sexta-feira, 3 de maio de 2024

CINEMA- Ghostbusters- Apocalipse de Gelo (2024)


Sou fã da franquia desde a série animada dos anos de 1980, que foi onde tive meu primeiro contato. Até ali- sem Internet ou revistas específicas que falassem do assunto- eu achava que a animação vinha antes do primeiro longa metragem. Minha paixão por Caça-Fantasmas só aumentou depois que vi a fita numa "Tela Quente"- exibida até então pela TV Globo em sua grade mais nobre para as produções da Sétima Arte. Naquela época o que me atraia num bom filme eram os efeitos especiais e os Caça-Fantasmas tinham uma tonelada disso. Eu ficava maravilhado!

Mas o tardio segundo filme- que demorou pra sair pro vários imbróglios entre os criadores e estúdio- eu percebi que nem só de efeitos especiais viviam um bom filme. Precisava de um roteiro decente! O segundo filme foi um fracasso e enterrou a franquia por anos. Só votando com outro fracasso que foi o Caça-Fantasmas de Paul Feig em 2016 que preferiu dar um novo recomeço, mas com mulheres. Particularmente, acho bem feito. Porém, sofre também de roteiro- e claro, a mudança pra novos personagens sem ligação com o original causou aí uma rejeição. Mas mundialmente o filme se pagou e fez uma até boa gordurinha.


Porém em 2021 "Ghostbusters: Mais Além" foi lançado e esse sim era uma continuação direta, o que acertou bem mais próximo do alvo, teve boa crítica e acendeu a luz verde para uma continuação. Prometia levar os personagens de volta ao antigo quartel dos bombeiros em Nova Iorque e trazer a nostalgia de volta, mas com novos efeitos especiais e ampliar a franquia. No entanto, sendo bem sincero, "Apocalipse de Gelo" é um retrocesso no ótimo gancho que o filme deixou. O que pra mim deixou uma dúvida se a Sony Pictures irá continuar ou não com mais filmes. O choque entre o novo elenco e a "necessidade" de encaixar o antigo trava o roteiro. Eu sou fã dos personagens como Peter VenkmanRay Stantz Winston Zeddemore, porém, já foi. O roteiro tenta encaixá-los de forma orgânica e relativamente consegue ao acrescentar mecânicas que faz com que suas atuais atividades tenham reflexo nas atividades dos novos Caça-Fantasmas. Mas ir além é forçar a barra. Tem que permitir que o novo elenco brilhe e cresça. Faltou essa diretriz no novo filme.



A trama começa bem, coloca um novo desafio e mostra que a cidade está mais acostumada com a profissão de Caça-Fantasmas. Mas as ações não passam despercebidas pela prefeitura quando os estragos das armas de prótons destroem propriedades privadas e públicas- coisa que nos filmes originais anteriores já vinham sendo discutidas. Legal também que Winston tenha fundado uma espécie de centro especializado onde uma "Corporação" de Caça-Fantasmas atua com pesquisas paranormais e criando novas geringonças. É aí que o antigo anda bem. Nessa parte de bastidores. Mas o roteiro se desdobra entre a ameaça iminente e o drama familiar dos Spengler com a jovem Phoebe. O filme simplesmente para e se arrasta pra contar a amizade improvável entre Phoebe e uma fantasma que ela conhece em uma das muitas áreas verdes da cidade- claro, há uma razão X pra essa amizade rolar que desagua lá na frente.



O filme só engrena mesmo faltando um pouco mais de meia hora pro desfecho, onde os personagens ficam de frente com seu oponente ectoplasmático e aí sim esquecem a trama dramática e partem pras pesquisas e ação. O roteiro tem algumas cartas na manga que usam de forma muito conveniente- como o personagem de Kumail Nanjiani que é peça importante para o enfrentamento do vilão- e a fantasma que ficou amiga de Phoebe. Apocalipse de Gelo é um filme dos Caça-Fantasmas (agora chamado de Ghostbusters pelo estúdio para padronização da marca mundialmente) e funciona. Mas pode mais quando olhar pra frente e deixar os personagens seguirem seus rumos sozinhos.



