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Savage Dragon é Rules!!



Capa da Edição Especial brasileira!

Uma das coisas mais legais que já vi foi isso aí: The Savage Dragon, gibi criado por Erik Larsen pra Image Comics nos início dos anos 90 do século passado. Pancadaria pura. Sangue, tripas e vísceras voando pra tudo que é buraco. Frases de efeitos dignas de filmes blockbusters cheio de canastrice e fodismo. Mas é tudo feito com tão bom humor e conduzido de uma maneira tão simples, que mesmo com tanta sangreira, não dá pra se chocar com a violência (que não é pouca). Savage Dragon é uma criação de Larsen ainda quando era um guri em formato de fanzine na cidade de Mineapolis, Minesotta (EUA). O personagem, um cara grande e verde com uma barbatana na cabeça, que atua como policial na cidade de Chicago fez sua estréia pro mundo na mini-série em 4 partes editado pela editora que Larsen ajudou a fundo, junto com os artistas Jim Lee (Wild Cats), Todd McFarlane (Spanw), Rob Lifield (Yoongblood), Marc Silvestre (Cyberforce) e Jim Valentino (Shadow Halk), a Image Comics.

Página Interna!


Logo em seguida a mini, Larsen lança a série mensal do verdão, com o mesmo ritmo e adrenalina da mini- série. O mais bacana é que ele simplesmente cria, faz o roteiro, desenha e ainda toma conta da própria arte-final e isso, desde o começo. Larsen vem fazendo o Dragon sem parar desde então e criando uma infinidade de personagens pro universo do Sr. Barbatana. Já tá na edição cem e lá vai pedrada (mais de 130 edições), e sempre com ele à frente do seu personagem. No Brasil, Savage Dragon teve a sua vez com a mini saindo em 1996 aqui pela editora Abril Jovem, que em seguida começou também a editar a série mensal. Eu acompanhei a mini, a parte inicial da mensal e os arcos finais de quando a Abril cancelou a publicação. Ainda hoje procuro as que eu perdi. Aqui também foram lançadas os especiais Superman vs Savage Dragon e Hellboy/ Savage Dragon.


Bem...recentemente, a editora HQM publicou uma edição especial de Savage Dragon com a origem do verdinho. É que na primeira mini, ele aparece num terreno baldio em volto à chamas e sem memória logo nas primeiras páginas. De lá pra cá, nada se sabe sobre ele, até que Larsen resolve contar sua origem nesse especial. Bem...sou muito fã do Larsen, que hoje é editor- chefe da Image, mas ainda num saquei bem porque ele quis contar isso. Aliás, ele até explica, que é porque achava que estava na hora de fazer algo especial em comemoração ao tempo de existência da Image e a comemoração dele se daria justamente com a origem secreta de seu personagem mais querido. Assim como Wolverine, Dragon não tinha um passado distinto. Era uma coisa que o próprio criador queria deixar na obscuridade. Bem...ele contou. E acredito que não foi o memento certo ou o mais inspirado.

Capa da primeira edição estadunidense!


Pra quem ainda não leu, o que vem a seguir é spoiler.



Dragon nada mais é do que um tirano que vagava pelo espaço em busca de um planeta para a sobrevivência de sua raça. Encontrou a Terra e queria mandar todos os habitantes pelos ares. Acontece que seus conselheiros pedem a ele que não o faça, pois o Planeta Azul é dotado de vida inteligente. Irredutível, Dragon quer por que quer detonar nosso planetinha- na verdade, a população. Depois de alguns momentos rápidos de discussões entre os dois conselheiros, eles resolvem, dar um jeito em Dragon, mandando- o a Terra sem lembrança alguma de quem era numa ceninha mixuruca de que ele é atingindo por um tiro na cabeça (explica-se rapidamente que ele pode regenerar e algumas curiosidades que se empregavam no título do Barbatana). O especial termina com Dragon na mesma cena de quando ele estreou nas HQs da Image: nu, num terreno baldio e com fogo pra tudo que é lado. E eu fiquei com aquele gostinho de "era isso"? Eu achei bem... monótono. Pra quem toma ele pela primeira vez por esse especial, vale salientar que as HQs dele são bem diferentes disso aí. São engraçadas e cheio de pacandaria. Mas valeu por poder ver um dos meus personagens preferidos juntos com os outros gibis. E fico na torcida que ele volte num título mensal.


Erik Larsen

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