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A Banca de Revistas é uma mina de ouro

Bem, pelo menos pra mim é... ou era. Recentemente eu estava mexendo em meus quadrinhos antigos e revistas em geral. E fiquei aqui matutando o quanto era legal ir a qualquer banca de revistas pra se comprar os meus quadrinhos. Entre o final da década de 80 e começo da de 90 eu comprava isso de forma aleatória, ainda não tinha uma coleção (coisa que só fui fazer mesmo em 1994). Mas lembro bem que dava pra encontrar qualquer revista que eu quisesse nas bancas próximo da minha casa. Baratinho, pertinho, vinha olhando “as figuras” no caminho. Mesmo que os formatinhos da decepadora de quadrinhos Abril Jovem fosse meio toscos, não só pelo papel de limpar bunda, mas pelos textos dos balões visivelmente reduzidos, aquela sensação era única. Hoje pra se compra quadrinhos tem de ir a bancas enormes e localizadas em pontos de grande movimento. Bem, pelo menos aqui em Fortaleza é assim, mas acredito que por aí também seja da mesma forma, tirando eixo sudeste, claro. Mas até quando eu andava em fóruns sobre quadrinhos lançados por editoras no Brasil (ou republicadoras), as reclamações sobre o alcance dos gibis preferidos da grande galera era a mesma. O arco diminuiu, as revistas aumentaram de formato e preço, e hoje não dá mais pra apostar em vendas antecipadas. É tudo praticamente feito por medida. Novos tempos, grana dura! Nos EUA faz anos que quadrinhos não são vendidos em bancas. São artigos exclusivos de Comic Shops e lojas especializadas por encomenda. Mas por lá esse tipo de loja é como lanchonete por aqui. Hoje eu parei de comprar quadrinhos. Não por que quero, mas por falta de verba mesmo. Virou um artigo de luxo pra mim e pra muita gente. O que era pra ser um entretenimento de massa, para crianças e jovens e até os mais velhinhos como eu, virou algo a ser adquirido de forma mais seletiva e por pessoas com o poder aquisitivo mais em conta. Mas sinto falta mesmo é de quando eu ia às bancas com pouca grana e voltava pelo menos com quatro ou cinco revistas em quadrinhos diferentes. Se eu fosse converter aquela grana pros dias de hoje, essas quatro ou cinco revistas não dariam nem pra pagar minha passagem do busão. Que dureza, Creuza! O jeito é tirar a traça das minhas coisas e reler tudo.

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