
Faz uma cara que não compro nenhum quadrinho. Nenhum de nenhum tipo mesmo! Ando numa pindaíba desgraçada que não me deixa sustentar o meu “vício”. O que ando resenhando aqui de quadrinhos se aplica apenas a coisas que já tenho (e algumas estou relendo- ô dureza) e a produções nacionais que recebo via Correios, e isso tem me agradado bastante. Não porque ganho “de grátis”, mas porque é material nacional. E isso me deixa feliz. Mas o foco agora é outro, certo? Pois bem, eu ganhei de presente de um amigo meu uma edição da
Vertigo#01 versão
Panini Comics, uma revista bem atual. O selo Vertigo da DC Comics já passou por várias editoras no Brasil. É uma putaria só. Caótico mesmo para ser mais exato! A única que ainda fez um trabalho de fato que merece algum destaque é a editora Pixel que conseguiu editar com certa regularidade as revistas do selo Vertigo por aqui. Infelizmente mal durou dois anos nas bancas e pediu penico. Com o selo ficou novamente na merda.

Mas a boa notícia para os amantes dos quadrinhos adultos, regados de violência, sexo, magia, ficção e aventura podem começar comemorar, pois a maioral Panini Comics, que já deve abocanhar cerca de 80% dos quadrinhos vendidos no Brasil, está com o selo Vertigo. Com isso a editora tratou de lançar a revista Vertigo, o mesmo nome já usado pela editora Abril Jovem quando a mesma lançou 12 edições da edição do selo adulto da DC. E foi edição da Panini Comics que eu ganhei. Primeira coisa que gostei foi que tem mais de 130 páginas e custa menos de 10 reais (R$9,90). A anterior da Pixar custava o mesmo o preço por um bom tempo, mas tinha um papel bem melhor, mesmo tendo 100 páginas. Depois foi pra 12 e uns quebrados e eu parei de comprar. Essa “briga” do papel pra mim é uma tremenda besteira. Eu não me importo se vem em papel de ouro ou papel de limpar cu. Eu quero ler. Eu quero curtir a minha HQ independente disso. Taí, a Panini tá usando papel Pisa Brite, que é um papel inferior ao que a outra editora usava (bem inferior), e eu adorei assim mesmo. Mais páginas, mais HQs e um preço ainda melhor. Mas a outra tinha um papel melhorzinho e tal... foda-se, cara. O texto é o mesmo, a arte é a mesma e eu vou ler essa merda do mesmo jeito.

Então, que se dane, certo? Agora a revista em si. Com ela tem mais páginas, cabe então aí cinco edições das estadunidenses. A Panini montou um bom leque para começar. Temos então as inéditas no Brasil
Escalpo (
Scalped) do escritor revelação
Jason Aaron e arte de
R.M. Guéra e
Vinkings (
Northlanders) de
Brian Wood e
Davide Gianfelice. Para os fãs de
Constantine o começo de um arco inédito de
Hellblazer por
Mike Carey no traço de
Steve Dillon. E como não podia deixar de ser (será que não?), duas obras baseadas em criações de
Neil Gaiman, criador de
Sandman,
Lugar Nenhum baseado num livro de Gaiman com Mike Carey adaptando e arte do bom
Glenn Fabry (capista de
Preacher) e
Sandaman Apresenta: A Thessaliad por
Bill Willigham e
Shaw McManus. Foram boas escolhas? Tinha coisa melhor? Filés como Ex Machina, Preacher, Y- The Last Man, Fábulas, ZDM devem estar saindo em especiais e minisséries. Sandman também será relançado como especiais “definitivos”. Mais ainda tinha Alvo Humano, Loveless, Johna Hex, Invisíveis, entre esses já alguns concluídos lá por fora. Mas besteiras à parte, o material lançado pela Panini aqui na sua revista mensal agrada bastante por está bem do tipo “tem pra todo mundo”. Agora é esperar pra ver o que vem mais por aí depois que alguns arcos forem concluídos na revista.
Nota: 9,0

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