Godzilla II- Rei dos Monstros (Godzilla: King of the Monsters, EUA, 2019) ★★
Admito que quando vi o trailer de Godzilla II eu fiquei bem empolgado- geralmente eu peso que "trailer é trailer e filme é filme". Mas depois que eu vi mais "algumas vezes" e pensei: Opa! Tem um enredo aí além de ver monstros se esbofeteando no meio de uma cidade destruída? Um filme desses nem precisa ter um roteiro tão rebuscado. Claro que a galera só vai pra ver as criaturas dando uma bifas. Bem... eu fui pra ver o Godzilla metendo a porrada nos monstros. Mas mesmo um blockbuster precisa ter um roteiro no mínimo que faça algum sentido. Aqui até tem... tem alguma coisa que movimente a trama, o problema é que ele se leva a sério demais.
Há um drama desorganizado que movimenta o filme quando a doutora Emma Russell (Vera Farmiga) tenta arrumar uma forma de viver em paz com os monstros, mas sua dor familiar a faz perder a razão. Durante os eventos catastróficos do primeiro filme ela perde um filho e dedica a vida tentar uma forma de apaziguar as criaturas até chegar num ponto onde pra ela o único jeito seria "purificar o planeta" com os Titãs. Parece trama de anime japonês mesmo! Mas o tiro sai pela culatra quando Ghidorah- um monstro alado de três cabeças- acorda e começa a atacar tudo e todos reivindicado para si o domínio do mundo e dos Titãs.
Temos dois problemas aí: o núcleo humano e até mesmo drama nele contido não convence. É uma verdade "lágrima de crocodilo". Em nenhum momento você se importa com eles. É tudo frio e sem graça. Não passa empatia nenhuma. O segundo problema são os monstros. Veja bem: as lutas são titânicas. Realmente em uma escala assombrosa... se desse pra ver seria melhor. O problema tá no efeito especial. É borrado, cheio de poeira, focos rápido e closes distantes. Lembrou pra mim as lutas bagunçadas de Transformers de Michael Bay- só que imagina isso no escuro e no meio de muita poeira. Claro que não dá pra esperar um roteiro de Oscar aqui. É um filme pipocão com muita ação e efeitos especiais. Não dá pra esperar tanto assim, mas vale destacar que poderia ter sido melhor, maior e mais emocionante mesmo dentro das limitações que esse tipo tem. Uma pena. Eu esperava realmente uma embate mais contagiante, mas é tudo muito mecânico e sem graça.
Direção: Michael Dougherty
Roteiro: Michael Dougherty e Zach Shields
Elenco: Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Bradley Whitford, entre outros
Estúdio: Warner Bros.
Duração: 132 min
TRAILER.
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