
Agora que finalmente consegui terminar de ler os quatro livros da “trilogia” de cinco de Douglas Adams, agora posso sentar e falar um pouco sobre essa fantástica obra da ficção científica de humor. Eu sei que sou um herege, devia ter lido isso antes. Até porque eu já tinha os quatro livros faz uma cara, só não tinha lido o último deles. Digo, o quarto livro, pois ainda tem mais um. Vou fazer apenas uma resenha/crítica simples. Não gosto de encher o blog com textos e imagens uma por cima das outras. Fica esteticamente mal diagramado, feio mesmo. Coisa de gente sem senso editorial. Além dos mais, num preciso ficar enrolando. É só apertar nos pontos chave de cada edição sem muito blá-blá-blá. Se eu num tenho saco de ler muito texto nos blogs dos outros, porque eu vou ter de fazer os outros terem saco de ler muita coisa no meu? Então, vamos começar pelo primeiro (claro!) livro, o que deu um pontapé nessa magnífica obra.
O Guia do Mochileiro das Galáxias
Pra começar a grande epopéia cósmica, Douglas Adams faz algo simples: explode o planeta Terra para que naquele setor seja erguida uma “avenida”. Um começo já detonador. A história mostra o sem sorte nenhuma Arthur Dent, que está passando por uma fase pior do que já passara. Acorda numa belo dia, e descobre que seu amigo Ford Prefect não é humano e sim um alien e faz parte dos Mochileiros das Galáxias, seres que vivem para editar o grande livro dos Mochileiros e seu guia para viajantes. Pra piorar, descobre que Vogons irão destruir a Terra para liberar uma passagem galáctica por aquele setor. Num momento desesperado, Prefect consegue salvar a si mesmo e a Arthur Dente e ambos vão bater dentro da nave Vogon que por sua vez, destrói o planeta Terra. A partir desse momento, os dois passam por diversas situações engraçadas e de perigo. Boa parte desse livro é sobre como Dent “filosofa” sobre o Universo. Mas logo três outros personagens marcantes entram nessa roubada. O amalucado de pedra Zaphod e sua nave (roubada), a Coração de Ouro e seu gerador de impropabilidade (algo bastante usado nos livros que se seguem e de suma importância para uma boa parte da futuras desventuras), Trillian, que é o “caso” de Zaphod, e nesse primeiro volume nem fede e nem cheira e o mais divertido dos personagens, sem dúvida nenhuma: Marvin. O robô que vive deprimido querendo que todos morram. É dele as tiradas mais sarcásticas e divertidas da série de livros, seja ele aparecendo muito ou pouco. Douglas Adams escreve um livro frenético, cheio de acontecimentos e o melhor, numa linguagem ácida, sarcástica e cheio do típico humor inglês, mas de uma maneira mais... “universal”. Um grande livro. Esse é pra ter na coleção.
O Restaurante no Fim do Universo
O título já diz tudo. Nesse momento da história, todo os tripulantes da Coração de Ouro tentam fugir de uma perseguição Vogon. A nave, que tem inteligência artificial, está passando por dificuldades internas inerentes a seu “eu interior”, o que coloca todo mundo em perigo já que a nave não pode se defende. Numa tentativa de total desespero, Zaphod pede a seus ancestrais que salvem o rabo dele, mas algo dá errado e ele e Marvin vão bater na sede do Guia dos Mochileiros da Galáxia. Paralelo a isso, Arthur Dent, Ford Prefect e Trilian acabam no Restaurante no Fim do Universo. Aqui temos então duas histórias sendo contadas. Uma com Zaphod e Marvin e a outra com Dent, Ford e Trilian no Restaurante. Nesse livro Douglas Adams abusa bastante de teorias amalucadas sobre o Universo e seus paralelos de probabilidades. Com dois contos correndo um do lado do outro, fica fácil para o autor jogar dois tipo de jogos. Um com as idéias malucas acerca estudos científicos e o outro sobre a improbabilidade quântica. E tome mais sarcasmo e situações absurdas, mas extremamente divertidas. Aqui, o autor aproveita para destilar mais ainda sobre as condições humanas e seus atos impensados. Nesse livro você vê bastante disso. Ele te faz pensar bastante. E não se pode esquecer da hilária e impagável atuação de Marvin. Cara, na boa. Em uma passagem no livro, em um determinado capítulo com o Marvin, o robô deprimido, eu quase me mijei de rir. Nunca tinha rido assim lendo um livro. Aliás, nunca tinha rido tanto assim lendo nada. Fiquei um bom tempo apenas rindo. É fantástico. Fantástico. Merece mesmo a cabeceira da cama.
A Vida, o Universo e Tudo Mais
Esse é o livro mais reflexivo, onde um monte de coisas acontecem e em diferentes tempos. No final do livro anterior Arthur Dent acaba na pré-história da Terra e paralelo a isso, acaba no meio de um jogo de críquete. Nem me pergunte, leia o livro. Tudo na verdade não passa de uma idéia mais amalucada do que as outras onde uma raça de aliens tenta libertar outra raça, chamada de Krikkiti (hã...) e no meio disso tudo está Arthur Dent, Ford Prefect e Slartibartfast, personagem que conta bastante a Dent sobre como surgiu o planeta Terra no primeiro livro. Aqui também conhecemos o Pensador Profundo, um super computador que finalmente resolveu a questão “Quem somos? De onde Viemos? Qual o sentido do Universo”. E a resposta é simples: “42”. Esse livro pra mim foi o mais confuso dos quatro, pois se passa cinco anos depois dos relatos dos dois primeiros e começa de maneira não singular. Eu admito que o li com certa preguiça e devo dizer ainda mais que devo lê-lo novamente para poder me inteirar melhor do texto. Mas com certeza de uma coisa eu sei; é o mais denso dos quatro que tenho. Marvin, Zaphod e Trilian não aparecem tanto quanto nos dois primeiros, mas têm sim a sua importância dentro do contexto geral. Mas com certeza preciso ler esse novamente. Uma hora faço isso.
Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes

