Muitas polemicas em volta desse retorno de Watchmen ao mundo dos vivos. Para muitos completamente desnecessário, a série Antes de Watchmen é acima de tudo uma forma de DC Comics continuar com os direitos sobre a série para toooodo o sempre, pois em contrato, sabe-se que se a DC não editar nada de Watchmen os direitos retornam aos seus criadores originais Alan Moore e Dave Gibbons. Então vamos ao volume 1 da edição brasileira com o Coruja por J.M. Straczynski (roteiro), Andy Kubert (desenhos), Joe Kubert e Bill Sienkiewicz (arte-final). Ainda que esforçada, Straczynski nos apresenta uma HQ burocrática, preocupada em atingir níveis semelhantes ao original, mas fica apenas na tentativa. Com a presença de Rorschach, a trama acaba por deixar o Coruja desinteressante, apesar de manter o foco no personagem, seu passado e suas motivações. Não é uma HQ ruim, se por acaso fosse de outro personagem. A arte de Andy Kubert com a finalização do seu pai Joe Kubert se sobressaem e salva boa parte do encadernado. Pena que o veterano Joe Kubert não chegou a finalizar tudo, pois faleceu antes e Bill Sienkiewicz termina o trabalho, ainda que a Panini não o tenha creditado. Bola fora.
Antes de Watchmen – Volume 2- Espectral
Já Espectral por Darwyn Cooke (roteiro) e Amanda Conner (roteiro e desenhos) me deu sono. Gosto muito dos trabalhos de Cooke, mas admito que a HQ é chata e arrastada. Sem peso nenhum com o Universo criado por Moore, a HQ da Espectral é uma espécie de esforço sem gás para dar aos leitores as origens da segunda Espectral. Entre drogas, sexo e rebeldia, temos aqui mais um capítulo de Malhação numa história que só salva o belo e homogêneo traço de Amanda Conner. O roteirista até que se esforça, trás uma pancada de referência a obra original, dá rumo para algumas questões e solidifica a personagem, fazendo a ligação amarradinha com sua entrada no Watchmen de Alan Moore, mas entre o ponto de partida e a linha de chagada, a HQ é um purgante. Uma novela infanto juvenil. Sim, Cooke faz uma panca de referências ao universo de Watchmen, a diagramação também acompanha isso, mas os diálogos "mimimi" demais. Fraca! Quase num termino de ler de tão chata que achei.
NOTA: 5,0 (pelo belo trabalho de Conner)
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