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Yu Yu Hakusho #01 ao #06 (Resenha Quadrinhos)

O mangá de Yu Yu Hakusho foi editado pela JBC num formato pequeno e recentemente num formato mais "luxuoso" e foi esse segundo que colecionei e só agora estou lendo. Sou fã da série animada que foi exibida na extinta Rede Manchete que, além de ser realmente uma bom anime, também teve uma dublagem nacional arrebatadora, uma das melhores já feitas para a TV sendo lembrada até nos dias de hoje. Seja como for, o mangá de Yoshihiro Togashi tem diferenças entre a versão animada e o em papel. O anime é mais ágil e logo nos primeiros episódios já está formado a equipe de Yusuke Urameshi para competir no Torneio das Trevas, já no mangá as coisas são um pouco mais lentas, mas não monótonas. Urameshi é um jovem delinquente de uma escola em que todos têm medo dele, até mesmo os professores, e o cara tem uma fama de valentão. A única pessoa que não te medo dele é sua amiga de infância Keiko. Um "belo dia" ao salvar um garoto de ser atropelado ele morre e acaba encontrando Botan (guia espiritual) que deixa claro que ele não estava dentro do "script" para ser morto naquele momento e pelo seu histórico de garoto encrenqueiro, nem o "céu" e nem o "inferno" o querem e resta uma alternativa: voltar ao mundo dos vivos se ele for merecedor.
Começa a saga de Urameshi para voltar à vida e provar que merece tal dádiva. Botan o segue (e o guia) em suas tarefas e o protagonista começa a interagir com outros fantasmas que estão bolando por aí (ou pessoas que precisam de ajuda do além assim mesmo) até que por fim volta à vida. Esse é um resumo muito superficial do que acontece nos dois primeiros volumes. Aqui Togashi é bem econômico no traço que parece um mangá Shojo (feito para o publico feminino) do que um Shonen (feito para o público jovem masculino). Com mais sensibilidade (e algumas palhaçadas), a trama é lenta e a arte bastante irregular. Mas rende alguns bons momentos de humor. Nas edições seguintes Urameshi une-se a seu rival Kazuma Kuwabara e começam a agir juntos como agentes do Mundo Espiritual. Em seguida, depois de enfrentar alguns "ladrões-demônios", Yusuke conhece Kurama e Hiei, dois mestiços de humanos e demônios e assim forma o quarteto que fez fama no anime aqui no Brasil.
A trama segue para o treinamento de Yusuke com a Mestre Genkai e logo em seguida uma missão mais arriscada ao enfrentar um vilão no Mundo Espiritual com a ajuda de Hiei (que já havia lutado contra Urameshi e perdido) e Kurama para depois vir a encrencar maior: Irmãos Toguro e o começo do Tornei das Trevas. Os volumes são regulares com textos divertidos (graças a uma boa adaptação da JBC) e a bons momentos de humor gráfico de Togashi- que mantém um arte ora legal, ora preguiçosa. Mas ainda assim, pro tipo de quadrinhos que ele quer contar, funciona muito bem. Não é um total desastre, só não é espetacular. Tá tudo dentro do escopo do roteiro apresentado, então, faz bem seu papel. Mas com certeza o ponto forte até aqui é que os personagens foram bem criados e há uma empatia muito forte com o leitor. Há falhas, há acertos e erros. E claro, há perseverança! Um bom começo e que melhora a cada volume.

VOLUMES #01 e #02-- NOTA: 6,0
VOLUMES #03 e #04-- NOTA: 7,0
VOLUMES #05 e #06-- NOTA: 7,5

Comentários

Little Ton disse…
Tenho é medo desse mangá. Tentei colecionar na primeira vez que saiu, mas a grana não deixou, além de eu ficar decepcionado com a arte. Não sou nenhum grande desenhista, mas a preguiça dos desenhos de Togashi é visível. Pessoalmente acho que ele queria parar com o mangá logo no início. Mas, como a política da Shonen Jump (hoje sabemos e o mais importante, o percebemos, graças ao mangá Bakuman!) é transformar em luta um mangá que está fadado ao cancelamento para ver se vende, ela fez isso, o mangá fez sucesso, e o autor foi obrigado a continuar. Mas nem tudo é ruim, realmente. os personagens são muito bons, e se vc ficar fã deles, é capaz de ir e frente. Eu fiz isso com o anime (que, por mais que eu goste, acho superestimado). Mas, desejo boa diversão a quem ler!
Anônimo disse…
Não li o mangá, mas o anime é bacana demais!
O conceito de mundo espiritual, inferno foi original... Koenma, simplesmente impagável kkkk

Ótima resenha Ed, parabéns
EdPontes disse…
Valeu Blog Cah Universo. Também curto bastante e sempre tive curiosidade pelo mangá. Tá divertido. Nada genial, mas pra ler dentro do busão tá massa. Everton... o traço do Togashi oscila bastante. Há momentos que está muito bom, mas outros bem ruins, no entanto, não compromete em (quase) nada o andar do mangá. Existem artistas piores (na minha concepção) como Masami Kurumada de Cavaleiro dos Zodíacos e Hajime Isayama de Ataque dos Titãs. São terríveis! Acho até piores que o Togashi. Kurumada só tem um ângulo e todo mundo é igual e Isayama simplesmente não sabe desenhar. Erra em proporção, perspectiva e quase todo o resto.
Little Ton disse…
Sim, Kurumada e Isayama são bem ruinzinhos! O Kurumada acho que perdoo um pouquinho pq as armaduras são excelentes e o traço, embora ruim, não oscila: ele nunca vai te enganar que o desenho é não é ruim. O Togashi me enganou no início. Melhor que ninguém eu sei que dá p vc fazer uma coisa foda se vc estiver inspirado e com tempo pra desenhar, mas eu acho que o nível dele cai muito msm. eu acho que o caso dele foi a obrigação contratual, mas o prazos loucos dos mangakás tbm devem ter influenciado na "qualidade" de seu traço. Agora o cara dos Titãs, puta que pariu, aquele é ruim msm! Parece Vertigo, com história foda e desenhos horríveis (em alguns casos).