Pular para o conteúdo principal

Os cinco melhores filmes de romance

Acima, A Princesa e o Sapo num momento romantico (ou quase)

Sim, são os cinco melhores filmes de romance, pelo menos pra mim. Devo salientar antes que são os cinco melhores romances do cinema morderno. Por isso esqueça ... E O Vento Levou, Casablanca e essas produções de outros tempos, para pessoas com outra cabeça e outra realidade. Não estou dizendo que esses filmes não sejam bons, só que nos dias de hoje passaria batido. Os meus cinco melhores filmes de romance podem até serem confundidos normalmente com filmes de drama, o que não deixa de ser uma verdade também. Não me pergunte sobre bostas como Crepúsculo, Doce Novembro, Cidade dos Anjos, Titanic ou Um Amor pra Recordar. Ou qualquer uma dessas merdas para atrair a mulherada doida por uma macho alfa romantico. Não tenho saco para esse tipo de filme maniqueista, feito para ser o que é, com suas frases de efeito e cenas "icônicas". Pra mim soa tão falso quanto uma nota de R$ 3,00. Meu conceito de filme romântico é outro. Sempre foi. Eu até gosto de uma comédia romântica bobinha, numa tardezinha sem fazer nada, mas quando quero assistir um filme com o tema apropriado, eu não pego essas porcarias. Então vamos aos nomes mais fortes de minha pequena lista:

Encontros e Desencontros (Lost in Translations- 2003)
Com certeza um dos filmes mais fantásticos que já assisti, na verdade, ouso até a dizer que esse é o melhor filme que já assisti! Encontros e Desencontros de Sofia Coppola é uma ode bem orquestrada ao amor verdadeiro. Aquele que nasce de dentro e não se apega ao visual fisico ou econômico. Aqui temos Bob Harris (vivido por Bill Murray), um ator de meia idade em fim de carreira, vendendo sua imagem para poder lhe render uma grana. Com isso ele vai ao Japão fazer propraganda de bebida e sofre um pouco com o fuso horário . Do outro lado temos a Charlotte (Scarlett Johansson) que acompanha o marido fotógrafo de celebridades até Tóquio para uma sessão de fotos com uma banda famosa. Ela fica deslocada e abandonada por questões de agenda. E o que aconcetece quando esses dois disparates se chocam? A jovem moça linda e o ator lascado de meia idade acabam encontrando um no outro a fulga que precisam. Ele da família, esposa, problemas com grana e ela da solidão que lhe acerta. Bill Murray está fantástico e Scarlett Johansson simplesmente consegue ser a Charlotte que existe em muitas mulheres confusas com seu casamento . Não espere aqui um filme cheio de frases doces, encaradas aviadadas, juras de amor brega, nada muito agitado e coisas do tipo. É um romance velado, onde os dois se amam apenas por pequenos gestos, carinho, companherismo. Muito mais do que platônico, esse romance é puro. Sem artimanhas ou gesticulações Hollywoodianas com frangotes. A trilha sonora é muito boa. O melhor filme que já assisti e ainda tá pra nascer outro. Nota 10. Trailer AQUI.

Closer- Perto Demais (Closer -2004)
Aqui é o que eu chamo de "dedo na ferida". Um romance adulto, com cenas fortes e diálogos ainda mais fortes e afiados. Esqueça as frases caldo de água fria de Crepúsculo. Aqui a pessoa te esfrega o dedo na cara e diz o que pensa. Reage como agressividade. Trai com facilidade. Dança com o perigo e te corta como uma faca. Na trama dois casais. O médico dermatologista pervertido Larry (Clive Owen) encontra a fotógrafa Ana (Julia Roberts) mulheraço por um "divertido" acaso e do outro lado o mesmo acaso joga a stripper Alice (Natalie Portman) nos braços do escritor ferrado Dan (Jude Law). O que todos têm em comum? Sexo, amor, desconfiança e tudo que faz um amor virar de cabeça para baixo. Mas muito mais que uma sucessão de revés, a trama fala acima de tudo sobre amor duro, forte, maduro. Falar abertamente é a lei aqui. É o relacionamento real, aquele que pode acontecer com qualquer um. O quarteto formado por Owen, Portman, Roberts e Law dão uma verdadeira aula de como se fazer um filme para adultos, e tudo isso com a direção fantástica de Mike Nichols, que entrega um filme corajoso, um filme eu não canso de assistir. E nem falo por conta daquela introdução sensacional com a canção The Blowers Daughter de Damien Rice (que inicia e encerra o espetáculo), com Portman e Law se conhecendo no comecinho do longa ("Olá, estranho"!), mas por sua condução filme e sólida. Um filme para se assistir sempre com atenção, pois a ficção às vezes ensina mais que a vida. Seja firme. Seja corajoso. Diga não às vezes. Categoricamente falando é está classificado como Drama, mas na minha cabeça é bem mais que isso. É um romance maduro. Trailer AQUI.

Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind-2004)
Já ouvi críticos dizendo que este filme é um dos maiores romances de todos os tempos. E acho que em parte estão certos sim. Mas acima de tudo deve-se atentar para um fato importante desse longa: ele definitivamente não é para qualquer um. É um romance que vai exigir mais dos seus miolos do que meros comandos de suspiros e lágrimas. É um romance que existe principalemente dentro de sua mente. Literalmente. O filme do francês Michel Gondry e o fantástico roteiro de Charles Kaufman, lenda desse seguimento, coloca Jim Carey como Joel como um cara apaixonado que encontra o amor de sua vida, mas por questões acima de suas capacidades, o perde. Mas isso é o de menos nesse longa metragem fantástico. Kate Winslet vive Clementine que recorre a um tratamente inovador de "lavagem cerebral" e apaga Joel de sua mente. Sofrendo, Joel resolve recorrer ao mesmo procedimento, mas durante a "limpeza" de memórias, resolve que não quer mais esquecer e começa aí uma verdadeira luta para esconder em seu subconciente as memorias mais doces de sua amada Clementine. Aqui o romance se faz de maneira mais virtual, dentro da mente de um homem que já não acreditava mais no amor e que ao encontrá-lo, resolve que não quer esquecê-lo. Um filme a primeira vista complicado e estranho, mas que se revela forte, lindo e corajoso. Deve-se atenuar que ele não é linear, o que pode causar algum desconforto à primeira vista. A montagem do filme é muito bem feita e te faz jogar para cima e para baixo. Por isso, atenção se quiser realmente assisti a um dos melhores filmes sobre o amor de todos os tempos. Clique AQUI.

A Fonte da Vida (The fountain-2006)
O amor está sempre relacionado ao drama? Viver todos os dias é um drama diário para muitos e para o cientista Tommy Creo (Hugh Jackman) o drama é que conseguir que sua esposa Izzi (Rachel Weisz) consiga superar o tumor em seu cérebro. Para isso Creo recorre a pesquisas com curas alternativas, manipulando todo tipo de possibildiades em laboratório, incluindo uma planta da América do Sul. Uma trama até comum, se não fosse pela genialidade de Darren Aronofsky. Lembro que quando esse filme passou por alguns festivais importantes, a sessão que começou cheia por conta do nome de Aronofsky, o renomado diretor do fantástico Requiém para um Sonho, aos poucos foi ficando vazia. O filme exige primeiro que você pense. Exisge depois que você espere e continue assistindo. Com poucos mais de 45 minutos você começará a montar o quebra-cabeças brilhantemente arquitetado por Aronofiski. Aqui temos um romance acima da palavra, da conotação. Aqui temos o amor limpo e simples. Um homem que tenta desesperadamente salvar suas esposa e uma trama que se choca com outra: a da Árvore da Vida. Agora como consciliar as duas nuances e ainda manter os pés nos chão? Aí, meu amigo... é com você. Só vai assistindo. Se revelar mais estraga, mas é um dos filmes mais bonitos que já assisti, apesar da trama se enveredar pos dois caminhos dispostos, mas singulares. É um filme que merece atenção. É uma bela história de amor. Detalhe: Brad Pitt e Cate Blanchett estavam cotados para serem os protagonistas. Pitt teve diferenças criativas com o diretor pulou do barco e Blanchett saltou junto. O galã acabou amargando o fracasso Tróia. Trailer AQUI.

O Amor Não Tira Férias (The Holiday- 2006)
Aqui é meu único disparate. Um filme mais calcado no humor. Não é uma comédia romantica tão elevada, não tem sons de peidos e piadas escatológicas. O que temos aqui são adultos com problemas adultos tentando se livrar de seus problemas adultos agindo por impulso. Quando a jornalista inglesa Iris (Kate Winslet) super apaixonada ainda pelo ex-namorado Jasper (Rufus Sewell) recebi a noticia do noivado do dito com outra mulher, ela cai em desespero e só pensa em sumir do mapa. Enquanto isso nos Estados Unidos, a mostadora de trailers de filmes para grandes estúdios Amanda (Cameron Diaz) sofre com sua incapacidade de chorar e de amar profundamente. Ambas acabam se esbarrando na Internet e resolvem trocar de ares por um tempo. Com isso Iris vai para Califormia e Amanda para Inglaterra com o intuito de ficarem sozinha curtindo suas feridas. Detalhe: iris é doce e sonhadora e Amanda é moderninha e de personalidade forte. Ambas acabam encontrando seus pares em pessoas totalmente distintas (Jude Law e Black Jack). Um romance mais leve e descontraído, mas longe dos filmes piegas que tentam ser o próximo "grande romance do século". Mesmo em um tom mais leve, não se engane: esse filme vai te fazer refletir e interagir entre as protagonitas. Você verá um pouco de si na tela e pode até se indentificar. Abra o olho! Trailer AQUI.

Comentários