Panini pensa que os leitores nadam em grana!
Eu já tinha escrito uma matéria sobre esse assunto num outro
site que faço parte, mas vou tocar no assunto aqui pra retificar que a Panini
se transformou de editora (quase) queridinha de todos para uma vilã de final de
novela. Desde o final de 2017 que a editora vem praticando preços escrotos,
fora de um padrão "lógico". No começo gerou algumas críticas, mas quando o ano de
2018 entrou e a editora começou a divulgar seus preços para seus novos encadernados de capa dura, a coisa fedeu!
Os aumentos ganharam tamanho reajuste que ficou inviável pra muita gente comprar/continuar suas coleções. Quadrinhos de 144 páginas que há poucos meses atrás custavam no máximo R$ 32,90 saltaram pra incríveis R$ 51,00! Um aumento muito fora de qualquer perspectiva. Quadrinhos que saíra num formato X que custavam na média de R$ 79,00 pularam para R$ 120,00. Esses arroubos de valores fez eclodir uma verdadeira avalanche de críticas à editora, que a principio não se manifestou, mas quando o caldo entornou alguns comunicados mecânicos foram disponibilizados na internet e as justificativas só inflamaram ainda mais os leitores.
Os aumentos ganharam tamanho reajuste que ficou inviável pra muita gente comprar/continuar suas coleções. Quadrinhos de 144 páginas que há poucos meses atrás custavam no máximo R$ 32,90 saltaram pra incríveis R$ 51,00! Um aumento muito fora de qualquer perspectiva. Quadrinhos que saíra num formato X que custavam na média de R$ 79,00 pularam para R$ 120,00. Esses arroubos de valores fez eclodir uma verdadeira avalanche de críticas à editora, que a principio não se manifestou, mas quando o caldo entornou alguns comunicados mecânicos foram disponibilizados na internet e as justificativas só inflamaram ainda mais os leitores.
De acordo com os robôs da Panini, a editora (ou
republicadora) estaria na verdade atendendo uma demanda dos próprios fãs por
qualidade gráfica e isso implicaria num aumento de valores. Mas acontece que
temos duas frentes distintas: uma que de fato fez com que a Panini agisse dessa
forma e outra que não faz muito sentido também. A primeira é que de fato surgiu
uma leva de leitores loucos por prateleira. Sim! Na ânsia de enfeitar suas
prateleiras, uma leva de “colecionadores de lombadas”- como são chamados- acabaram
despertando a editora a fincar uma dentada maior nos leitores. Se existe gente
pra pagar por essa qualidade toda, então existe mercado a ser explorado.
Bem, essa foi uma das desculpas principais, mas claro, que houve outras como aumento no valor do custo gráfico, direitos autorais, subsídios internos, etc. Isso até pode ser, mas não numa proporção tão alta como foi. A segunda é que a tal da melhoria gráfica de verdade não existiu. Os quadrinhos em capa dura estão com o mesmo tratamento de sempre, então já cai por terra essa desculpa da editora- mas o controle de qualidade esse sim caiu, vide várias reclamações de leitores por revisão e acabamento gráfico.
Bem, essa foi uma das desculpas principais, mas claro, que houve outras como aumento no valor do custo gráfico, direitos autorais, subsídios internos, etc. Isso até pode ser, mas não numa proporção tão alta como foi. A segunda é que a tal da melhoria gráfica de verdade não existiu. Os quadrinhos em capa dura estão com o mesmo tratamento de sempre, então já cai por terra essa desculpa da editora- mas o controle de qualidade esse sim caiu, vide várias reclamações de leitores por revisão e acabamento gráfico.
O aumento atingiu todos as suas revistas, inclusive de quadrinhos de bancas- principalmente as da Marvel- e mangás. Uma curiosidade é que um título novo (mangá) que foi lançado a R$ 21,90 tem a mesma qualidade gráfica que outra que custa R$ 18,90- igualzinha- e o papo furado da editora foi que por conta dessa tal qualidade que esse veio com o preço mais alto. Balela e balela feia. Acho que a Panini pensa que lida com idiotas. O bem da verdade é que esses valores vieram pra ficar e não haverá retorno de preços. Estrategicamente falando a editora já tem pelo menos metade (ou mais) de suas impressões vendidas para sites online e lojas especializadas, e isso quer dizer ganho total nesses produtos, pois eles ao contrário das bancas, não retornam para a editora.
Quer dizer que a Panini já vendeu seu produto e já faturou em cima. O leitor que quiser comprar mais barato acaba sendo forçado a adquirir em sites esperando por descontos e coisas assim. Enquanto isso, a Panini segue ganhando, pois tem uma parcela de perda muito, mas muito baixa com esse esquema. Já vendeu e cabe aos sites venderem ao preço deles e aos leitores comprarem do jeito que puderem se virar.
Mas isso a longo- ou curto prazo- vai gerar uma bolha que acabará com o mercado em algum lugar, ou nas bancas ou mesmo na própria internet. Os sites terão um estoque alto de encalhes forçando as mesmas a gerar mais promoções para poder vender e uma hora vão começar a fazer menos pedidos, pois não conseguirão vender ao preço cheio, sempre forçadas a entrar com descontos pesados. A Panini é que sai ganhando deixando a treta mesmo é pros sites e lojas especializadas.
Daí vem a bolha! Mas como foi dito, a editora não vai retornar aos velhos preços e uma hora toda a gama de lançamentos terá um grande retrocesso. Muitos títulos entrarão em dúvida por parte da editora e começará um efeito dominó ao contrário: se hoje temos uma grade variada de grandes títulos não só na Panini, mas em outras editoras também, em alguns anos isso tudo será arriscado gerando dúvidas às próprias editoras. A "Era Premium" se aproxima. Quem viveu esse período da Editora Abril sabe do que falo!
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