A editora JBC era a editora que relativamente conseguia bater de frente com a Panini Mangás. Era! Hoje não é mais, apesar da boa qualidade editorial e de material. Mas com toda a crise que se chegou, não apenas econômica (pouca grana nas mãos dos fãs), mas também de distribuição e de livrarias, a JBC entrou num turbilhão de reinvenções para poder continuar editando. A primeira ceifada foram as bancas. Com condições limitadas a editora limou seus mangás em bancas. Até aí, ok. Hoje apenas a Panini consegue mandar seus mangás e quadrinhos em geral para bancas por conta de uma distribuição própria. Mas bem ante s New Pop havia se antecipado e deixado de vender seus produtos em bancas passando apenas as vendas a pontos comerciais e livrarias (físicas e online). Mas e como ficou a JBC?
A editora persistiu por um bom tempo ainda tentando levar seus mangás às bancas, mas aos poucos a crise foi engolindo a distribuição e a JBC foi retirando gradativamente seus títulos dos pontos comuns até o momento que por fim resolveu distribuir apenas em lojas especializadas físicas e lojas online. Uma medida normal dado os problemas atuais de distribuição. A saúde da editora estava em jogo. Mas aí veio um problema que tem deixado lojistas (que conheço) e leitores meio reticentes: lançar muita coisa ao mesmo tempo! Agora invés de ter um título X por mês, é possível que vários números saim de uma única vez. Nem parece um problemas, mas de repente é sim. Pegando um leitor comum que compra mangás da JBC, Panini e New Pop, mas também acrescenta alguns quadrinhos da DC e Marvel, quadrinhos de outras editoras e por aí segue esse raciocínio, o leitor com grana curta- o que quer dizer MUITA gente- vai pensar duas vezes antes de começar a colecionar os mangás da JBC, afinal, três números de uma única vez para comprar fica pesado. Ainda mais se for levar em conta os novos valores que são mais altos por conta das tiragens mais baixas.
O que apurei dos lojistas da minha cidade e leitores dessas mesmas lojas em alguns dias foi que ficaram com medo de perderem algum volume já que não pretendem comprar tudo de uma única vez justamente por conta de terem outras publicações em seu orçamento mensal. De acordo com comunicado da JBC, a editora pretende manter reposições para não ter esse perigo. Mas como ainda é um modelo novo de edição no Brasil, o leitor está claramente com o pé atrás. A JBC pode estar com essa atitude neutralizando novos leitores e ou leitores antigos que não querem comprar vários títulos de uma única vez fazendo com isso que muitos desistam mesmo antes de começar.
O melhor modelo hoje segundo lojistas da minha cidade é de mangás bimestrais da Panini onde o leitor consegue "respirar" entre uma compra e outra e ainda assim... manter a VARIEDADE. A New Pop também mantém uma boa periodicidade mensal, ainda que trabalhando no esquema que a JBC quer- no entanto, o faz apenas com um título por vez de seu determinado leque de publicações.
A editora tem investido muito em mangás digitais e agora uma loja física em São Paulo. Mas isso não aplaca a sede do fãs que quer consumir mangás físicos. A editora também mantém muitos mangás em hiato e várias Anúncios arrastados.
Apenas o tempo vai dizer se foi um modelo acertado ou não.
Apenas o tempo vai dizer se foi um modelo acertado ou não.
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