 
Ghostbusters- Apocalipse de Gelo (Ghostbusters: Frozen Empire, EUA, 2024)★★★

Direção: Gil Kanan 
Roteiro: Gil Kenan e Jason Reitman 
Elenco: Paul Rudd, Carrie Coon, Finn Wolfhard, McKenna Grace, Kumail Nanijiani, Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, Annie Potts, outros.
Estúdio: Sony Pictures
Duração: 115 min.


sábado, 14 de outubro de 2023

Jim Lee: Quando os Anos de 1990 Explodiram


Pra mim Jim Lee era o "deus da arte dos quadrinhos" lá no distante ano de 1994 quando comecei realmente a colecionar quadrinhos. Em fevereiro daquele ano eu comprei nas bancas a edição #64 de X-Men da Abril. A capa era dele, mas eu não sabia. Mesmo sem saber quem era o artista, achei legal. Lembrava de alguma forma na época e de algum jeito que eu não sabia dizer, animação japonesa. Digo... tinha uma vaga lembrança pra mim. Na edição #65 nada de Jim Lee e na #66 ele dividia as páginas com outros artista. Apenas na edição #67 com a volta da mutante Vampira eu puder realmente arregalar os olhos com aquele traço tão diferente, agradável, fluido. E ali eu comecei a procurar pelo nome dele nas revistas.


Isso sem saber que em 1994 ele já era um furacão nos Estados Unidos, já não estava mais na Marvel e tinha montado uma editora, a Image Comics, com outros artistas. Mas em 1994... ele era o Jim Lee dos X-Men na Marvel. Seu nome só ficou realmente forte e mais evidente pra mim- e acredito que para muitos fás brasileiros- quando a Revista Herói começou a circular nas bancas. Com a ideia de ser uma publicação voltada para os nerds nacionais- ainda sem a alcunha propriamente dita- aos poucos a revista foi dando as devidas notas ao artista. Bom... a partir disso a editora Abril na época não perdeu tempo e Jim Lee virou sinônimo de prioridade com seu nome sempre em destaque nas capas das revistas mutantes que ele aparecesse- mesmo que fosse por apenas algumas páginas, como já aconteceu.

Mas em 1996 quando seus WildC.A.T.s vieram para o Brasil pela Globo, apesar da fama ainda em alta por aqui, lá fora a coisa já não era tão grande assim. Mas não por culpa exatamente dele, mas de forma indireta Lee despertou no mercado estadunidense uma espécie de padronização muito negativa. Muitos editores- e editoras- queriam que seus desenhistas se espelhassem no traço de Lee que era um sucesso! Isso gerou uma série de clones muito inferiores, com traços que tentavam emular o sucesso alcançado por Lee e por sequência um esgotamento. Alguns bem poucos quase chegaram lá, mas ainda assim forçavam a indústria a investir numa linha quase industrial, o que acabou saturando e deixando o próprio Lee engolfado em seu talento.



Em determinado período ele chegou a mudar sua arte sutilmente, mais limpo, meio que pegou "emprestado" alguns linhas do novato em acessão J. Scott Campbell. Mas não adiantou muito. Sua arte caiu de qualidade com o tempo e nem sua pretensa passagem pela Marvel novamente em Heróis Renascem acendeu aquela chama criativa. Apenas quando aportou na DC no Batman durante o arco Silêncio, Lee voltou de fato aos holofotes. 



