Pular para o conteúdo principal

Falling Skies (resenha seriado)

Até aqui a segunda série mais bacana do ano, perdendo (pelo menos pra mim) apenas para Games of Thrones. Vale lembrar que a temporada de seriados recomeça agora em setembro nos Estados Unidos que terá novas estréias e várias continuações. Já em Falling Skies temos um nome forte por trás dos créditos, e é nada menos que Steven Spielberg. Eu não sei o quanto o diretor está envolvido; ele aqui trabalha como produtor executivo ($$), mas com certeza a maior colaboração em termos de desenvolvido se dá por conta de Mark Verheiden (Battlerstar Galactica) e Greg Beeman (Smallville) acostumados a produções maiores e que exigem controle absoluto de verbas e criatividade. A série foi criada por Robert Rodat (de O Resgate do Soldado Ryan) e teve o aval financeiro de Steven Spielberg. Tudo gira em torno de uma invasão alienígena fodaça que aniquilou quase toda a população terrestre, a começar pelos exércitos, deixando o mundo meio que a mercê das investidas aliens. Na verdade não sabemos o tamanho do rombo da invasão, não fica explicito o quão atingido a Terra foi, mas fica claro que é em escala global. Somos focados num grupo de sobreviventes liderados pelo Capitão aposentado Wever (Will Patton), seguido de perto pelo professor de história Tom Mason (Noah Wyle), ambos construindo uma relação de amor e ódio, com pontos de vistas claros: proteger a todos.
A ideia aqui é a sobrevivência contra os alienígenas que patrulham as ruas desertas das cidades abandonadas, buscando exterminar os humanos adultos e escravizar as crianças e jovens com o que se chama de “arreio”, alguma coisa presa nas costas bem na coluna vertebral. O que vemos são boas cenas de efeitos especiais, mesmo que boa parte dela se passe no escuro, obviamente para esconder a verba e eventuais erros de uma produção para a TV que exigiria efeitos de cinema! Com tudo, os efeitos convencem mais do que podem para uma série televisiva. O melhor de tudo é que a trama é sagaz, rápida, não fica presa em questões filosóficas do tipo “E agora? Seremos exterminados”? Não, ela parte para a ação efetiva de combate para autodefesa. Aqui também vemos que mesmo quando a raça humana está sendo subjugada por uma força extra, ainda assim, é possível que se voltem um contra os outros dando a certeza que ser “humano” é estar sempre em constante erro com a natureza que lhes é reservada: a da autodestruição.
Pra mim Falling Skies foi o que melhor se aproximou do “espírito de Lost”, com tramas que instigam mesmo o espectador a querer conhecer mais daquele universo, de descobrir segredos, de instigar o cara a pondera sobre certos assuntos. Séries fracassadas como Flashforward e Persons Unknown, apenas para citar dois exemplos, tentaram ficar com a vaga, mas foram tão descaradas no propósito que ficaram pelo caminho. Falling Skies consegue aquele “ar” naturalmente, mas é visível também que ele não quer ser o “Lost” da vez e sim uma série nova sem comparações frívolas. E sim, é uma boa série que realmente não tenta se vender como Lost, mas tem o “bônus” de conseguir sozinho essa boa sensação. Não é Lost, mas é uma boa série. Se bem que Lost- sendo sarcástico- se “perdeu” da quarta para a quinta temporada até o final em sua sexta e melancólica temporada conclusiva que decepcionou muita gente. Vale a conferida. Só num gostei muito do final dessa primeira temporada, mas é um gancho muito bom para começar arrebentando na segunda temporada. Há alguns buracos de roteiro (e são alguns até gritantes), mas não prejudica a série, afinal, é só entretenimento.

Comentários