Lembrei de um fato interessante na vida de colecionador de quadrinhos. Lembro que só comecei a colecionar e me interessar de fato por quadrinhos em 1994 e anteriormente, apesar de gostar, não era um apaixonado por isso, até porque a grana era bem mais curta do que é hoje. Mas lembro de uma época que "herdei" dos meus primos uma pequena pilha de edições de A Espada Selvagem de Conan. Eu admito que Conan pra mim era aquele vivido por Arnold Schwarzenegger em dois filmes, ainda que eu soubesse que ele vinha dos quadrinhos, nunca tinha lido uma HQ dele. Até que em 1992 eu ganhei essa pilha de revistas que prontamente comecei a devorar como um esfomeado. As HQs escritas por Roy Thomas e com arte de John Bucema me fascinavam pela fantasiosa e crua realidade em que o personagem era apresentado. Não era um herói, mas também não era um vilão. Foram edições salteadas que iam da edição #05 até #100.
Ainda que com capas caindo aos pedaços e algumas "rasgaduras", aquelas revistas me levantavam para uma Era de magia, guerreiros, piratas, feiticeiras ardilosas, aventuras fantásticas e guerras sangrentas. Infelizmente eu não tinha grana para comprar edições novas e recentes (da época), mas ainda assim surgiu ali um xodó fiel com este personagem. De 1984 até 2001, a Editora Abril lançou em bancas uma das revistas adultas mais aclamadas do mercado e dos fãs, com seu formato magazine e em preto e branco, e suas capas pintadas por grandes nomes do mercado. A editora Mythos passou a editar Conan em 2002 com o subtítulo de O Bárbaro e foi assim por #76 edições com a reedição vários clássicos. Hoje torço para que uma editora pegue novamente Conan para reeditar todo aquele material fantástico no mesmo formato e da mesma forma que as editoras anteriores. Acho que Conan merece ter sua própria revista em bancas. Ah, e eu ainda tenho as minhas edições dadas por meus primos, mesmo que estejam meio surradas.
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