Hoje para um filme ser “sucesso” ele tem que sair quebrando recordes de bilheteria em determinados tempos, como “recorde para um final de semana”, “recorde de melhor abertura durante dia tal a tal comparando o mesmo período do ano anterior”, “recorde de melhor bilheteria de todos os tempos”, recorde, recorde, recorde... e por aí vai. No filme O Amor Não Tira Férias (2006), um personagem que já havia sido um grande roteirista de Hollywood dá uma alfinetada nessa crescente vertente hipócrita quando diz que para um filme ser “bom”, ele tem que ser um blockbuster de fim de semana que fique em primeiro lugar no “Top 10” de uma lista de filmes que estão em exibição ou estreando. Ele questiona essa maneira de classificar filmes como bons ou ruins se baseando apenas em números e cifras. E eu concordo com esse personagem. A industria de cinema deixou de ser a “Indústria de Magia” para se tornar a “Indústria dos Dividendos”. Claro que um filme tem que fazer dinheiro para bancar seu alto custo...