
Cara... ainda lembro do comercial da Globo quando a chamada era “De Volta para o Futuro... um filme alucinante... hoje... em Tela Quente”! Tá brincando? Eu era um pirralho e fiquei praticamente o dia todo na frente da TV esperando esse bendito filme. Eu era o tipo de guri que adora o cinema fantástico e de ficção científica (menos
Star Trek). Adora ver efeitos especiais. Coisas que me tirassem do comum e me mostrassem coisas absurdas aos olhos. Eu chegava pros meus amigos e ficava falando dos filmes dessa categoria, mas pivetada só queria jogar no campinho que tinha em frente a minha casa. Mas que se danem! Eu num tava nem aí. E De Volta para o Futuro foi um daqueles filmes que me marcou quando eu era criança. Meus olhos brilhavam. Eu, sabe... queria está na máquina do tempo. Ficava me perguntando o que eu faria. Bah! Ser criança “sonhadora” é a melhor coisa do mundo. Pena que depois a tendência pra ser um mané retardado seja alta, vide mim mesmo. Haha!

Continuando... esses dias eu consegui os três filmes da série De Volta para o Futuro. Só de olhar a caixinha dos DVDs já é emocionante. Não contei pipoco. Assisti os três duma lapada só. Isso mesmo. Os três! Quando a música de Alan Silvestri irrompe com o DeLorean acelerando e chegando a 85 milhas por hora... cara... não tem discrição. É perfeito. O site Jovem Nerd tem uma brincadeira que diz que nunca devemos rever filmes da época que éramos pequenos porque pode estragar a imagem que tínhamos dele. Acredito que isso seja meio verdade. Alguns filmes devem ficar na nossa memória como foram concebidos na época. Mas De Volta para o Futuro não sofre desse “mal”. De longe, afinal, ele pra mim é atemporal. Soa até engraçado falar assim, mas é sim. Ele funciona tão bem quanto antes, mesmo datado aos anos 80. Afinal, o presente do filme é em 1985.

A história é fantástica. Bem amarrada, mesmo, claro, com furos admissíveis sobre tempo/ espaço, mas com muita propriedade. Tudo foi muito bem escrito por Robert Zemeckis e Bob Gale, diretor e produtor respectivamente. Tudo se encaixa muito bem, tendo ótimas sacadas internas dentro dos filmes, como podemos ver no relógio da cidade que recebeu um relâmpago. No primeiro ele está quebrado em 1985. Ainda no primeiro, vemos em 1955 o mesmo relógio funcionando, mas para em seguida ser atingindo pelo raio do qual foi dito no começo do filme. No segundo temos o mesmo relógio, em 2015, ainda quebrado e no terceiro vemos o relógio ser inaugurado 1885. São essas coisas, que aparentemente algumas pessoas não notam, que reside parte da diversão e inteligência dos filmes.
Fora as fotos que servem de referência pra saber se alguma coisa mudou com a intervenção dos protagonistas. Michael J. Fox é perfeito como Marty McFly, um guri amigo do gênio maluco da cidade de Hill Vale, doutor Emmett L. Brown ou “Doc” como era chamado por Marty e construiu a máquina do tempo num DeLorean. Uma curiosidade é que Michael J. Fox era a escolha numero um da produção, mas ele estava num seriado e ficava complicado para ele trabalhar. Então, Eric Stoltz começou a rodar o filme, mas os produtores viram que ele não encaixava como Marty e J. Fox acabou ficando com o papel, mesmo que trabalhando no seriado e no filme ao mesmo tempo.
O primeiro é de 1985, mas sua continuação só veio 5 anos depois. Na verdade, o filme era pra ter sido só um. Tanto que o final era apenas uma brincadeira dos roteiristas tentando deixar os espectador bolar o que aconteceria quando Doc levasse Marty e Jeniffer (namorada de Marty) para o futuro para resolverem um problema. Mas o filme fez muito sucesso o que fez Zemickis e Gale se juntarem pra ver o que poderiam fazer. Primeiro que tiveram que limar o pai de Marty da história, pois Crispin Glover o ator que vivia o papel queria um salário maior que o de Michael J. Fox. Fizeram uma realidade alternativa onde ele havia sido assassinado. Houve um boato na época que era pra ter sido só o segundo, mas as filmagens ficaram longas a ponto deles (os roteiristas) acrescentar mais elementos e montar dois filmes. Assim surgiram os dois filmes que procederam ao original. E eu assisti os dois no cinema. Haha! Todo o elenco é fantástico. Direção de arte e fotografia e os efeitos, pra época, onde os efeitos digitais nem existiam, são perfeitos. De Volta para o Futuro é o típico filme que você não cansa de assistir. Eu pelo menos não.
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