Na DC Comics Jim Lee se estabeleceu de vez, vendeu a WildStorm para a Warner e foi galgando status dentro da editora sendo um dos nomes criativos mais fortes da casa- mesmo tendo cocriado Os Novos 52, uma das tomadas editorais mais burras que me lembro desde a Saga do Clone do Homem-Aranha. Mas o fato mesmo depois disso tudo, Jim Lee ainda é um nome extremamente forte no mercado e muito respeitado. Hoje Jim Lee não entra nem no meu "Top 10" e precisaria pensar bem se entraria no meu "Top 20", mas sua importância tanto positiva (X-Men) como negativa (WildC.A.T.s, Novos 52 e a influencia editorial artista catastrófica nos anos de 1990), vai reverberar na História das Histórias em Quadrinhos como um desenhista que movimentou o cenário, elevou a régua, criou novos conceitos e fez um burburinho no mercado que há tempos não se via. Posso não ser mais fã dele como antigamente, quando meu conhecimento era extremamente artificial e minhas influências limitadas, mas meu respeito como profissional e impacto em minha vida como leitor de quadrinhos pode apostar que ele tem. Ainda gosto muito dos seus trabalhos e sempre fico de olho. 



sábado, 23 de setembro de 2023

Sebo: O Caminho do Colecionador


Ultimamente tenho feito um caminho contrário dos muitos leitores de quadrinhos brasileiros. Enquanto uns correm- desesperados!- por um desconto em algum site acerca dos seus interesses mais nervosos, eu virei caçador de diversão! Compro quadrinhos quase initerruptamente desde 1994. Minha primeira coleção "séria" foi Super-Homem da editora Abril. Peguei a edição de número 117 do personagem e desde então me apaixonei por ler e colecionar quadrinhos. Não é um hobby fácil, principalmente nos dias de hoje. Virou uma diversão cara e por muitas vez (infelizmente) inflacionária e especulativa. Existe uma necessidade vaidosa de mostrar o "produto", exacerbar o luxo, "mostrar que tem", encorpar as capas, gramaturas e volume de páginas. A formação dos novos leitores tem sido um condicionamento quase explícito, onde ele é bombardeado com palavras-chave como "capa dura", "essencial", "clássico absoluto", "fase de sucesso", "grandes autores" e por aí vai. Já o leitor mais antigo ele vê uma oportunidade de ter seu quadrinho favorito em um formato melhor ou mais completo, mas sem necessariamente exigir um acabamento mais luxuoso. O leitor mais maduro, aquele que é mais exigente, que enxerga no acabamento mais caro uma chance de ter seu quadrinho de forma definitiva, geralmente exige esse formato como único pelo conteúdo mais encorpado e derradeiro- mas isso não é uma prática só do "maduro". Aquele leitor "condicionado" também está ligado aqui, afinal, esse é o formato que lhe foi apresentado e "baixar o nível" é um retrocesso.
A Arte & Ciência é um dos mais recheados localizado próximo a Universidade Federal do Ceará

Houve um tempo, ali por volta de 2012 e 2018 que eu comecei a achar que o melhor formato, aquele mais assertivo era a capa dura. Naquele tempo, a editora que melhor investia nessa vertente com ótimo custo/benéfico eram as editoras Salvat e Panini. Chegou a se fazer uma diferença tão pálida de valor entre os formatos capa cartão e dura que era vantagem pegar a edição mais "luxuosa". Meu olhos cresceram para o formato e comecei a me desfazer de grandes gibis da Abril como Cavaleiro das Trevas e Watchmen em minisséries e pegar as edições em capa dura- anos mais tarde me arrependi amargamente e penei pra pegar de volta sem precisar vender um rim! Com o passar dos anos e a popularização da capa dura e na sequencia de sites com promoções e descontos convidativos (Saraiva e Amazon disputavam quem dava o desconto mais chamativo), a capa dura virou um padrão corriqueiro entre lançamentos e foi rapidamente virando "lugar comum" entre as novidades. E esse foi a primeira grande rachadura nesse reino de felicidade do couchê e papelão.

