Vingança de Joe Casey e Nick Dragotta. Esse encadernado eu comprei em 2014, mas só agora tirei pra ler. Tava bem empoeirado, devo admitir. Com o tempo, comecei a ler criticas divididas, mas mais pro negativo do que pro positivo e meio que por isso fui deixando pra lá. No entanto, pra minha surpresa, eu achei até boa. De verdade! Apesar de ter um final que destoa bastante, baixando a qualidade da minissérie. A trama acredito que se passe durante a saga A Essência do Medo (não peguei essa) e coloca jovens heróis que agem nos bastidores contra ameaças fora do comum. São super-heróis mais briguentos e boca suja, vilões que matam a sangue frio e um segredo que arremete aos alicerces da Marvel. A arte de Dragotta não deve agradar todo mundo, pois ele tem uma pegada mais grosseira, no entanto, funciona muito bem pra esse tipo de HQ. Uma pena ter um final tão a desejar. E um adendo: essa capa vende "meio errado" a coisa toda. Esses vilões que aparecem na imagem são coadjuvantes com "30 segundos de exposição". O fato é que apesar das críticas medianas para ruins, esse encadernado acabou se vendendo pra mim. Não é uma HQ típica da Marvel e de fato essa capa não é bem o que temos na parte interna- esse vilões até aparecem, mas muito pouco. É mais um estória tipo Vertigo dentro da linha Elseworld da DC. Acho que ter ido com a expectativa baixa ajudou também na leitura.
NOTA: 7,5
A Ascensão de Thanos de Jason Aaron e Simoni Bianchi. Este é o ultimo encadernado que comprei de vilões Marvel ainda em 2014. Lembro que nessa época tentei ler isso, mas não consegui. Pode parecer bobagem, mas ter um alienígena vivendo uma realidade acadêmica igual a um americano me incomodou um pouco. Todo o clichê do gênero estava ali: aulas de biologia com dissecação de bicho morto, um pouco de bullying, o jovem promissor, mas afastado dos demais, etc. Só não me entrava muito bem essa realidade tão "humana" num semideus alienígena. Enfim... Lendo agora resolvi ignorar esses fatos (tsc, tsc) e dar cabo desse encadernado de vez. Em seguida Aaron nos leva a uma juventude de inquietações para o Titã, crescendo com todos os clichês básicos de um psicopata de filmes do gênero; os questionamentos, as vozes, a passividade e curiosidade quanto à morte. O roteiro leva Thanos pelo espaço como um pirata (!) e amante voraz (!!), sempre buscando objetivos para sua sede de entendimento para a Morte e por fim, o colocando no pilar de sua gênese ao voltar a sua terra natal e causar a chacina pelo qual ficou conhecido. Apesar do começo batido, a trama flui bem até certo ponto. A arte de Bianchi funciona- não sou grande fã, mas cumpre bem seu papel. Não sou leitor ávido de Thanos, mas o pouco que li casa com a proposta aqui. Tirando esse negócio de "terraquisar" personagens alienígenas, a sua sede pela Morte e por agradá-la faz algum sentido. Não é ruim, mas também está longe de ser um clássico moderno.
NOTA: 7,0
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