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Tartarugas Ninja (2014)

Tartarugas Ninja, essa nova versão para o cinema tinha tudo para dar muito errado. Pra começo de papo a origem seria modificada e eles seriam alienígenas (!), o que trouxe muitas reações negativas da mídia e fãs. Mas no final da projeção eu senti que não foi nem de longe uma recomeço cinematográfico perfeito, mas não foi um desastre. A boa notícia é que os personagens tal qual como ficara conhecidos pelo grande público estão lá. Leonardo continua o líder certinho, Rafael o estourado do grupo, Donatelo o gênio e o Michelangelo o engraçadinho. E essa química continua funcionando muito bem em todas as mídias em que são adaptadas, quer seja em novos quadrinhos, quer seja em séries animadas e agora no novo filme. Mas preciso admitir que com meia hora de fita eu já tava olhando pro relógio pra ver se ainda "faltava muito". Uma das mudanças que não curti foi o visual muito grosseiro. Eles ficaram enormes, como se fossem primos do Hulk. Eu gosto muito da versão mais original, deles "entrocadinhos". 

O visual novo contrasta negativamente na hora das lutas, os vilões parecem crianças e não parecem ser um grande desafio no mano a mano. Isso também se refletiu no Destruidor, o vilão dos heróis. O cara não tinha como sair no braço com seres tão grandes e foi preciso fazer o cara entrar num armadura do tipo Samurai de Prata de Wolverine Imortal. Ficou bem feio, parecia um robô lutando, apesar dos bons efeitos visuais. Agora verdade seja dita: o Mestre Splinter foi o que melhor ficou adaptado. Em tudo! Sua luta contra alguns vilões do Clã do Pé e contra o próprio Destruidor figuram entre a parte alta da película (que não são muitas). Em tempo, April O´Neill vivida por Megan Fox está deslocada, e deram extrema importância a ela e isso deve ter sido o peso do contrato- April sempre teve importância, mas aqui ela parece ser a protagonista. A trama pega um pouco da nostalgia da primeira série animada e um pouco do tom sombrio das HQs originais dos personagens, que eram bem violentas e cheio de sangue e morte. O filme ora fica sério demais, ora fica demasiado bobalhão. O diretor Jonathan Liebesman parece um "clipeiro" e filma com a intensidade de um vídeo clipe, mas a boa fotografia não deixa o longa cair num borrão verde e cinzento. Apesar de não ser exatamente o que eu esperava, foi uma boa tentativa. 

Um segundo filme já está em processo criativo. E só lembrando, há uma cena em particular muito legal em que os personagens pulam de um prédio logo depois do primeiro encontro com April que remete diretamente a abertura do seriado dos de 1980. Muito bacana!

Nota: 7,0

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