Fachada da Antiga loja Fanzine em Fortaleza

Fachada da Antiga loja Fanzine em Fortaleza

A primeira grande alavancada aconteceu quando o preço de capa das edições de luxo deram um salto vertiginoso de quase 50% para qualquer lançamento, seja qual personagem fosse. A comoção entre os leitores gerou uma onda de "hate" contra a editora Panini- que tinha e tem o maior volume de publicações- chegando a mudar drasticamente a forma de comunicação da editora com resquícios até hoje! Isso aconteceu ali quando Arqueiro Verde: A Queda em Os Novos 52 com 128 foi lançada por um valor absurdo (até pros dias de hoje) em abril de 2020 por R$ 51,00. Nessa época as edições nesse formato e com essa média de páginas gerava em torno de R$ 29,90. Mas foi sendo percebido que outras edições vinham tendo aumentos constantes e quando essa edição do Arqueiro saiu foi a gota d´água. Depois disso o mercado nunca mais foi o mesmo.

A Mandrake em Goiânia tem material recente e antigos também

O cenário foi mudando drasticamente no campo econômico mundial. Tivemos uma crise global que levou a uma recessão braba que durou alguns anos para ser aliviada e na sequencia uma pandemia que foi um banho de água fria numa ainda morna recuperação econômica. Essas "forças do acaso" forçaram muitas empresas a mudarem seu formato de trabalho e isso vale para o mundo do entretenimento. Aqui as editoras apostaram naquela semente plantada no começo com a popularização do luxo para dar passos ainda mais ousados com edições chamada de "Definitivas", Deluxe" e edições "Omnibus"- o passo final para as definitivas. Ou não! Afinal, as "Edições Absolutas" são um nível de luxo que se pode comparar ser maior em termos de última palavra para um gibi realmente de imponente independente do número de páginas.

Outra opção é a Comic Boom que fica em Tatuapé, São Paulo

Essa visão cada vez mais espalhafatosa, essa busca pelo "supra supremo"... me deu um estalo providencial para acordar desse mundo de fantasia onde achar que Omnibus, Absolutes e termos assim são realmente necessários. O intuito do quadrinho é uma diversão simples; vinte minutos de ação, aventura, amor, terror, ficção científica ou o que ele puder te dar em 22 páginas. É um formato que você pode levar num ônibus, colocar na mochila, ler numa fila, desfrutar em qualquer ambiente e até dobrar e colocar no bolso (não faça isso!) se quiser! Acompanho canais diversos e é incrível o número de "influenciadores" que exacerbam o formato e editoras sem realmente fazer o papel de apoiar o leitor de fato. E foi numa dessas que percebi o quanto o Sebo é importante. Há algum tempo tenho feito minhas maiores e melhores compras em sebos- a maioria online e o prazer de conseguir edições soltas, minisséries e até completar coleções é impressionante. Aliás, trocar minhas edições em capa dura por versões mais simples é praticamente uma lavagem de alma! O alfarrabista- que termo bonito- tem um papel de resgate e de te proporcionar algo que não se consegue ter nesse tapete vermelho artificial que foi colocado os gibis: o prazer de pegar a História! Cada compra nova me joga numa época onde o luxo era um formato americano, papel LWC e capa simples. Pronto! Era isso! E pra mim aquilo era um produto que eu só podia ver na banca e não ter em casa. 

Loja com material recente e um ótimo sebo é a Tutatis em Porto Alegre, RS.

O papel do Sebo dentro do mercado é importante por muitos fatores e não apenas o de achar um livro, revista ou gibi mais barato, mas o de movimentar a publicação impressa, ser a artéria de um tempo em que a publicação de redação física gerava um comercio sadio nas bancas com leitura pra todos os tipos e gostos. Só quem viveu aquele clima sabe do que falo: entrar numa banca e ter aquele cheiro de tinta boa nas narinas. Olhar pra prateleira e ver não apenas gibis, mas revistas de cinema, ciências, curiosidades, agropecuária, fofocas, entretenimentos cotidianos, politica, e uma gama enorme de variedades. Em minhas buscas pelos sebos virtuais, também me deparo com artigos ratos e com valores bem elevados. Normal para uma demanda tão específica, mas também me deparo com muitos especuladores. Infelizmente há uma parcela de vendedores que se aproveitam da raridade do produto pra explorar de forma vergonhosa! Ser uma artigo raro e valer mais acho normal. Mas há alguns que extrapolam com números muito fora da curva. 

