Na vibe do mangá, assisti aos dois filmes pra ver as
adaptações, relembrar o clássico e ter minhas impressões finais. Sinceramente?
Fiquei surpreso com a adaptação gringa de 2013! O mangá é muito bom (só não
gostei do final), o filme de 2003 é 10, e a nova versão com o ator Josh Brolin (o Thanos de Guardiões da Galáxia) dirigida por Spike Lee é sim uma boa versão da história.
Pesquisando, descobri até que existe uma versão "não oficial" (já que
não há contratos) indiana, chamada "Zinda", somando então três
versões cinematográficas ao mangá, que saiu de 1996 a 1998 no Japão. Só pode é
ser uma história muito foda mesmo, pra ter quatro versões em menos de 20 anos!O filme original muda alguns elementos do mangá e acrescenta
outros que dão profundidade a história de Garon Tsuchiya, tornando-a melhor. Há
elementos dramáticos e cenas bonitas em ambientes frios, o heroi causa
identificação, e até o vilão é altamente carismático. Conhecemos cada personagem
e suas vidas e nos interessamos por eles. Há certo exagero em alguns detalhes,
mas isto é cinema, não é pra ser real. Tudo se encaixa, por louco que pareça, na
versão do diretor Park Chan-Wook.
A versão de Spike Lee me surpreendeu pela sua fidelidade às
ideias do coreano. Eu achei que o americano não teria coragem de abordar os
temas tabu do Oldboy asiático, e que
talvez suas cenas de violência se tornassem sem graça frente a seu irmão mais
velho. Felizmente, Lee se saiu bem na maior parte da produção! Está bastante
fiel, com adaptações, claro, visando chamar o público americano. Lee foi
criticado inclusive pelo nível de fidelidade, pois acharam que não acrescentou
nenhum elemento à trama. Mas eu gostei por isso mesmo. Oldboy é um filme forte,
se fosse muito mexido, estragaria, e isso não é o que acontece. Se o filme
peca, pra mim é na falta do elemento dramático. A história americana ficou toda
mais direta, menos misteriosa, e a tortura emocional não é tão presente. O
vilão então, é o ponto mais fraco do filme. Ao contrário do cruel e até divertido
coreano Woo-Jin, o americano Adrian Pryce é completamente sem graça. Não causa
nenhum interesse e eu me senti ansioso pra ver ele fora do filme, diferente do
personagem asiático, com seu jeito interessante e misterioso, que te faz querer
saber mais dele.
Enfim, o filme é bem melhor do que eu esperava, ainda bem! Detesto
perder tempo vendo um filme que me desagrade. Brolin ficou legal no papel de
Joe Doucett, o homem que passa vinte anos preso sem saber porque (contra 15 da película de 2003 e os
10 do mangá). A violência não perdeu, os elementos importantes da trama estão
todos lá, e mesmo que você prefira o original, como é o meu caso, creio que não
será perda de tempo. Vale a pena!
NOTA COREANO: 10.00
NOTA AMERICANO: 8.0
Comentários
Do filme coreano, só vi anúncios e a famosa parte do martelo.
Vi o americano e... achei interessante.