Eu sou um "leitor das antigas" e portanto, gosto muito de ler meus quadrinhos, livros e revistas em formato tradicional, isto é, no papel. Mas impedir o futuro é algo impossível e logo algo vai mudar. Durante uma matéria em uma canal (o Dois Quadrinhos) sobre como anda a saúde das bancas no Brasil, uma jornaleira mostrou algo que chamou a minha atenção. Sua banca vende praticamente apenas mangás e a senhora mostrou um folheto da JBC onde eles indicam seus produtos em formato digital. A editora envia esses folhetos para ela e pede que a mesma distribua. Como uma comerciante que depende da venda física, ter um folheto que incetiva a compra de quadrinhos digital soou quase que ofensivo para ela. Esse é um assunto polemico e delicado.
Desde 2003 eu coleciono "scans" de quadrinhos. Mas por incrível que pareça, eu não consigo ler nesse formato e essa "coleção" acaba mesmo sendo para referência de estudo. E só. O leitor brasileiro ainda tem muita resistência quanto ao quadrinho digital, mas a coisa pode estar mudando. A JBC já lançou sua plataforma digital e vem trabalhando pesado nisso. Você compraria o digital ou o quadrinho físico? Ou você gostaria de ter os dois? Onde está a vantagem e a desvantagem em ambos?
O preço parece ser um dos pontos positivos do digital. Mas preste bem atenção. Um exemplo: Battle Angel Alita vol. 1 da JBC em preço de capa custa R$ 39,90. Em versão digital custa no Amazon R$ 16,50- mas um adendo importante! A versão digital tem metade da versão impressa. Será que compensa mesmo? Se a versão impressa fecha em 4 volumes, a versão digital fecha em 8! Essa é uma questão complicada, pois os valores são por fatores operacionais em boa parte de seu preço como tradução, direitos autorais, adaptação, trabalho de diagramação, e coisas dessa natureza.
O que pode fazer um leitor questionar os preços cobrados pela versão digital em comparação a versão impressa. Se eu posso ter a mesma coisa em um único volume impresso, eu pagaria o mesmo valor por um arquivo pra ler num celular, tablet ou computador?
O preço parece ser um dos pontos positivos do digital. Mas preste bem atenção. Um exemplo: Battle Angel Alita vol. 1 da JBC em preço de capa custa R$ 39,90. Em versão digital custa no Amazon R$ 16,50- mas um adendo importante! A versão digital tem metade da versão impressa. Será que compensa mesmo? Se a versão impressa fecha em 4 volumes, a versão digital fecha em 8! Essa é uma questão complicada, pois os valores são por fatores operacionais em boa parte de seu preço como tradução, direitos autorais, adaptação, trabalho de diagramação, e coisas dessa natureza.
O que pode fazer um leitor questionar os preços cobrados pela versão digital em comparação a versão impressa. Se eu posso ter a mesma coisa em um único volume impresso, eu pagaria o mesmo valor por um arquivo pra ler num celular, tablet ou computador?
Nos Estados Unidos, a Marvel e a DC mantém plataformas de venda de quadrinhos digitais já como um comércio praticamente consolidado, mas a venda de produtos físicos ainda é muito forte. O Brasil passa por uma crise editorial braba e colocou os produtos físicos na parede. A solução seria mesmo ler em versão digital? Essa é uma plataforma que praticamente não tem barreiras de alcance- e nesse país enorme é uma vantagem extremamente positiva.
Em condições normais com acesso a internet, um dispositivo para leitura e um cartão de crédito, você não depende de distribuidora ou despachante para ler seus quadrinho, livro e revista- e garanto que nada chegará amassado em sua casa. Como colecionador você pode não gostar, mas como leitor funcionaria? Há leitores que já estão deixando de comprar o físico para investir no digital por vários fatores. Um deles é a comodidade de ter uma biblioteca enorme dentro apenas de um dispositivo. Nada de prateleiras, nada de espaço apertado e abarrotado.
Por outro lado, há leitores mais tradicionais que preferem a versão impressa e a afetividade em relação ao papel e sua prateleira bonitona- e isso acaba falando mais alto.
Em condições normais com acesso a internet, um dispositivo para leitura e um cartão de crédito, você não depende de distribuidora ou despachante para ler seus quadrinho, livro e revista- e garanto que nada chegará amassado em sua casa. Como colecionador você pode não gostar, mas como leitor funcionaria? Há leitores que já estão deixando de comprar o físico para investir no digital por vários fatores. Um deles é a comodidade de ter uma biblioteca enorme dentro apenas de um dispositivo. Nada de prateleiras, nada de espaço apertado e abarrotado.
Por outro lado, há leitores mais tradicionais que preferem a versão impressa e a afetividade em relação ao papel e sua prateleira bonitona- e isso acaba falando mais alto.
O brasileiro tem tentado driblar os canhões do assombroso terremoto que vem assolando esse mercado. Ora investe em versão importada, ora pensa no quadrinho digital como solução, ora acha que pode ser apenas um momento e ora espera aquela promoção marota para comprar seus quadrinhos. De toda forma, o leitor fica como barata tonta procurando uma solução para consumir seus quadrinhos, livros ou revistas da forma mais barato possível- e essa é a verdadeira questão. A leitura digital pode ser a solução? Talvez sim, talvez não. Depende de muitos fatores e muitos deles estão além do que as próprias editoras podem fazer, afinal, o Brasil está em uma torrente financeira desgovernada e isso causa incertezas para todos os lados.
Como leitor mais tradicional o quadrinho digital por ora não me atrai em nada. Não sinto tesão em comprar algo nesse formato. Não é algum tipo de preconceito ou algo dessa natureza. Apenas não me atrai mesmo. Gosto de ler no papel, é um prazer que gosto de sentir ao ler um quadrinho, ou qualquer coisa. Mas acredito que o futuro de qualquer leitura estará mais na frete atrelado ao formato digital. É algo que vai acontecer de vez e a única dúvida é quando.
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