
Sem viadagem (nada contra), mas Happy Feet- O Pingüim, é uma das animações mais fofas que assisti nos últimos tempos. Me arrependo de num Ter ido ver isso no cinema. Mereço uma surra de vara de marmelo por essa. Mas vamos lá...! Recentemente assisti essa maravilhosa animação dirigida e co-escrita pelo veterano George Miller (Mad Max, Babe- O Porquinho), me surpreendi com a força que a história tem. Antes, eu não consegui entender, porque uma animação deixou para trás o novo filme do 007 com Daniel Craing nas bilheterias em meados de 2006. Pingüins cantantes? Danças? Então...essa animação é muito mais que mais uma mera animação caindo no chavão de sempre: animais fofinhos, piadinhas toscas (algumas são sobre flatulências...peido mermu), e aquele lance de superação e amenidades finais. Happy Feet até tem um pouco disso- sem os peidos- mas de uma maneira muito simples.

A história é curiosa. E em certos momentos, até dramática. Sabe-se que os Pingüins Imperadores, emitem sons, que parecem cantigas, para suas companheiras que as ajuda a encotrá-los depois que elas voltam do mar com suas pescas, enquanto o macho permanece em terra para chocar o ovo do casal. Quando ela retorna, é através do timbre de voz que ela reconhece seu parceiro no meio de inúmeros outros pingüins. E a partir disso, é que Happy Feet tem início. Quando Mano (dublado no original por Elijah Wood), se mostra um péssimo cantante, mas exímio dançarino. No entanto, essa peculiaridade, o deixa meio que excluído e deslocado dos demais da sua idade e raça. O que pode parecer que não vai render nada, começa a entornar quando ele é exilado de sua comunidade por ser diferente. Os mais velhos e sábios como Noé (dublado no original por Hugo Weaving), o vêm como uma praga, e isto está afastando os peixes de suas costas litorâneas. Por isso o banem num ato de pura indiscriminação- sim... estamos falando disso mesmo- e o filme ganha outro tom. Fica mais dramático e pesado. Mas claro... as piadinhas ainda estão todas lá.

Mano parte com seus amigos pingüins menores (da raça Adeline) em busca de resolver os problemas com os peixes e o filme dá outra guinada, mostrado agora a sua preocupação com o meio- ambiente. Entre aventuras como enfrentar tempestades e orcas, os amigos encontram o problema do sumiço dos peixes, que são justamente os humanos (ou aliens, já que é assim que eles nos veem na animação) e seus navios que estão minando o alimento natural daquelas aves que não voam (pra você que não estudou, pingüins são aves... só pra enfatizar...afinal...tem gente que pensa que baleia é peixe). A trilha sonora cantada também chama muita atenção e se você é daqueles que gosta duma balada, vai curti bastante também. E John Powell manda ver nos acordes de sua orquestra de maneira sublime. Claro que nem tudo são flores, certo? Há umas falhas também na película. Algumas coisas acontecem rápido demais e outras simplesmente ficam sem muita explicação. Mas pode apostar que é diversão garantida pra toda a família. Acho que até a porra daquele teu sobrinho (ou primo) pentelho pequeno vai ficar quietim assistindo...(rindo também, claro). É uma boa diversão. Encanta. É inteligente e em momento algum fica preso aos chavões, como eu bem disse lá no começo desse texto. Num é um Rei Leão da Disney... mas emociona também (a num ser que você seja daquelas pessoas que quando vêem um cachorrim na rua faminto tenha vontade de chutá-lo por existir...). Recomendadíssimo, Happy Feet fez por merecer seu Oscar com pompa.

Happy Feet - O Pingüim (Happy Feet -Austrália/EUA, 2006)
87 min.
Direção: George Miller
Roteiro: George Miller, Judy Morris, John Collee, Warren Coleman
Vozes no original: Elijah Wood, Brittany Murphy, Robin Williams (Ramone), Nicole Kidman, Hugh Jackman, Carlos Alazraqui, Denise Blasor, Elizabeth Daily, Khamani Griffin

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