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Brasil arrasta a Copa das Confederações

Fazia um tempo que eu não torcia por um gol do time do Brasil como torci nesse último domingo (28/06) no final da Copa das Confederações, lá na África do Sul. A Copa começou um mamão com açúcar pra chave da Espanha, com Iraque, África do Sul e a fraquíssima Nova Zelândia. O time espanhol todo no salto, passando com facilidade pelos timecos, ainda tomou um suor do Iraque. Do lado da chave do Brasil, a coisa era mais complicada. Tinha Estados Unidos, Egito e Itália. Essa chave era mais pesada. Todos esses times já eram mais carne de pescoço. Brasil quase não ganha do Egito, que se mostrou um time de raça; pelos Estados Unidos passou com certa facilidade e quando chegou na Itália, pra surpresa de todos, passou atropelando o time “carcamano” e com isso, por causa de um saldo de gols negativos no time italiano e uma combinação de resultados de números com o time americano vencendo o Egito, colocou assim o time da terra do Tio Sam nas semifinais e despachando de vez o time da Itália para a Itália. Pra eles comerem uma pizza.

Aí, Espanha pega os Estados Unidos na etapa seguinte, bastando abater o time americano para ir às finais. Entrou toda mascarada, somos o número 1 do ranque da Fifa e vamos apenas golear esse time dos Estados Unidos. Resultado: tomou dois gols do time americano e ficou pra disputa de terceiro lugar e os estadunidenses ainda quebraram uma invencibilidade do time espanhol que vinha sendo mantido a mais de um ano. Pau bem dentro do cu deles. O Brasil passa pelos “Bafana, Bafana”, o time sul-africano nas últimas, já no finalzinho um único gol de falta. Ainda assim o time africano colocou quente pra cima da seleção canarinho.

Aí vem a porra da final. Que ironia. O time que o Brasil ajudou a seguir adiante começa logo no primeiro tempo metendo duas pitombas no gol de Júlio César. O primeiro foi uma falha do “melhor goleiro do mundo” e o segundo foi uma vacilada de contra-ataque americano em cima dos brasileiros que fulminou com o segundo gol deixando a “zebra” correr solto. Pensei logo: “Pffff... da forma que o Brasil tá jogando aí, errando passos e o time americano se trancando todo lá nos fundo, num vira essa porra nem fudendo”. Fui fazer outra coisa, mas aí é foda, acabei voltando pra TV e pra minha surpresa, no começo do segundo tempo, Luís Fabiano faz um gol e coloca lenha na fogueira. Depois Kaká faz o segundo, mas o bandeirinha filho duma prostituta de três peitos não deu, pois foi um lance cabuloso, mas ainda assim um gol. Coisa pra se falar em rodas de debates esportivos quando o goleiro dos EUA tirou uma bola de dento do gol. Aí depois sim, Luís Fabiano num bate e rebate faz o segundo de cabeça e a coisa fica corrida. E já perto do final, ele, o capitão Lúcio faz o gol do título de cabeça.

Cara, que copa fez esse Lúcio. Um cara que jogou pela camisa. Um capitão que saia da zaga e ia pro ataque e depois voltava pra zaga de novo. Brigava, esbravejava, lutava pela bola, botava moral no meio do campo. Um verdadeiro jogador do time brasileiro. Apesar de Kaká ter sido escolhido o melhor jogador dessa copa, e merecido, pois se destacou, armou jogadas inteligentes, tinha visão de jogo, puxava os ataques e coordenava os jogadores que estavam andando em campo feito baratas tontas, mas Lúcio foi um puta guerreiro. Fazia tempo que eu não via um jogador tão voraz em campo. O Brasil ganhou com justiça essa copa. Jogou bem, fez o que tinha de fazer, mesmo com pontos fracos, vários na verdade, o time de Dunga chegou aonde chegou com respaldo. Agora, vamos esperar daqui pra frente o que vai ser.

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