WOLVERINE: o velho Logan (Opinião)

 

Salve, povão. Eu sou o Éverton Veras, do Nerd Metal apresenta Gil Astro, blog onde mostro meus desenhos, quadrinhos e as tirinhas do meu personagem, o Gil Astro. Como avisado a vocês pelo Edvanio, a partir de agora sou parceiro do BUEIRO, e esta é minha primeira postagem pra vocês. Vejamos o que acham. :) 

Li essa edição emprestada, e agora, quero comprar. Neste futuro possível do universo Marvel, o escritor Mark Millar mostra como seria se os vilões tivessem finalmente conseguido vencer os heróis e dominar a sociedade. Wolverine aqui começa como um pacífico fazendeiro que só quer ficar com sua mulher e filhos, mas tem que se preocupar em pagar aluguel para a "Gangue Hulk": os filhos e filhas de Bruce Banner, mais uma  vez visto como um vilão, igual à HQ "Hulk: Futuro imperfeito" de George Pérez. Millar usa ideias parecidas de forma bastante interessante e funcional. 

O que achei bom: a ideia da história é bem legal, um tipo de "O que aconteceria se..." bem aprofundado. Millar mostrou um Wolverine coerente, que se controla pra não ser um assassino. Há uma boa razão para isso e ela é bem explicada (e embora haja certo exagero neste ponto, há que se lembrar que são HQs de heroi). O desenho de Steve McNiven, o mesmo da mini-série Guerra Civil, é dez, com um estilo hachurado que me lembra livros de contos de fadas ilustrados por Gustav Doré. Os coloristas também são excelentes, embora o desenho de McNiven já deixe praticamente tudo resolvido (característica dos bons desenhistas). Falar nisso, os arte-finalistas também estão de parabéns. 

O que achei ruim: a única coisa que me pareceu incoerente, eu não sei se é culpa da Marvel ou da Panini. Há extrema violência visual. Poucas vezes vi Wolverine ou Hulk fazerem tantas das coisas que sempre ouvimos dizer que fazem, mas que ficam pra nossa imaginação. Pra mim é incoerente uma HQ tão violenta censurar simples palavrões. Podemos ver personagens serem dilacerados, explodidos e  decapitados, mas eles não tem a liberdade de falar um único "bosta". Violência pode, mas palavrinhas feias não? Tsc! 

Nota 9,0.