mas não é só isso. Sei que estão falando muito de uma polemica forte envolvendo o final do filme, que eu prefiro não comentar, mas posso fazer uma ressalva: como conter uma força equivalente num mundo que não pode contê-lo? Fica por conta do expectador. Eu particularmente ainda estou tentando decidir se foi uma boa solução ou radical. O novo Superman foi pra mim um prelúdio para um segundo filme mais bem aparado. Apesar de ter quase duas horas e meia, as coisas parecem que ficam no meio do caminho e as cenas pulam muito rápido sem tempo para algum aprofundamento.
O novo filme não é para os fãs de John Byrne, ou os fãs de Christopher Reeve, ou Smallville ou as animações. O fã vai ter que entender que é um herói novo para um novo tempo. É um Homem de Aço mais do nível de X-Men ou Vingadores. Uma homenagem aos filmes do passado já foi feita com O Retorno e deu no que deu. Não é sombrio, mas é adaptado a uma possível realidade, de como a sociedade o enxergaria se ele aparecesse no mundo real e suas consequências. O filme é bom? É sim, Sem dúvidas. Tem falhas? Sim, várias, mas nada que comprometa seu divertimento. Mantenha a mente aberta, liberte-se de preconceitos, entenda acima de tudo a necessidade dessa rearrumação do personagem para o século 21. Não “mataram” o personagem. Se ele fosse criado nos dias de hoje do zero... ele seria mais ou menos assim. Posso dizer que algumas coisa eu não gostei (poucas), mas em sua maioria sim. Sei que vai ser um filme que vai dividir os fãs. Normal! Mas eu como fã do personagem desde criança e fã de cinema, achei que foi o necessário para trazer o maior herói de todos os tempos, o mais antigos de todos de volta num mundo não tão inocente como nos de 1970 ou 1980. O Homem de Aço veio pra realocar o personagem nesse novo mundo, pro bem ou pro mal.
Nota: 9,0
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Christopher Nolan e David S. Goyer
Elenco: Henry Cavill, Diane Lane, Amy Adams, Michael Shannon, Kevin Costner, Russell Crowe, Lawrence Fishburne, Antje Traue, entre outros.
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