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Transformers


"Autobots, transformar e rodar!". Ah, caraca! Eu escutava isso todos os domingos quando era moleque assistindo aos Transformers, animação baseada nos brinquedos da Hasbro dos anos 80, dono desses personagens. A frase em questão é proferida por Líder Optimus (ou Optimus Prime no original), é acredite: fodaça! Não minto: não levava muita fé nesse filme não quando ele foi anunciado há um tempo atrás. Ainda mais que o diretor seria o tosco do Michael Bay dono de alguns dos filmes-catástrofe mais sem noção de todos os tempos. Mas Spielberg estava na produção com os efeitos especiais da empresa de George Lucas, a Industrial Ligth & Magic. A coisa parece que deu uma engrenada, e muita coisa foi surgindo na rede mundial de informações. Fotos, trailers e Bay matinha o seu blog quase sempre atualizado informando o andamento das coisas. Apesar de muito fã xiita ter torcido o nariz pro visual dos personagens que apenas lembram (ou nem isso) os da animação (fato que ocorreu com Bumblebee que é um Fusca no desenho animado e um Camaro esportivo aqui) o filme todo é uma pauleira sem fim e tapou a minha boca com cola maluca. A primeira coisa que se deve fazer ao ir assistir Transformers é desligar o cérebro pra quase 02h20min de muita porrada, cenas de cair o queixo, tiros, frases de efeitos, CGI de última geração e mais porrada. Michael Bay, conhecido por seus filmes-pipoca como Armageddon, A Rocha, A Ilha, só pra citar alguns, mandou um golaço. Tá tudo lá. Primeiro que ele mesmo não levou o filme a “sério”! Ele sabia que estava fazendo um blockbuster de verão (mas também sabia que estava mexendo em terreno perigoso dado os fãs que não perdoaram certas liberdades). Mas é inegável que o diretor do lixo Pear Harbor, fez a lição de casa direitinho dessa vez.
O filme é redondo, com explicações rasas e motivação gerada para causar adrenalina. Os Autobots, liderados por Prime, precisam pegar um cubo oriundo de sua terra natal e assim restabelecer seu mundo. Mas isso também é o objetivo de Megatron, líder dos Decepticons, mas com o propósito de fazer isso em nosso planeta e assim aniquilar toda a vida na Terra. O segredo do Cubo está com o humano da vez: Sam Witwicky, vivido pelo ótimo Shia LaBeouf (o futuro filho do Indiana Jones em seu próximo longa) que é o alivio cômico da película. O elenco humano ainda tem o veterano Jon Voight como Secretário de Defesa, Jonh Torturro e Megan Fox como a gostosa-linda-inteligente-pau-pra-toda-obra da vez. A verdade é que ela atua como uma porta, mas era um deleite para os meus olhos. Nisso tudo, misture o exército estadunidense, um governo fóbico em relação a retaliações a ofensivas externas (lê-se China e Coréia do Norte), Autobots e Decepticons se espancando em plena cidade e voilá! Pancada! Os Robôs estão espetaculares, de encher os olhos durante as transformações quer seja parados ou em movimento.

As cenas são grandiosa, cheias de movimentos e explosões. Quando você pensa que a bagaça vai esfriar, o pau come solto. Bay sabe captar grandiosidade como ninguém, verdade seja dita. A fotografia do filme é toda na iluminação contra as lentes deixando tudo ainda mais dramático, com cenas em câmera lenta e tomadas em larga escala. As cenas com os F-22 são muito bacanas. A batalha nas ruas idem. Fora algumas peculariedades de Bay. Ele adora uma comédia no meio do fogo cruzado. Há várias assim. E por incrível que pareça, não consigo ver esse filme sem essas peculariedades. Porque esse blockbuster não é pra ser levado a sério em nenhum momento (qual blockbuster de férias é pra ser levado a sério?!). É diversão pura! Sem dúvidas o melhor filme pipoca do ano.


Transformers (Transformers- EUA, 2007 - 144 min)
Direção: Michael Bay

Elenco: Shia LaBeouf, Megan Fox, Josh Duhamel, Rachael Taylor, Tyrese Gibson, Anthony Anderson, Jon Voight, John Turturro, Kevin Dunn, Julie White, Bernie Mac, Peter Cullen (voz), Hugo Weaving (voz)






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