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Heroes!


Antes de começar a ler esse texto, se você é uma das duas ou três pessoas que visitam essa bodega, e não assistiu Heroes ainda... pare agora! O que vou contar sobre o que assisti para muitos será spoiler. Muito bem... continuando. É inevitável de cara, duas comparações: X-Men e Lost. Senão vejamos... Heroes, criado por Tim Kring, conta a história de pessoas comuns que descobrem ter super poderes de uma hora pra outra (ou não). Alguns usam pro bem-pessoal e outros descobrem fazer parte de um plano maior. O que interessa, é que Heroes é em seu alicerce não tão original, no entanto ele funciona muito bem. Mas as comparações são mesmo inevitáveis. Primeiro por causa de X-Men. Praticamente todos os personagens têm poderes semelhantes com algum mutante Marvel e também porque de certa forma, eles são párias da sociedade. Um cara que absorve poderes, uma líder de torcida que pode se regenerar de qualquer ferimento, uma vilã que pode mudar de forma, um com o dom de ler a mente, outro que pode voar... tudo muito comum aos fã dos Universo dos X-Men. O diferencial aqui talvez seja a abordagem realista com que tudo é tratado. Seria o mundo real como ele vivenciando essas pessoas tomando parte da forma que ele é.

Por detrás da trama, há um vilão sanguinário e várias pessoas que têm interesses escusos. O pai da Clair (a líder de torcida) trabalha pra uma organização que quer descobrir todos os "especiais" e "protegê-los". Há o empresário Liderman que também tem interesse na morte de muitas pessoas causada por um desses especiais e fará de tudo para que isso aconteça. E há o Syler, vilão que matar outros iguais para que possa sugar os poderes das pessoas e acrescentar aos dele. No meio de tudo isso, um pintor que pinta o futuro, um enfermeiro que sabe que Nova Iorque explodirá e está fazendo de tudo para impedir isso e um teleportador temporal que quer ser um herói e salvar o mundo. Todos os personagens estão ligados de alguma forma ou hão de estar mais pra frente. E é essa parte que faz lembrar Lost, em que praticamente todos os personagens estão interligados de alguma forma. Aliás, Heroes chegou a bater o terceiro ano de Lost na audiência.

O plot de Heroes é uma linha emaranhada que se estende por todos os personagens. Pessoas começam a descobrir poderes e um deles, Peter Petrelli tem visões de Nova Iorque explodindo. Enquanto isso, no Japão, Hiro, um japonês que trabalha num cubículo, descobre que pode parar o tempo. Com isso ele acaba se teleportando para Nova Iorque no futuro. E também presencia a mesma explosão de Peter. Hiro volta no tempo e chama a si mesmo de “o herói que tem de salva o mundo”. Assim começa sua aventura. Ele vai para Nova Iorque com seu amigo Ando para tentar impedir o que viu. Claro que outros personagens tomam parte da trama como o policial Parkman que ouvir pensamentos, Nikki, a mãe de um guri que vende o corpo pela internet e tem dupla personalidade e super força. Nathan Petrelli, irmão de Peter que pretende se eleger senador pelo estado de Nova Iorque e pode voar e personagens como Suresh, filho de um brilhante cientista que estava estudando e foi morto por Sylar. O verdadeiro vilão da série. Ou pelo menos que ataque de frente.

Sylar é de longe o personagem mais legal (pelo menos pra mim) depois de Hiro, que é o mais carismático. Mas nem tudo são flores em Heroes. O começo é bem mais pesado, underground até. Com cenas pesadas mesmo. Personagens como o pintor Isaac Mendes, que também previu a destruição de Nova Iorque como um desenho, era dependente químico, e só podia pintar o futuro quando estava drogado. Coisa que depois mudou. E outras coisinhas com um símbolo misterioso que foi aparecendo durante o princípio da série, mas depois foi meio que abandonado e usado apenas na espada de Hiro (no cabo incrustado) e numa cena no episódio final da primeira temporada. E falando em episódio final, que eu esperava um quebra pau federa entre Peter Petrelli e Sylar, a coisa correu muito rápido sem grande ação. Dois sopapos e Hiro se aproveitando do momento pra enfiar a espada no peito de Sylar. Quanto à bomba? Era o próprio Peter que tinha absorvido os poderes de uma cara nuclear e num momento de “nervoso” depois da luta com Sylar não conseguiu se conter e se autodestruiria. Seu irmão, Nathan, que tanto queria que Peter explodisse pra poder subir ao governo como o homem que ajudou Nova Iorque a se reconstruir, acaba por carregá-lo para os céus e o deixando explodir com ele... por lá! No fim, Heroes é uma boa série. Uma que vale ser acompanhada de perto. O segundo ano vem aí com Heroes- Generations. Vamos ver como os roteiristas vão amarrar as pontas soltas.

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