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Glee- 1ºTemporada (resenha séries)

Série: Glee
Produção: Fox
Criadores: Ryan Murphy, Brad Falchuk e Ian Brennan
Episódios: 22
Ano: 2009/2010

Preconceito. Esse é um termo que serve para definir Glee em algumas circunstancias. Preconceito meu por não ter dado o devido valor à série por achá-la muito “alegre” para meu gosto e “preconceito” usado como trama pelo programa de forma sucinta, mas genial. Glee a primeira vista é só um seriado musical cujo maior referencia pra mim seria High School Music (preconceito meu), mas o projeto vai muito mais além do que uma mera consecução como essa. Glee tem uma pegada única. Não como os outros seriados adolescentes retardados. Não é pesado e sério como O.C. ou Gossip Girl, mas também não é fanfarrão como Todo Mundo Odeia o Chris (que eu gosto). Glee ultrapassa esses estereotipos ao mesmo tempo que usa e zomba deles. Quando fiquei sabendo do sucesso que Glee vinha fazendo fiquei curioso para ver. Quando fui atrás de informações broxei na primeira frase que vinha falando sobre “musical”. Eu odeio filmes musicais. São chatos, me dão sono e fico com vontade de peidar. Detestei Chicago, Moulin Rouge e Sweeney Todd- O Barbeiro Demoníaco. Então pra mim Glee sofria do mesmo mal. Isso mostra o quanto a ignorância às vezes te priva de coisas boas.Glee quebra acima de tudo todas as barreiras do preconceito a começar pelos personagens. Os criadores do seriado resolveram que todos que fizessem parte do Glee Club (ou o clube de coral/musica) da escola seriam pessoas desajustadas ao padrão requerido. Na trama temos um cadeirante, um homossexual, a negra obesa, o jogador de futebol sacana, a líder de torcida linda e vadia, a ingênua, a má, a burra, os calados... enfim. Parece que seria clichê, mas não é. O importante não são os rótulos, mas sim como são usados. As tramas giram em torno de jovens que tentam vencer suas barreiras como pessoas, como alunos e tudo isso conciliado com as aulas de musica, considerado o mais baixo na cadeia alimentar de uma escola. Mesmo com um humor bem peculiar e divertido, não faltam lições sobre amizade, sobre tolerância e sobre trabalho em equipe. A musica está lá, o humor também, assim como bullying, preconceito racial, preconceito homossexual, humilhação publica e essas partes acabam deixando o seriado bem equilibrado. Sem pontos abertos para debates idiotas.Admito que algumas musicas são chatas, principalmente quando vira um “mini-clipe” dentro do episódio, mas as partes que eles ensaiam no auditório são bacanas, fora que tem tudo a ver com o momento do personagem em si. Através da musica os personagens se expressão e dão vazão aos seus sentimentos. Glee foi criado por Ryan Murphy, Brad Falchuk e Ian Brennan. Eu tinha notado algo de semelhante em Glee com outra série que gosto muito, Popularidade. Bom, logo descobri que Ryan Murphy foi o criador do seriado que teve apenas duas temporadas, mas também arremetia a temas polêmicos dividindo com muito humor. Era um seriado mediano, que infelizmente foi se perdendo com o tempo, mas mesmo assim mantinha um ritmo bom e divertido. Glee atualmente está iniciando a sua segunda temporada, mas a Fox já tinha encomendado a terceira mesmo que a primeira ainda nem tivesse sido finalizada dada a confiança dos executivos. E não é pra menos, pois Glee ganhou uma pancada de prêmios nos Estados Unidos. Dê um tempo nos fodões 24 Horas, Smallville, Spartacus, Fringe e tente ver um seriado que ultrapassa os limites do preconceito e te mostra que existe muita inteligência ainda pra ser explorada nos seriados de TV. Glee passa no canal pago Fox, mas já ouvi dizer que a Rede Globo comprou para passar na TV aberta.

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