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Capas Cool: Wizard Brasil#01- Editora Globo

Foi assim: numa bela manhã fui até a minha "banca de revistas favoritas" para ver se tinha chegado alguma coisa que me interessasse. Era 1996 e a Editora Abril Jovem dominava praticamente o mercado de quadrinhos no Brasil, quase extamente como a Panini Comics faz hoje. Naquela época, a maioria das revistas em quadrinhos era em formatinho e tinha aos bolos nas prateleiras com preços de R$1,80 pra lá. Era baratinho mesmo. Mas a qualidade gráfica não era das melhores. Bom, em agosto daquele ano ao chegar na "minha banca favoriiiiiiita" eu dou de cara com uma tal de Wizard. Pensa que eu sabia que porra era aquela? Eu tinha visto uma vez uma chamada da revista numa edição de Araknis, uma minissérie em quadrinhos que saiu por aqui pela Best News. A editora pretendia editar a Wizard no Brasil e só dizia em sua propagando que a publicação era a melhor do segmento de informações sobre quadrinhos nos EUA. Pra mim era apenas blá-blá-blá mais uma revista igual a Herói. Hahaha! Santa ignorancia a minha! Eu não sabia dessas coisas, cara. Eu não tinha contato com material estrangeiro. A editora acabou não editando a revista que apareceu nas bancas do nada com o logo da Editora Globo. Olhei descofiado, mas como era uma capa de Roger Cruz e tinha um monte de personagens da minha nova editora favorita na época, a Image Comics (hoje é a DC Comics e Dark Horse), eu resolvi comprar. Veja bem: nessa época Image Comics no Brasil era sinônimo de Super HQs. De coisas diferentes. Todo mundo era fã daquela merda!

Então catei a revista e achei bacana logo de cara porque ela diferente de todas as revistas do gênero no Brasil, a começar pela parte gráfica e editorial. Falava de tudo o que eu curtia com muita propriedade, com matérias bem conduzidas e muitas imagens. Era a revista que falava a minha lingua. Era amor à primeira vista. Foi assim o meu contato com a primeira versão da Wizard no Brasil. A revista que saia pela Editora Globo com um profissionalismo monstro só ficou nas bancas por pouco mais que um ano, encerrando suas atividades na edição de número #15. O lance foi que a revista não superou as espectativas da Editora Globo que resolveu cancelar não apenas Wizard, mas todo seu novo segmento de quadrinhos com WildCats, Gen13 e CyberForce. A revista Codinome: Strike Force já tinha pegado o beco antes. Mas eu ainda tenho as minhas 15 edições da Editora Globo em bom estado. Até alguns dias atrás eu estava folheando elas e vendo o quanto aquilo tudo é legal. Pra quem curte quadrinho no Brasil, a revista era simples o melhor que tínhamos. A versão da Globo foi a melhor até aqui.

Uma segunda versão produzida pela Editora Hangar 18 só teve uma edição e ficou por isso mesmo. Era quase no mesmo nível do da Globo. A última versão foi a da Panini Comics que era boazinha, mas ganhou muita reclamação por ceder praticamente 50% de suas páginas a quadrinhos tapa-buracos da DC e Marvel. Os leitores odiavam. A revista teve de mudar de nome um tempo depois por causa do curso de idiomas Wizard no Brasil e passou a se chamar Wizamania. Hoje está em "animação suspensa". Não temos nenhuma revista do porte da Wizard no Brasil hoje. A Sci-Fi e Mundo dos Super-Heróis quase cumpre o papel, mas ainda falta mais diversificação- principalmente da Mundo Super-Heróis que é o seguimento natural da Wizard.

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