Eu não botava muita fé nessa HQ do Coringa produzido por Brian Azzarello e Lee Bermejo, mas acabou sendo melhor do que eu esperava. A Panini lançou uma vez e eu deixei passar batido, mas aí lançou de novo e eu comprei. A história mostra um Coringa sendo bem Coringa, isto é, doido de pedra, assassino compulsivo e doido de pedra. Um amigo meu disse que era tão bom quanto A Piada Mortal, mas não. É uma boa HQ, mas nem de longe tem eloquência e a dramaticidade de A Piada Mortal. No entanto, Azzarello com seus textos às vezes sem pé e nem cabeça, consegue tirar boas coisas de uma HQ. Não estou dizendo que Azzarello é um roteirista ruim, muito pelo contrário, ele é muito bom, vide aí 100 Balas, mas em super-heróis ele não se sai muito bem em média (Pelo Amanhã com o Superman é uma prova disso). O enredo mostra o Coringa saindo Arkham e tentando retomar sua vida como "possuidor" das perversões de Gotham, mas aí percebe que seus ex-aliados tomaram o poder do que antes era seu- ou ele achava que era. Como uma força da natureza, o Coringa sai causando o caos e o medo não apenas em seus comandados, mas também nos vilões e facínoras espalhados pela cidade. Mas o mais interessante é ver tudo isso pela visão do seu comparsa Johnny. O meliante que queria ser grande acaba nas graças do Palhaço Assassino, mas até onde irá essa euforia? Sem muitas reviravoltas e com um enredo bem reto, Azzarello trás um Coringa perigoso e imprevisível. A arte de Bermejo casa muito bem com o trabalho exigido pelo roteiro sombrio e carregado. Um bom material para se ter em casa. Em tempo, o trabalho gráfico feito pela Panini é muito bom.
Nota: 7,5
Comentários
Se bem que nas duas vezes o preço cobrado na Fazine e na Ravena não era o anunciado(aquele velho esquema da editora de preço sugerido)aí já viu né? achei meio salgado pagar quase 40 conto nela.