
O que mudou da primeira para a segunda? A boa noticia é que a série continua com o bom ritmo da primeira temporada. Lembro que ao final da temporada passada ficou aquele gosto de “porra, quero mais”. Isso porque RJ Berger é uma série simpática, que consegue uma sintonia muito boa entre atores, roteiro e manejo de direção. Tudo isso corrobora para que o seriado seja divertido, emocionante em alguns momentos e aloprado em outros. É como se estivéssemos assistindo um seriado baseado em Nerds, Porks e American Pie misturado com Anos Incríveis. Acho que essa miscigenação de estilos faz de The Hard Time of RJ Berger uma das coisas mais bacanas desse monte de material lixo que tem na TV estadunidense. Não é fantástico, não muda a vida de ninguém, mas com certeza durante seus 20 minutos de exibição a diversão estará garantida. A segunda temporada claro, começa do ponto de onde a primeira parou com os protagonistas assumindo uma segunda etapa em suas vidas...

RJ Berger agora está namorando seu sonho de criança, a líder de torcida bonitona Jenny Swanson, e dando uns pega nela de tudo que é jeito. Só não come ela. Já a sempre desbocada Lily Mirian que fora atropelada desgraçadamente no final da temporada passada volta por cima, com uma gorda indenização por conta do acidente envolvendo o ônibus escolar e claro, doida pra melar a vida amorosa de seu amado RJ Berger com a loira belzebu. Já o grande amigo de Berger, Miles Jenner continua um abestado, tentando comer tudo e todos, e ficando apenas na mão. Mas a vida do protagonista agora não está reservada apenas a tentar levar o namoro de seus sonhos um passo adiante, pois seus pais começam separados e isso provoca em RJ um caos pessoal que o leva inclusive a perda de rendimento escolar, sendo assim, preciso de ajuda de uma aluna mais velha para retomar seus estudos, Amy, que acaba se tornando seu novo interesse amoroso eventualmente.

Ao longo de seus 12 episódios RJ tem que conciliar estudos, com amizade e até um novo (e já citado) romance. Toda vez que parece que ele vai se dar bem... ele quase consegue, mas acaba nas fezes novamente. Como se não bastasse, seu técnico, Jeriba Sinclair começa a sair com a sua mãe (e claro, a trepar com ela), seu pai que estava morando num motel vira seu professor de Inglês e Max Owens continua pentelhando o pobre nerd. A segunda temporada consegue sim seguir de perto o mesmo trajeto de sucesso recorrente da primeira temporada, ao contrário, por exemplo, de Blue Montain State que veio com uma temporada seguinte água com açúcar depois de uma primeira temporada muito boa. Obviamente nem tudo são flores em RJ Berger, pois algumas situações chegaram a ficar previsíveis, e em determinado momento o ritmo cai um pouco, quase para na verdade, mas perto do final duas revelações estremecem a vida de RJ Berger de forma explosiva deixando o expectador de olho arregalado. Um final digno de “porra... quero mais”. A MTV até onde sei não falou nada de uma terceira temporada (se alguém souber, avise-me), mas com certeza haverá sim uma continuação, até por conta desse final fuderoso.
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