Pular para o conteúdo principal

True Blood- 1º Temporada

Já tá com um tempo que terminei de assistir True Blood, mas só agora estou sentando meu rabo magro na cadeira para falar acerca do seriado de vampiros lascivos da HBO. De cara é incrível como seriados sobre vampiros atraem o público. Basta dizer que tem dentes e chupa sangue, que rapidamente vira febre. E isso vale pra filmes também. Até os piores (e são muitos) ganham lá seus fãs. Tem gente que gosta de Rainha dos Condenados (e um filme muito ruim mesmo). Mas True Blood tem seu charme. Não é como os seriados tipo Buffy, Moonligth ou Blood Ties. Ou até o melhorzinho Angel. Ele é mais dramático, com um timing onde as coisas acontecem na hora certa. Nada de super-lutas tipo Power Rangers de Blade- O Caçador de Vampiros (poser). Aliás, se você for assistir True Blood esperando lutas de kung fu e super-gostosas com cara de modelos com anorexia fazendo pose, esqueça. Esse seriado tem uma premissa bem interessante. E se de repente os vampiros resolvem interagir com a sociedade? Isso mesmo, se mostrando e atrás de direitos civis? Quando os japoneses conseguem desenvolver sangue sintético, os vampiros resolveram então se mostrar ao mundo, já que poderiam viver desse tipo de sangue, que pode ser vendido em qualquer bar com o nome de Tru Blood.
Agora as pessoas convivem, andam e dividem o mundo aberto com os vampiros, seres soturnos, que até então preenchiam o imaginário popular e agora caminham entre os vivos. Isso implica em um monte de situações adversas, como o medo e desconfiança, a curiosidade por parte de uns, a aceitação por parte de outros e claro, a raiva por uma maioria ainda temerosa quanto às suas jugulares. Os vampiros de True Blood não são aqueles todos cheios da pose vitoriana como o Drácula de Bram Stoker (que eu também gosto) e sim charmosos, mas com ares perigosos. Do tipo que você não sabe o que lhe passa pela cabeça. O universo criador por Sookie Stackhouse é repleto de detalhes e regras de convivência entre as pessoas, os vampiros e outros seres que permeiam esse mundão bizarro. Os vampiros com seus clãs e leis se mostram mais interessantes a cada episódio, onde você vai descobrindo como toda essa engenharia tem funcionalidade. Os personagens são soturnos, com uma ambientação no mínimo sinistra, filmado no estado Louisiana com seus pântanos, rios lamacentos e casas de madeiras espalhadas.
A história começa quando na pequena e pacata cidade de Bon Temps recebe seu primeiro vampiro, na verdade, um morador antigo da região de 200 anos atrás chamado apenas de Bill Compton (Stephen Moyer). Ele acaba se envolvendo com a garçonete telepata Sookie Stackhouse (sim, o nome da personagem principal é o mesmo nome da criadora- meio egocêntrico, masss...) o que causa certo furor na população interiorana de cidade pequena. Paralelo a isso, assassinatos de mulheres começa a rondar toda a região, o que atiça as pessoas contra o vampiro na cidade. Outras peculariedades da série começam a tomar forma como bruxaria, seres que vão além dos vampiros, violência, sexo (aliás, sexo aqui é quase um filme pornô) e até drogas, mas de uma forma diferente. Nesse “mundo”, o sangue de vampiro por ser comercializado como uma droga ilícita e é proibido. O sangue tem propriedades únicas e apenas uma gota dele ingerida pro um ser humano pode ter todo tipo de reação. Eu definiria True Blood como algo diferente, ousado até. A primeira temporada tem 12 episódios e a HBO já liberou a segunda temporada para produção. Um ótimo seriado até aqui. Vale a conferida. Em tempo, a protagonista é vivida por Anna Pequin, a Vampira de X-Men. Que providencial.

Comentários