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Butando pra ferrá.


Grind House- termo usado para cinema de subúrbio na decáda de 70 do século passado. E também é o nome do novo filme tanto de Quentin Tarantino ( Killbill) como de Robert Rodriguez (Drink no Inferno). O que tem de mais nisso? Bem...além de ser um filme em dois, pois há duas histórias contidas na película, estamos falando de dois dos mais criativos cineastas da atualidade. Tarantino é o cara mais cool da indústria cinematográfica, sempre disposto a quebrar barreira tanto no visual exagerado quanto nos diálogos rápidos e cheios de efeito. Quem não lembra de Pup Fiction? Aquilo foi um execício de como se escrever um roteiro com conteúdo. Rodriguez não fica atrás. Tem a mesma energia de Tarantino. Geralmente produz, dirige, escreve e até compõe as trilhas sonoras. Vem fazendo trampos sensacionais, e um dos mais elogiados foi Sin City, cujo co-dirigiu a bagaça com o criador da série para quadrinhos, Frank Miller.
Basta dá uma olhada em Grind House pra ver que os dois cineastas marcaram um puta golaço. O visual da película é toda envelhecida propositalmente pra dar a sensação de ser mesmo um filme surrado. Planet Terror, dirigido por Rodriguez, tem 80 minutos de duração e trata de uma história sobre zumbis. "Meu filme é muito parecido com os clássicos de John Carpenter. Tudo acontece à noite, coisas bizarras acontecem, mas tudo é interpretado com seriedade. Mesmo que ela esteja armada com uma prótese-metralhadora, isso não é pra ser uma piada." Diz Rodriguez. Já Death Proof, do doido do Tarantino, é sobre um dublê que faz o diabo pelo mundo...ou praticamente isso: "A idéia do meu filme é algo que eu tinha há tempos na cabeça: um dublê reforça seu carro a ponto dele ficar indestrutível. Você pode dirigir a 100 milhas por hora e bater numa parede só pra ver o que acontece".
Tosqueira à parte, pode se notar que não será um filme qualquer...ou para qualquer um. Lembro que quando fui assistir Killbill, por exemplo, sala lotada...e as pessoas simplesmente não entendiam o ´porquê´ do sangue jorrando como que saido duma mangueira, braço e pernas decepadas, pulos tipo Power Rangers e exageros mil. Claro... que tudo fazia parte da plástica do filme. Parte consciênciente de Tarantino por nos entragar um filme feito hoje, nos moldes dos grandes cinema asiáticos do passado. Mas nem todos tem a sensibilidade para enxergar essas peculiariedades. Acontece! E que venha Grind House. Estou louco pra ver os diálogos fortes, exageros e bizarrices.

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