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Chico Bento – Pavor Espaciar (resenha quadrinhos)

Faz um tempo que li Chico Bento- Pavor Espaciar e passei a "refletir" sobre a resenha que eu faria por aqui. Tentei primeiro degustar o trabalho de Gustavo Duarte para que eu não parecesse de repente deslocado das outras resenhas do outros álbuns e sendo assim, cheguei a um denominador comum que se encaixa direito na resenha: é divertido pra caramba, mas é uma HQ que poderia ter saído numa edição comum do Chico Bento. De longe estou dizendo que é um material ruim, muito pelo contrário, é um material pra se ter em casa sim, mas se formos analisar pelos outros álbuns, é de longe o mais "deslocado" dos três e aparentemente do quarto com o Piteco (do paraibano Shiko). Chico Bento- Pavor Espaciar é uma obra simples no que lhe convém. Não tem o drama de Magnetar e nem a emoção de Laços, mas resgata a inocência das edições de linha do Chico Bento, com o diferencial da arte de Duarte que é sem dúvidas o ponto forte do álbum e num conjunto geral, um ínterim necessário depois de obras tão densas como as anteriores que tiraram os personagens do Maurício de Sousa do foco de base. Pavor Espaciar puxa justamente para a raiz das criações de Maurício de uma forma bem singular e identificável, o que torna a HQ universal. 

Mesmo com poucos textos, características dos trabalhos de Duarte, a contenda serve de forma legítima, transformando a história em algo rápido, porém, divertida. Admito que me incomodou um pouco ter "lido" do caminho do trabalho pra casa dentro do ônibus (num trajeto que dura no máximo 15 minutos), mas pra mim ficou a sensação de que era pra ser aquilo mesmo, pelo menos pro tipo de HQ que Duarte gostaria de contar e demonstrar. O álbum é cheio de referencias diversas ao mundo particular de Duarte, um fã de Star Wars assumido. Mas tem de tudo lá, é só procurar com carinho que cê vai ver coisas bem legais. Pavor Espaciar surge como um divisor entre os álbuns mais densos e de certa forma um alivio para para os fãs mais antigos, mas é também o mais deslocado dos três até aqui como já retifiquei mais acima. 
Chico Bento é o meu personagem favorito das criações do Maurício e eu esperava algo mais denso, no entanto, a diversão está garantida para o fã de longa data. Falando agora da parte gráfica em si, num tem o que contestar. O álbum é maravilhoso, com acabamento fantástico tanto em capa do tipo cartonada, como o de capa dura. O trabalho da equipe do editor Sidney Gusman é coisa de encher os olhos. Agora é esperar para novembro o próximo lançamento, que é o "homem das cavernas" Piteco que parece que retoma a linha diferenciada disposta pela proposta "arquitetada" por Magnetar (de Danilo Beyruth) e Laços (de Lu e Vitor Cafaggi). 

Nota: 7.5

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