Não tenho certeza, mas acho que em todos as resenhas que fiz sobre James Bond eu devo ter dito que nunca fui muito fã de 007 nos cinemas. Sempre achei meio parado, sem graça mesmo. Preciso até revisitar os filmes clássicos anteriores a essa nova fase com Daniel Craig, afinal, quando assistia aos filmes mais antigos eu gostava de filmes brucutus. Mas desde 2006 venho acompanhando essa nova roupagem com apreço- ainda que a franquia tenha altos e baixos, me agradou muito um Bond mais "mano-a-mano", que encara a porrada de frente e reage a altura dos perigos impostos. Dessa nova safra, Cassino Royale (de Martin Campbell) de 2006 é o melhor disparado. Mas os seguintes me agradaram também, como Quantum of Solace (2008 de Marc Forster) e Skyfall (2012 de Sam Mendes). O mesmo diretor do último retorna para fechar um ciclo dentro da franquia, agora com Spectre. O que funciona aqui? As cenas de ação estão tão boas quanto os anteriores e agora com o tema do espião mais em foco, dando mais ar aos clássicos da longeva cinessérie. E é por aqui que o roteiro de John Logan tenta se guiar, amarrando os filmes anteriores com o novo, mostrando Spectre como o vilão por trás de todas as mazelas de Bond dos últimos longas. Aos fãs mais antigos, é a injeção da organização criminosa dentro desse novo universo para fechar com pompa. Apesar de tudo isso, Mendes entrega um bom filme, mas visivelmente cansado, reciclando algumas ações, dando a Bond uma pose cinza que não parece colar muito com o enredo, que visa dramaticidade e isso até é emulado, mas não convence muito. Daniel Craig parece cansado durante quase toda projeção- mas nem por isso deixa de entregar bons momentos. Craig ainda tem contrato para mais um filme, mas tudo indica que no próximo teremos um novo ator. Quanto a Specter... vale pela boas ações e pela sensação de nostalgia. É o filme que mais tenta se colocar nesse patamar ainda assim...
NOTA: 7,0
Comentários
O filme distrai, mas não empolga.
Abraço!