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Karatê Kid 2010 (Resenha Cinema)

Já faz alguns dias que assisti a nova versão de Karatê Kid, mas a preguiça me impediu de fazer a resenha aqui no blog. Acontece. Bom, lendo algumas críticas (coisa que só fiz depois que assisti o filme e tirei minha própria conclusão) pela Internet e comentários, verifiquei que o passado ficou para trás e o presente é o que realmente conta. O primeiro Karatê Kid com Ralph Mecchio e Pat Morita encantou muita gente na década de 80 do século passado e rendeu até uma indicação ao Oscar por Melhor Ator Coadjuvante com o papel de Morita com o Sr. Miyagi. Foi um filme feito para aquele época e com certeza me marcou também, pois vivi naquela época parte da infância e começo da adolescência. Quando o filme passou pela primeira vez na TV em Tela Quente na Globo, no dia seguinte estava cheio de moleque querendo dar o “Chute da Garça” no meio da rua. Éramos inocentes e tínhamos uma cabeça mais voltada para o “sonhar”, ao contrário dos dias de hoje onde bebida, cigarro e sexo faz a cabeça da garotada. Bom, li um comentário de um rapaz falando o seguinte: “assisti recentemente a Karatê Kid (primeira versão) de que todos falam e não vi nada demais”! Não exatamente com essas palavras, mas bem dessa forma. A nova geração não consegue pegar a “magia” do filme por conta do tempo mesmo. Um filme como aquele, por melhor que seja, não pegaria mais nos dias de hoje. Não da forma que foi abordado, visando, claro, a cabeça dos espectadores da época. Pra mim ainda é um filmaço e continuará sendo sempre. Mas para o colega que não vivenciou a época será só um filme chato com um roteiro cheios de buracos, textos batidos, musica ultrapassada e lutas lentas. Sendo assim, o novo Karatê Kid chega para inovar e renovar o original. Mas a pergunta chave é: o filme é bom? E a resposta é. “sim”. Ele é muito bom.Quando começou a surgir o boato de um remake de Karatê Kid eu fiquei empolgado. Mas quando veio a noticia de que seria uma versão mais infantil do original, eu broxei na hora. Pior: Jaden Smith seria o protagonista e não se chamaria Daniel Larusso deixando as raízes italianas do longa original. E quem substituiria Morita? Outro chute nas minhas costelas: o ator chinês de comédias de ação Jackie Chan, que eu gosto muito, mas não o via como uma nova versão do Sr. Miyagi. E bom... não é mesmo! Tudo aqui não tem nada de Karatê Kid... e ao mesmo tempo tem. Para quem assistiu o original a primeira coisa a fazer é zerar o cérebro e não ficar encontrando comparações. Isso pode estragar o divertimento. A ideia básica é a mesma: garoto deslocado de sua moradia para outra completamente diferente. No caso do filme original era de uma cidade para outra. Na nova versão é de um país (EUA) para outro (China). Daí a coisa continua basicamente a mesma. O garoto Dre Parker (Smith) tenta se adaptar ao novo Universo onde não entende nem uma linha do que as pessoas faltam. Tenta se adaptar aos costumes, conhece uma guria por quem fica interessado e arruma briga com garoto que também gosta da mesma menina. Depois leva surra, aprende artes marciais com velho desacreditado e entra em competição para livrar a própria bunda. Mas mesmo com a mesma premissa, a coisa foi orquestrada de forma diferente. Claro que o filme foi todo montado para os dias hoje. Modernizou a coreografia das lutas, o texto ficou mais enxuto e o Sr. Han de Chan (que deu a vez de Sr. Miyagi) está tão sóbrio e até mais dramático do que o do original. Em resumo: o filme me surpreendeu. Eu esperava gags e muito rip hop e o que vi foi um filme conciso, que não apenas respeitou o original, como acrescentou outros elementos dado sua nova condição. A única coisa que não engoli mesmo foi o título que não tem nada de “Karatê”. Aqui o garoto aprende Kung Fu! Claro que o filme tem seus defeitos, mas são tão irrisórios em detrimento da diversão que podem ser jogados de lado. O negócio aqui é diversão. Não espere ver um novo Karatê Kid com a mesma “magia” do original. Isso não vai acontecer. Aquele foi aquele. Esse é o novo para uma nova geração. Aproveite.

Nota: 8,0

Comentários

Vagner Francisco disse…
Nooooossa... não acredito que você assistiu a esse Karate [?] Kid.

Eu sempre soube que você era insano, ahahahahhh...
EdPontes disse…
O filme não é ruim. Não é uma obra de arte, não tem a "magia" do original, mas também não é um lixo intragável. Como eu disse acima: zera-se a mente e tapa pra frente, pois quem vive de passado é museum. Hehehe...
O longa é mais sóbrio do que parece mesmo com as discrepâncias entre o orignal e essa nova versão. É só não se levar a sério. Aquele tempo não volta mais... infelizmente.
Abração, Seu Wagner;