Oi galera! Quanto tempo!!
Ano passado saiu o game
Saint
Seiya – Soldiers’ Soul para Playstation
e eu curti muito! Gostei tanto, que quis entender o que era aquela novidade
toda de Cavaleiros de Ouro vivos e
usando espalhafatosas armaduras divinas. A princípio eu não gostei, por
acha-las carnavalescas e exageradas demais. Só que eu queria conhecer o contexto em que aquilo era possível,
então fui me atualizar no assunto. Durante alguns meses, revi ou tive contato
pela primeira vez com quatro versões em anime de Cavaleiros do Zodíaco: primeiro,
a Saga de Hades (que já tinha
visto), depois Lost Canvas, daí Omega e, por fim o mais
recente, Soul of Gold. E agora que terminei este último, gostaria de
opinar sobre todas essas obras, incluindo o game.
Simbora!
LOST CANVAS:
Muito bonito, com animação muito boa, música legal. Isso foi o que vi de
positivo no anime, além de trazer a Guerra
Santa anterior à saga de Seiya. Mas a maioria das coisas que vi não
considero dignas de comemorar. Talvez isso se dê por eu ser fã do anime
original (apesar de seus inúmeros problemas), mas “Lost C.” não me empolga. Não
vejo graça naquelas lutas. E apesar de achar o traço de Shiori Teshirogi muito bom, não gostei de ela dar aos cavaleiros de
mais de 200 anos atrás as mesmíssimas características dos cavaleiros dos anos
80. Como se eles fossem clones, ou encarnações anteriores. Acho que seria mais
interessante se eles tivessem visuais diversos dos originais criados por Masami Kurumada. Mas isso é só minha
opinião. Há uma ou outra diferença entre eles, e também não é só mazela. A “dupla”
de Mestres do Santuário é bem legal e ativa na guerra. Fora que a Atena da
época da juventude deles parece muito mais interessante que a Sasha – que faz
menos do que a Xuxa, digo, Saori (tá, essa foi podre, mas eu precisava fazer, rs!). Uma coisa que achei mais esquisita que tudo,
porém, é a morte de Dohko de Libra,
o futuro Mestre Ancião. Pô, se o
cara morre, como está no original de Kurumada? O anime te deixa na mão nesse
caso, pois só adapta a metade do mangá. Tô conferindo ele também, mas ainda não
achei essa resposta. E ao que parece, a segunda metade do quadrinho é mais
interessante que a primeira. Uma pena o anime não ter continuado. Quem sabe
então, eu tivesse uma melhor opinião sobre ele.
NOTA: 6,0
OMEGA: Depois de
pacientemente assistir aos 97 (!!) episódios deste polêmico spin-off, eu concluo que ele não é tão
ruim quanto parece. Na verdade, gostei mais dele do que de Lost Canvas! O motivo principal é que, pra mim, o anime apresenta
um pouquinho (bem pouquinho!) do que seria lógico acontecer em Cavaleiros do
Zodíaco, ao menos na minha cabeça. Vejam se concordam comigo. Obras shonen (para meninos) sempre exaltam
coisas como amizade e superação. Ótimo. Mas e quanto ao trabalho em equipe? Em
vez de um só herói ficar para trás e se sacrificar em batalha, para que os outros
sigam em frente, em geral os Cavaleiros de Omega
são um pouco mais inteligentes que isso, e lutam muitas vezes em grupo! Pra mim,
faz todo sentido do mundo. Outra coisa que achei legal foi que há evolução de
hierarquia. Em qualquer outra obra de Cavaleiros, não importa a sua força, não
importa o poder de seu cosmo, você está preso eternamente ao seu cargo
original. Isso é diferente em Omega, a começar por Seiya, que deixa de ser o
cavaleiro de bronze de Pégaso, para
se tornar o Cavaleiro de Ouro de
Sagitário. Ele tá cansado de provar que merece a promoção. E eu sempre quis
ver isso, os caras ganharem status e
respeito merecidos (tudo bem que o Seiya quase sempre conta com uma ajudinha
externa, mas vocês entenderam). Ele não é o único que evolui na série, e nem o
único a mudar de cargo. Achei isso bastante válido. Já sobre pontos negativos,
o anime é longo demais! As armaduras também, a princípio, em nada lembram o
estilo clássico, e parecem mais roupinhas de super-heroi japonês. Isso até mesmo na
temporada final. As armaduras que eles ganham, embora lembrem muito mais algo
que protege seus corpos do que um colante, são bem esquisitas; grandalhonas e desajeitadas,
com coisas que mais parecem grandes “pedras preciosas” (WTF) em lugares nada a ver. Faltou um Shingo
Araki no design das
bichinhas. O lance deles terem escolinha
de cavaleiros é fraco demais (cacilda, cadê aquele treinamento brutal dos
80?! Aqui, eles estudam em sala de aula!) e eu não consigo entender porque há novos
cavaleiros de bronze, com suas próprias armaduras novas, se os antigos AINDA
estão vivos e atuantes com suas armaduras velhas. Temos por exemplo, dois leões
menores e dois lobos. Pra que isso? Como ponto positivo final, podemos ver os
heróis antigos sendo exaltados como Cavaleiros lendários. Isso é legal.
