
A banda finlandesa que surgiu em 1996 estava meio sumida de um tempo para cá quando Tarja Turunen foi demitida em 2005. Tarja estava envolvida com a banda desde sua formação e por motivos de “incompatibilidade” foi posta pra fora numa carta aberta a imprensa. Os fãs ficaram insatisfeitos com a saída da vocalista que emprestava sua voz lírica às letras de Toumas Holopainein (tecladista), que compõe boa parte do repertório da banda. Houve um hiato meio longo entre o último álbum e
Once (2004) e o novo
Dark Passion Play, com a nova vocalista, a sueca Anette Olzon no lugar de Tarja. Logo você percebe que a vertente lírica de Tarja não faz tanta falta assim, até porque no
hype de Evanescence, o Nigthwish passou a ser mais conhecido no mundo pop, já que era mais fincado no mundo metal. Tanto que o que eu mais via era aquelas gurias se sentindo as
headbangers só porque estavam vestidas com a camiseta da banda. Bah! Que idiotas.

Anette tem o tom de voz mais “pop”, e deixa pra trás todo o lance de agudos. No entanto, a produção do álbum é impecável. Deve ter sido o mais caro para a banda que conta com diversos músicos irlandeses e finlandeses nos instrumentos típicos. O que mais gostei foi que apesar do claro seguimento mais próximo de algo que o “povão” gosta, o Nightwish não caiu na mesmice, e nem se perdeu com a saída da figura que era a outra vocalista. Eu ficava imaginando como que seria o próximo álbum sem a Tarja, e ficava me imaginando dizendo: “Isso tá uma merda”! Até porque deixei de curtir Nigthwish a um bom tempo. Não que eu tenha ficado todo besta por descobrir bandas melhores, mas simplesmente porque o som que eles conduziam já não tinha tanta sintonia com o meu gosto, que estava (está) mais voltado para bandas irlandesas de metal e aquelas que seguem um ritmo mais folk.

No entanto esse novo álbum é uma grata surpresa que me fez ter vontade de escutar Nigthwish com mais gosto. A sonoridade está mais afiada e tem até uma canção, “
The Islander” que leva todo aquele tom irlandês, com ritmos característicos e uma outra, “
Last of the Wilds” que já tem mais um clima escocês com direito a gaita de fole e tudo. Muito boa mesmo. A guitarra vem pesando em boa sintonia (sempre achei o guitarrista Emo Vuorinen fraco) com a batera de Jukka Nevalainen e os teclados nervosos de Tuomas Holopainen. Mas nunca gostei muito do vocal de Marco Hietela, mas o cara toca um baixo que é uma belezura. No mais, o novo álbum vem com boa sonoridade. É uma boa pedida pra quem curte e banda e tinha perdido a fé nela. Tá valendo sua graninha boa.

Discografia:
Angels Fall First (1997)
Oceanborn (1998)
Wishmaster (2000)
Over The Hills and Far Away (EP)
Century Child (2002)
Once (2004)
Dark Passion Play (2007)
Comentários