Um sebo muito conhecido em Fortaleza é o sebo Albaniza

Hoje tenho conseguido em sua maioria com boa pesquisa pegar tudo que quero com valores bem módicos, mas já precisei pagar um pouco mais por um item pra fechar uma coleção. Mas pra mim o caminho da satisfação como leitor de quadrinhos foi recuperado aqui! Não sou totalmente contra versões de luxo em capa dura ou com mil páginas, mas o atalho me incomoda. De eu não poder escolher a versão que melhor se adeque ao meu gosto pessoal. Na maioria das vezes só há a opção luxo. Pode ser que no futuro me interesse por essas versões de envergar prateleiras, mas no momento, meu interesse é praticamente zero.

A Ravena é uma tradicional loja de quadrinhos de Fortaleza com um sebo de qualidade

quinta-feira, 24 de agosto de 2023

CINEMA- Besouro Azul (2023) .


Besouro Azul (Blue Beetle, EUA, 2023) ★★

O momento atual dos filmes baseados em quadrinhos de super-heróis não é dos mais simpáticos. Depois de uma "era de euforia" pelos filmes da Marvel Studios, o rescaldo é amargo. Quando Vingadores Ultimato (2019) subiu o letreiro no final da sua projeção encerrou-se ali o amor do público com as adaptações vinda da Nona Arte- só que ninguém sabia, ainda. O que veio depois foi uma sucessão de fracassos ou decepções amargas. A Marvel Studios foi duramente por sua "fórmula mágica" que estava engasgando no próprio cuspe e a DC/Warner estava tão perdida quanto, sem conseguir emplacar nada e sendo ainda mais alvo de críticas cítricas. No caso da DC, foi ainda mais preocupante, já que seu universo compartilhado estava em frangalhos e foi concebido de forma apressada, tentando alcançar os bilhões da Marvel Studios. O resultado são filmes sem sal, com pouca simpatia- salvo ou outro sucesso sofrido. Então onde se encontra Besouro Azul? Essa é uma pergunta interessante. A fita estava pronta para ser ou arquivada ou ir direto para o streaming, mas sua premissa era mesmo cinema. Com tantos desencontros e mudanças de chefia, Besouro Azul acabou no cronograma cinzento da DC/Warner e se manteve sua estreia nas telonas mesmo. Mesma sorte não teve o filme da Batgirl que iria pro HBO Max. Esse foi engavetado de vez. 

Ainda assim o Besouro Azul foi bem questionado! Qual o sentido de lançar um filme de um personagem que ninguém conhece? A sorte bateria nessa porta como aconteceu com os Guardiões da Galáxia? A Warner resolveu arriscar mesmo assim. E a aposta foi boa, mas não sei se foi certeira. O filme conta a estória de Jaime Reyes (Xolo Maridueña da série Karate Kid), o terceiro Besouro Azul dos quadrinhos depois do assassinato de Ted Kord durante o evento Crise Infinita em 2005. De origem latina, o herói dispõe de armamentos simbióticos alienígenas, coisa que nenhum dos outros dois Besouros tiveram. O que o torna um personagem bem poderoso. E é nessa linha que o filme segue, com uma origem bem catedrática. Uma espécie de "fórmula do Homem-Aranha", não tem como descrever melhor. A dúvida principal era exatamente onde o filme iria se encaixar na nova cronologia da DC nas telonas. A esta altura o filme que estava em outra gestão engravatada, adentrou no turbilhão que foi o anuncio de James Gunn como o cabeça dos projetos DC daqui pra frente e sendo assim, Besouro Azul ficou preso num limbo de dúvidas. Mas pra sorte do diretor Ángel Manuel Soto, como filme o longa não tem nenhum vínculo com as produções ligadas ao famigerado "Snyderverso" e sai pelo menos limpo desse ar poluído que o "visionário" deixou.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Sem Novos Deuses nos cinemas

