
Muitos artistas hoje que trabalham com quadrinhos de super-heróis para os Estados Unidos têm a mania afirmar em entrevistas que nunca foram para o “lado negro da força”, em alusão a quando começaram a ler quadrinhos. Nesse sentido eles na verdade apontam que não começaram lendo A
Turma da Mônica. E isso é uma besteira sem tamanho. Pelo menos pra mim. Eu lembro que quando eu era um doidim ainda criança que não sacava lhufas de quadrinhos (hoje eu entendo um pouquinho mais), pra eu ler a Turma da Mônica eu tinha de perdir a minha mãe que comprasse quando fosse trabalhar. Eu ficava esperando ela chegar do trampo com a minha edição qualquer número da revista da Mônica para que eu pudesse sentar em qualquer lugar e ler. Adorava a HQs simples, bidimensionais de enredo direto. O que me atraia mesmo era que era tudo bem colorido, não poluía a minha visão e tinha histórias que me fazia rir.

A Turma da Mônica pra mim era isso. Era ver o
Cebolinha e o
Cascão tomar porrada da
Mônica, a
Magali comer melancia, o Horácio se meter em suas encrencas, as sempre boas HQs do Astronauta e as divertidas atrapalhadas de Bidu. Eu tive várias revistas da
Turma da Mônica,
Cebolinha e
Chico Bento. Meus preferidos. Eu ficava tentando resolver qual revista compraria, já que tinha pouca grana. Tinha de escolher uma. Geralmente eu acabava com A Turma da Mônica, pois tinha todos os personagens, mas eu adorava mesmo era o Cebolinha. Eu acompanhava praticamente tudo que eu pudesse. Eu tinha os Gibizinho e alguns almanaques de férias, copos plásticos de promoção, pôsteres e coisas assim. Nesse meio tempo eu já comprava HQs de super-heróis, mas nunca deixava de acompanhar a Mônica. Era divertido. A Turma da Mônica hoje sai pela editora Panini, mas já teve seus dias na Abril e na Globo.

Às vezes alguém me perguntava se eu não tinha vontade de ler as revistas da Disney e com toda sinceridade, era a coisa mais chata do mundo pra mim. Como criança e até mesmo como adolescente abobalhado, as HQs da Disney me soavam estranhamente poluídas visualmente. Com enredo intricados, cheios de textos e não lembravam em nada as séries animadas que eu assistia. Acho que se tiver tido revistas com qualquer personagem Disney foi muito. Infelizmente eu acabei dando toda a minha coleção da Mônica, que não era grannnde, mas tinha um certo “bolinho”, para amigos. Inclusive os Gibizinhos! Hoje eu tenho apenas algumas edições, bem poucas mesmo. Não acompanho mais A Mônica por puro comodismo e planejamento ($$). Minha grana ia toda para quadrinhos de super-heróis depois de um tempo. Agora sinto vontade de ler novamente esse material, mas num tenho tutu nem pra uma coisa e nem outra. Fudido é foda! Heheh! Mas
Maurício de Souza pra mim é sinônimo de bom material, de HQs divertidas para todas as idades e um exemplo de autor nacional. Um cara que fez sucesso numa linha pouco interessada no Brasil. Que a Turma da Mônica continue forte e firme e divirta tantas crianças como me divertiu.

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Aqui segue o link, pra tu matar um pouco a saudade:
http://www.monica.com.br/comics/fwelcome.htm