Nunca fui muito fã do Capitão América e não é por ele ser um personagem enrolado numa bandeira americana, mas por não achá-lo interessante mesmo. Não conheço muitos arcos do personagem, mas tem uma ou outra fase que acompanhei (com as primeiras HQs de Mark Waid) e participações em especiais em minisséries (como Guerra Civil), mas essa tomada por Ed Brubaker mostra que o que faz uma boa HQ realmente é uma boa história. E Brubaker pega tudo aquilo que o personagem já viveu e o transforma em uma série bem sucedida. Pra começo de papo o Capitão América tem o retorno de alguns de seus vilões clássicos como Ossos Cruzados, Caveira Vermelha e o Barão Zemo em aparições pontuadas, mas bem encaixados. O destaque mesmo fica pra Nick Fury, Sharon Carter, Bucky e o sumido Jack Monroe que eu conheci como Nômade. Tudo isso aliado a uma trama de suspense e ação cheia de mistérios (que já são sabidos por muitos, afinal, a Panini Comics já editou esse material em linha mensal e encadernados). Eu comecei a ler essa fase na revista dos Vingadores da Panini, mas acabei não continuando por conta do mix que era muito ruim. Mas daqui eu tiro que o papel de fato faz uma boa diferença. Lembro que a versão em papel pisa-brite tirava todo o brilho da arte de Steve Epting (com Michael Lark e John Paul Leon) , até por conta de ser um trabalho cheio de luz e sombra e cores muito fortes! O papel "sugava" tudo isso. Seja como for e sem entrar muito em detalhes, a história é muito arquitetada e madura, com ótimas cenas de ação. Um bom trabalho feito a um personagem já carregado e pra mim, sem muito carisma como o Capitão América.
Nota: 8,0
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