Já faz uma cara que assisti a primeira temporada desse ótimo seriado. Desde março desse ano, acho. Não sei por que eu não resenhei isso aqui antes. Preguiça, talvez. O fato é que eu acabei esperando um pouco pra poder fazer isso aguardando que o segundo ano estreasse lá fora que foi o que aconteceu alguns semanas atrás. Então, como bom desocupado que sou, passei duas noites revendo a série toda, na verdade, são apenas nove episódios. Nove por conta da greve dos roteiristas no começo do ano, o que fez com que a série fosse interrompida abruptamente. O bom é que a série fez muito sucesso na Fox, que num é besta e deu sinal verde para o seguimento. A série tem pontos muito altos. Primeiro é que respeita totalmente os filmes e os leva em consideração cronologicamente. Até aquele terceiro tenebroso, porém, eles (os produtores) os descartam em uma passagem bem sutil e inteligente. O visual do seriado tem o mesmo clima dos filmes, com aquele lance de fuga, a paranóia com os Exterminadores, Skynet... enfim. Tá tudo lá. Redondo. O primeiro episódio, logo nas primeiras cenas já dá pra sentir o quanto a série é bem feita. Aquele começo tem cara de filme, nem parece que foi feito pra TV. Aliás, vale destacar a produção que está grandiosa e não deixa cair a qualidade. Poucas séries têm um cuidado tão grande assim. Nem Lost tem uma produção tão requintada. Acho que das séries que estão por aí, Smallville deve ter as verbas mais gordas por conta da produção. 
A verdade é que eu não botava muita fé nesse seriado. Ficava me perguntando se seria só um caça-níqueis com a franquia dos Exterminadores assim como fizeram com o Robocop. Pra minha sorte e fãs da cinessérie, o seriado não só honra a cria de James Cameron como também vai além, servindo praticamente de terceiro filme. Claro que a trama do seriado corre mais devagar. Os roteiristas têm mais tempo de trabalhar e desenvolver coisas que só foram citadas nos filmes, como as viagens no tempo, probabilidades, mostrar mais da resistência humana no futuro. A única ressalva fica para a Sarah Connor, vivida por Lena Headey, a rainha de 300 de Esparta. A Sarah dela é paranóica, mas mais melosa que a vivida por Linda Hamilton, mais forte, mais guerreira e fodona. Essa do seriado só sabe dar esporro na Cameron (interpretada por Summer Glau), Exterminadora de versão avançada que veio do futuro para proteger John Connor (vivido por Thomas Dekker que já trabalhou em Heroes). Mas por lado é aceitável (entre aspas) que ela aja dessa maneira. Mais contida. Imagina colocar a mulher TPM num seriado que em média tem 22 episódios e o tempo toda ela nos cascos? Seria um porre sem tamanho. Ela ainda tem aquele ar de durona, mas também amolece como uma mãe preocupada com seu filho. 
Os Exterminadores que aparecem no seriado, todos são T-800 (até aqui) lembram bastante o vivido por Arnold Schwarzenegger, mas claro, sem o mesmo “charme”. Mas o bacana é escutar a música de quando eles aparecem em câmera lenta. Essa foi mantida igual a do filme. Quase dá pra ver o Schwarza falando “I’ll be back”. O seriado tem uma série de peculiaridades distintas que a transformam a produção mais envolvente. A maior delas é mesmo a sintonia com os filmes. Atualmente um quarto longa para o cinema está sendo desenvolvido e isso já atraiu um certo desconforto nos produtores e elenco. O novo filme, dirigido pelo dublê de cineasta McG (isso é nome de gente?), diretor dos dois As Panteras e produtor de séries como O.C. e Chuck, não reconhece o seriado e simplesmente o ignora. Isso pode afetar o andamento da história? Talvez sim. O caso é que o seriado vem muito bem. O filme ainda é uma incógnita a ser desvendado apenas ano que vem. Nas considerações finais, sempre tentando tomar cuidar pra não jogar spoilers aqui, tanto que não falei dos episódios e sim do seriado num toldo, vale pela fidelidade e originalidade em se manter na linha certa. Quem tiver a oportunidade de assistir, assista. É uma ótima série de ficção e ação cheio de reviravoltas. Fica mais interessante se a pessoa já tiver assistido aos filmes. Mas dá pra levar sem isso também.
Comentários