A Warner tirou de seu calendário o filme Novos Deuses que seria dirigido por Ava DuVernay e com roteiro de Tom King. O filme trataria do Quarto Mundo, que é uma criação de Jack Kirby. Em suas redes sociais tanto Ava como King lamentaram o cancelamento do projeto e ambos se elogiaram pelo esforço. Pouco se sabia da trama que já vinha sendo trabalhada há um bom tempo, mas todo o Quarto Mundo estava programado para aparecer no filme- que não tinha data, nem cronograma. Outro também que foi engavetado pela Warner foi o derivado do filme Aquaman, The Trench (O Fosso em tradução livre) que seria produzido por James Wan. O estúdio ainda agradeceu aos envolvidos e deu a entender que no futuro quem sabe esses projetos possam retornar e se eles (Wan, DuVernay e King) quiserem, poderão retomá-los. 

terça-feira, 30 de março de 2021

Thundercats ganhará filme para cinema


Os Thundercats são de uma época daquelas que marcou toda uma geração. A sua série animada fez muito sucesso no Brasil e até hoje é lembrada com muito carinho. Criado em meados dos anos de 1980, os personagens sempre tiveram um apreço muito grande pela cultura nerd que há anos pede um filme em Live-Action para cinemas. Ainda não foi dessa vez, mas os Thundercats vão sim ganhar um filme animado pelo diretor de Godzilla vs Kong (2021), Adam Wingard. De acordo com informações preliminares, será uma mistura de animação com CGI. O diretor disse que ficou sabendo do desenvolvimento da produção na Warner e pediu pra trabalhar nela, inclusive reescrevendo o roteiro e assumindo a direção, claro. Não há datas, nem nada. Mas o primeiro e importante passo foi dado. Agora é esperar.

Thundercats foi criado por Ted Wolf para a TV, teve 130 episódios no total que foram de 1985 até 1990. Houve uma nova versão em 2011 uma nova série animada foi lançada, mas logo foi cancelada alegando baixa audiência. Uma terceira série com foco infantil chamada Thundecats Roar! estreou no Cartoon, mas sua pegada cômica não agradou aos fãs mais antigos. 

Liga da Justiça- Versão do Diretor (2021)- Resenha

           Liga da Justiça- Corte do Diretor (Zack Snyder's Justice League, EUA, 2021) ★★★(★)

Polemica segue Zack Snyder de perto desde o filme Homem de Aço (2013). Sua abordagem mais fria e de tons acinzentados dividiu os fãs. O "Superman da depressão" como muitos apelidaram, ainda rende bastante critica ao diretor. Em seguida veio o mais polêmico ainda, Batman vs Superman (2016) onde os fãs quebraram o pau entre defender e criticar. Com um tom burocrático, Snyder se apega ao belo trabalho de contextualização visual que ele sabe fazer muito bem- mesmo com todos os filtros escuros. Aqui Snyder começava a montar sua Liga da Justiça com as aparições da Mulher-Maravilha (Gal Godot) e rápidas passagens do Aquaman (Jason Mamoa), Flash (Ezra Miller) e Cyborg (Ray Fisher). Um filme longo preocupado em encaixar as deixas para o ato principal e deixar as pontas para o futuro filme dos heróis reunidos. Ao fechar com a Morte do Superman, o diretor traçava seu retorno e as consequências com foco Darkseid. Mas houve muitos problemas na confecção de seu plano entre estúdios e pessoais.