Aqui invertemos tudo. Agora Arthur Dent aparece na Terra, como se nada tivesse acontecido. Ele se lembra de tudo, das viagens, das aventuras, dos companheiros e da Terra ter sido destruída por Vogons... então, como poderia está ali? Aí começa outra série de coisas bizarras. Esse livro é o mais contido dos quatro que tenho. Aqui tudo se passa na Terra. Os personagens são bem reduzidos e tudo se foca praticamente apenas em Arthur Dent e Fenchurch, uma mulher meio desmiolada que acaba nos braços de Dent. Outro personagem com destaque é Wonko- O São, o cara que sabe de tudo sobre o que aconteceu, mas não é de fácil comunicação. O livro se baseia todo nisso. Em Arthur e Fenchurch, que tem visões da Terra sendo aniquilada, em busca de respostas. É o livro mais pé no chão, mas nem por isso menos engraçado. Tem situações hilárias no meio dos textos e confrontos de idéia que podem fazer o leitor de fato raciocinar sobre a existência como num todo. É um livro meio esquisito se comparado aos outros, mas eu gostei bastante. Até mais do que do terceiro. Infelizmente Marvin, Trilian e Zaphod são colocados de lado, com apenas uma pequena participação. Ford Prefect tem sua participação diluída em pedaços espalhados pelo livro. Aqui quando o terminei me pareceu que faltou algo. Ele não tem um final muito bom, isso é certo. Pelo que sei, todas as respostas e a volta ao ritmo “normal” da série de livros se dá mesmo é no quinto livro, Praticamente Inofensiva. Esse eu ainda não o tenho, mas pretendo ter. Ora, só assim minha trilogia de cinco ficará completa.
Em tempo, vale lembra que O Mochileiro das Galáxias ganhou um filme em 2005 bem ruim, que falhou e muito em levar as idéias de Adams para a telona. E pra quem não sabe, o Mochileiro das Galáxias também tem uma série de TV feito ali no começo dos anos de 1980 com um visual bem mais interessante que o do cinema e Zaphod mantém suas duas cabeças tal qual o livro. É só procurar isso pelo youtube que acha.
NOTA: 9,0 (no geral)
O Guia do Mochileiro das Galáxias

O Restaurante no Fim do Universo

A Vida, o Universo e Tudo Mais

Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes

Aqui invertemos tudo. Agora Arthur Dent aparece na Terra, como se nada tivesse acontecido. Ele se lembra de tudo, das viagens, das aventuras, dos companheiros e da Terra ter sido destruída por Vogons... então, como poderia está ali? Aí começa outra série de coisas bizarras. Esse livro é o mais contido dos quatro que tenho. Aqui tudo se passa na Terra. Os personagens são bem reduzidos e tudo se foca praticamente apenas em Arthur Dent e Fenchurch, uma mulher meio desmiolada que acaba nos braços de Dent. Outro personagem com destaque é Wonko- O São, o cara que sabe de tudo sobre o que aconteceu, mas não é de fácil comunicação. O livro se baseia todo nisso. Em Arthur e Fenchurch, que tem visões da Terra sendo aniquilada, em busca de respostas. É o livro mais pé no chão, mas nem por isso menos engraçado. Tem situações hilárias no meio dos textos e confrontos de idéia que podem fazer o leitor de fato raciocinar sobre a existência como num todo. É um livro meio esquisito se comparado aos outros, mas eu gostei bastante. Até mais do que do terceiro. Infelizmente Marvin, Trilian e Zaphod são colocados de lado, com apenas uma pequena participação. Ford Prefect tem sua participação diluída em pedaços espalhados pelo livro. Aqui quando o terminei me pareceu que faltou algo. Ele não tem um final muito bom, isso é certo. Pelo que sei, todas as respostas e a volta ao ritmo “normal” da série de livros se dá mesmo é no quinto livro, Praticamente Inofensiva. Esse eu ainda não o tenho, mas pretendo ter. Ora, só assim minha trilogia de cinco ficará completa.
Em tempo, vale lembra que O Mochileiro das Galáxias ganhou um filme em 2005 bem ruim, que falhou e muito em levar as idéias de Adams para a telona. E pra quem não sabe, o Mochileiro das Galáxias também tem uma série de TV feito ali no começo dos anos de 1980 com um visual bem mais interessante que o do cinema e Zaphod mantém suas duas cabeças tal qual o livro. É só procurar isso pelo youtube que acha.
NOTA: 9,0 (no geral)
Comentários