Acho os trabalhos de Judd Apatow cheio de altos e baixos. O cara tem uma maneira estranha de fazer humor, em geral calcado em dramalhões regados a maconha e palavrões. No entanto, o diretor e roteirista sabe se antenar numa geração que está entre "o aqui e o acolá" de forma dramática e ao mesmo tempo engraçada. Seus filmes não são para adolescentes e sim para ex-adolescentes que hoje são uma sombra de seus passados às vezes solitários ou constrangedores. Love trás Gus e Mickey que são dois azarados no amor. Ambos se encontram de uma forma meio inusitada depois de romperem com seus pares. O que segue é uma romance meio "desastrado" cheio de encontros desastrados. Com uma sucessão de atos que poderiam deixar até o mais gaiato com vergonha, encare uma série de comédia romântica atípica, com dois personagens que se engrenam de forma distópica, mas ainda assim, se completam. De um lado o nerd gentil (mas que fica puto como qualquer pessoa normal) e a geniosa Mickey, que cai em relacionamentos frustrados sem se importar muito com sua alto-estima. O seriado trabalha bem isso e intercala bons diálogos e cenas divertidas com pitadas altas de palavrões. Um ponto positivo para a versão dublada nacional: sensacional! No entanto, admito que o seriado pode não agradar aos fãs mais conservadores ou que estão acostumados a séries mais redondinhas. Seja como for, curti bastante Love. Assisti os dez episódios duma golada só.
NOTA: 8,5
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