NOTA: 7,00
SOUL OF GOLD: Dos
três animes, pra mim sem dúvida o melhor. Primeiro, obviamente, por que estes
não são cavaleiros do passado ou do futuro, são os cavaleiros originais. Os 12 de ouro, no que pra
mim é o único anime de todos a REALMENTE merecer a alcunha de “Do Zodíaco”, já
que os heróis são os representantes dos signos. O nome desta produção deve ser
“Saint Seiya” só pra ser identificado como spin-off da série, por que Seiya,
aqui, não tem vez. O outro motivo que me fez preferir este é que ele é sucinto:
13 episódios. Ótimo! Não precisa mais que isso. Os combates são mais direto ao
ponto, existe uma razão interessante pros 12 estarem vivos, e este anime pode
ser perfeitamente encaixado durante a Saga de Hades. Ele se passa no período de
tempo entre a morte dos 12 no Muro das
Lamentações e o combate nos Campos
Elíseos, seguindo o estilo dos 13 episódios originais de Hades no Santuário.
Pela primeira vez, todos eles tem espaço para aparecer e lutar mais, sem precisar
dar moleza pra cavaleirinho de bronze subir escada, ou ter aparições pequenas ou
nulas, como aconteceu com Aldebaran
em Asgard
e Hades (coitado, brasileiro bucha de canhão! Nã!). Todos lutam, entre si
inclusive, e todos são foda. Este, na verdade, se torna um dos problemas do
anime, então vamos entrar nessa parte. Os novos Guerreiros Deuses, ao contrário do filler original “Saga de Asgard”, não têm um pingo de carisma. Suas
armaduras são sem graça, e eles perdem muito fácil. A salvação é o inimigo
final, que foi quem mais lutou, dentre todos os "chefões" finais da série original. Até
aquele vagabundo daquele Hades, mal aparece e é derrotado. Este aqui resiste
três episódios. Palmas pra ele. Mas voltando a parte ruim: uma das “regras”
perceptíveis em Cavaleiros é quebrada: alguém ressuscita e permanece vivo,
diferente do que já vimos em ocasiões anteriores, onde ressurreições são
temporárias. Mas isso sai na urina, já que os coadjuvantes dessa saga são “meia-boca
e pronto”. Agora o pior, o pior mesmo, é a qualidade da animação (ou a falta dela). Parece que não tinha muita
grana pra investir nessa parte, então este SOGold tem a pior animação que eu já vi em Cavaleiros do Zodíaco, e também o
pior desenho. Sério, é ruim pra caramba, exceto na abertura ou nas partes onde
as armaduras de ouro se tornam divinas. Dá até pra pensar que é ruim “por isso”:
para que, quando as divinas aparecerem, ofuscarem todo o resto. Elas ofuscam, sim.
Mas não é por isso que é mal feito, não. Tá feio porque é ruim mesmo, sem desculpa. Mas, apesar dessas
mazelas, passa mais clima de Saint Seiya que as duas animações anteriores. Em
certos momentos, até empolga. A música que usaram, remake da abertura da Asgard
original, caiu muito bem. E no encerramento ainda dá para ver em detalhes todas
as 12 armaduras divinas. Agora sim, conhecendo seu contexto (bem simples, na
verdade), estou gostando mais delas. Vale assistir pela curiosidade ou saudade
dos personagens.
NOTA: 7,5
SOLDIERS’ SOUL (Game): Agora sim, o grande start pra me fazer assistir esse monte
de m... quer dizer, heheheh, esses desenhos onde os caras correm com os braços
pra trás! O jogaço para PS3 e PS4. Começando do princípio, sinto
falta de uma abertura. Mas as vozes dos personagens te saudando, dubladas em
português, em vez de darem aquele momento “vergonha alheia” a mim, com mais de
30, já me deixam feliz. Sempre tem um personagem nos apresentando tudo em nossa
língua, e nas vozes originais da versão brasileira (em sua grande maioria. Há uns
poucos com vozes novas). Todas as sagas importantes, Santuário, Poseidon e
Hades estão lá, como no game anterior (Bravos Soldados), mas com o
acréscimo da Saga de Asgard. Hilda e
seus Guerreiros Deuses vêm como
personagens jogáveis (confiram o agarrão de Siegfried, o melhor do jogo!). O sistema
de batalha foi melhorado, dando mais equilíbrio e diminuindo a apelação da
esquiva acionada pelo botão R1 (uma chatice foda anteriormente). Há trocentas
armaduras, personagens e modos de jogo para liberar e curtir, um monte de
cenários (meio repetitivos, mas fazer o quê se o próprio Kurumada fazia tudo
igual no mangá!), combos fáceis de aplicar e animações lindas em tempo real
quando acertamos os golpes mais poderosos, como os “Ataques Big Bang” (não sei porque usar o nome de um golpe do Vegeta de Dragon Ball, mas deixa pra lá). Outro ponto positivo em comparação
com “Bravos Soldados” é o fato de que, ao invés de imagens estáticas de cenas
do anime nos modos história, temos as cenas animadas pelos lutadores. A
dublagem aqui em certos momentos fica esquisita, já que os movimentos da boca
dos bonecos corta frases no meio, mas dá pra passar isso sem grandes problemas.
Como disse uma vez o Ed Pontes, “o
importante é dar porrada!”, e isso o game tem de sobra. Recomendado tanto pros
saudosistas quanto pros fãs mais novinhos, pra mim a maior diversão de
Cavaleiros do Zodíaco é esta aqui!
NOTA: 9,0
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