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A Freira (resenha cinema)


 A Freira (EUA/2018) | NOTA: 🌟🌟🌟🌟🌟🌟🌟
96 Min. Direção: Corin Hardy

Filmes de terror sempre têm uma legião fiel de fãs. Alguns bem exigentes, outros nem tanto. Lá em 2014 a Warner lança Invocação do Mal, filme com baixo orçamento que deu muito certo, ganhou uma sequencia de sucesso e pariu dois longas de Annabelle- a boneca que aparece no primeiro filme. Agora Invocação do Mal acaba de parir mais uma cria: A Freira! O filme se passa vinte anos antes de Invocação e mostra as consequências do suicídio de uma freira em um convento na Romênia. O Vaticano envia um padre (Demián Bichir) e uma noviça (Taissa Farmiga) para averiguarem o caso e ambos esbarram em algo muito mais profano. Esse enredo por si só já é um belo pontapé para o que deveria ser um filmaço de terror, mas não é bem isso!


Apesar de muito bem filmado por Corin Hardy, o longa peca no que deveria realmente ser: um filme de terror. A trama tem alívios cômicos com frequência quebrando o clima de suspense e terror. Apenas esse fato já é o suficiente para tirar vários pontos da produção. Um filme que deveria causar o terror no público enxertar comédia involuntária durante de sua curta projeção mostra um erro grosseiro dentro do contexto. A Warner conseguiu criar uma campanha de marketing muito bem elaborada, vendeu seu peixe e está fazendo rios de dinheiro. Mas no frigir dos ovos, A Freira é um filme fraco na proposta e se perde nos clichês. Uma pena, pois tinha tudo para ser um filmão do segmento.

Mas vale destacar sim a direção de Hardy, que mesmo com esses arroubos de humor, consegue nas horas chaves ejetar um terror visual competente e que mostra o quanto o filme se perde pode por deixar as inconstâncias no roteiro falar mais alto. Seja como for, se você for desarmado, não esperando um filme de terror pra valer, pode ser que você encontre diversão. Está mais para uma "aventura" com toques de terror do que terror propriamente dito.

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