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Ícones do Cinema: Sally

Pra mim uma das personagens mais marcantes em meados de 1980 foi Sally, vivida por uma Meg Ryan inspirada. A comédia romântica Harry & Sally- Feitos um Para o Outro (When Harry Met Sally... 1989) fugia do padrão comum da década de 80 com jovens bêbados, amores colegiais impossíveis e superação padrão no final. O longa de Rob Reiner era mais adulto e amadurecido, sem ser chato ou arrastado. Muito pelo contrário, é um filme que mantém a linha de crescimento desde o primeiro frame até o último. Sally é uma garota que resolve trabalhar em Nova Iorque e leva Harry (Billy Crystal) de carona a pedido da amiga que é namorada do mesmo.

No meio do caminho Sally é surpreendida por um Harry cheio de si que acha que pode trair a namorada com a melhor amiga. O legal da relação dos dois são as idas e vindas que ocorrem durante o longa metragem e tendo Sally como ponto fixo da película, sempre se renovando a cada novo encontro, sendo uma incógnita para Harry e suas pretensões sexuais. O filme deixava a menina líder de torcida de lado, para se concentrar numa mulher determinada e com planos sólidos, que vê no romance e amor um braço de sua extensão como pessoa e profissional, e não uma sonhadora boba que fica ao lado do telefone na cama esperando o garanhão da faculdade. Pra mim Sally traçou a forma de ver as próximas protagonistas de romance dos filmes das duas décadas seguintes.

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